A Folha de S. Paulo traz, na edição deste domingo (16/05), uma entrevista com o presidente da Comerc Energia, Cristopher Vlavianos, que vê o dilema do custo energia no Brasil sem solução que não passe pelo incentivo às fontes renováveis.
No curto prazo, o desafio do presidente Jair Bolsonaro para baixar a conta de luz para o consumidor final não tem muitos caminhos, segundo ele. “Diminuir o custo da tarifa significa diminuir a arrecadação ou desrespeitar algum contrato ou criar receita de algum lugar. Não tem mágica. Não tem como dizer: agora vamos diminuir a tarifa”, afirmou Vlavianos.
Sobre o cenário atual, de poucas chuvas na região dos reservatórios de hidrelétricas, o que impacta o nível dos reservatórios, o executivo não vê risco de racionamento. Ele explica que após 2015, quando o nível de reservatórios foi parecido com o atual, o consumo aumentou pouco, por questões de eficiência das empresas e de um crescimento econômico frustrado. A seguir, veio a pandemia de covid-19. “Estamos em um nível parecido com o que tínhamos há cinco ou seis anos. Nesse período, tivemos usinas novas entrando. A potência instalada do Brasil foi de 130 mil MW para 165 mil MW hoje.”
Para continuar crescendo em capacidade de potência instalada, o presidente da Comerc vê, como a melhor opção, as fontes eólica e solar, por serem renováveis e de custo mais baixo, porque têm escala, apesar da característica de sazonalidade.
Bitcoin entra na berlinda com crítica ao gasto de energia
O fundador da empresa automotiva norte-americana Tesla, Elon Musk, mexeu com a cotação do bitcoin ao criticar seu impacto ambiental, o que despertou mais dúvidas sobre o futuro da moeda virtual, informa a Folha de S. Paulo.
“Preocupa-nos o uso cada vez maior de combustíveis fósseis na mineração e transações de bitcoins, especialmente o carvão, que tem emissões piores do que qualquer combustível” tuitou Musk na noite de quarta-feira (12/05). “A criptomoeda é uma boa ideia em muitos níveis e achamos que tem um futuro promissor, mas isso não pode ter um grande casto para o ambiente”, enfatizou.
De acordo com a reportagem, a mineração de bitcoins se tornou uma batalha informática, com máquinas consumindo eletricidade enquanto competem para realizar cálculos computacionais complexos. Atualmente, o consumo de energia para tornar possível a moeda virtual é estimado em seu máximo histórico, a 149 TWh (ter a watt-hora, o equivalente a 1 trilhão de watts-hora).
O preço do bitcoin despencou 15%, ao seu nível mais baixo em dois meses e meio, depois da afirmação de Mask, na quarta-feira, de que a Tesla não aceitaria mais essa criptomoeda como pagamento por seus veículos enquanto sua mineração consumir tantos combustíveis fósseis, especialmente o carvão.
PANORAMA DA MÍDIA
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB-SP), morreu na manhã deste domingo (16/05), aos 41 anos. Ele estava em tratamento contra um câncer que surgiu entre o esôfago e o estômago e se espalhou por outras partes do corpo. O falecimento ocorreu às 8h20 e foi confirmado em nota pelo hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde Covas estava internado. (UOL)
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que os Estados Unidos estão prestes a enviar ao Brasil o primeiro voo fretado de imigrantes brasileiros deportados desde o início do governo do presidente Joe Biden. Na próxima quinta-feira (20/05), cerca de 130 brasileiros serão mandados de volta, segundo três fontes que acompanham as questões imigratórias americanas. Os voos fretados com deportados ao Brasil tornaram-se frequentes no governo de Donald Trump, como marca de uma contestada política e de uma retórica anti-imigração.
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Reportagem publicada hoje (16/05) pelo jornal O Globo mostra que mesmo depois que estados começaram a devolver a cloroquina enviada pelo Ministério da Saúde no ano passado, diante de evidências de ineficácia da substância contra a covid-19, o governo federal insistiu no envio de um volume similar de comprimidos para todo o país, priorizando gestões estaduais e municipais alinhadas ao discurso do presidente Jair Bolsonaro.
Levantamento do Globo, feito com dados do Localiza SUS, aponta que, de setembro a dezembro, 1,5 milhão de comprimidos foram devolvidos pelos estados. A partir do mesmo período, o governo Bolsonaro enviou mais 1,3 milhão de comprimidos, sendo 80% para aliados. Na primeira leva, de março a agosto, menos de 40% haviam chegado a gestões bolsonaristas.
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A parcela da população que apoia o impeachment do presidente Jair Bolsonaro aparece pela primeira vez numericamente à frente dos contrários ao afastamento, de acordo com pesquisa Datafolha. São favoráveis ao processo 49% dos entrevistados ouvidos pelo instituto, ante 46% que se dizem contrários à saída dele do cargo dessa forma.
Os índices representam um empate técnico dentro da margem de erro. O Instituto Datafolha entrevistou presencialmente 2.071 pessoas em todo o Brasil na terça-feira (11/05) e na quarta-feira (12/05). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. (Folha de S. Paulo)
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Morreu ontem (16/05), aos 87 anos, a atriz Eva Wilma, vítima de um câncer de ovário. Durante a pandemia, a atriz criou conexões com novas formas de exercer sua arte, como muito de seus pares, em tempos de distanciamento social. Em setembro do ano passado, em casa, diante de algumas câmeras e sem o olhar atento da plateia, ela estrelou o espetáculo “Eva, a live’’, com transmissão no YouTube e no Instagram. “Essa é uma forma de me adaptar temporariamente. Venho de outro tipo de relação com o público. Era uma relação menos efêmera e imediata”, contou, à época, Eva Wilma, em entrevista ao jornal O Globo.
Quarentenada, ela comparou o atual momento a uma “terceira guerra mundial”, diante de tantas angústias e incertezas. Mas sempre se mostrou otimista: “Sonhar é necessário. Quem deixa de sonhar se entrega. Noel Rosa dizia que ‘adeus é pra quem deixa a vida’. Meu filho tem uma canção que parodia essa frase e que termina dizendo: ‘Adeus é pra quem deixa de sonhar'”, disse ela, na ocasião.