A gestora brasileira de recursos Perfin criou uma nova empresa focada em geração de energia renovável no Brasil, principalmente solar, com previsão de investir R$ 5,5 bilhões até 2025. A Mercury Renew, fruto de parceria operacional com a geradora Servtec, é a mais recente aposta em energia da Perfin, que por meio de fundos tem participação em ativos de transmissão e empresas de geração distribuída solar e eficiência energética, além de fatia de 20% na comercializadora Comerc Energia.
A nova companhia terá como principal objetivo a construção de projetos solares, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste, visando à venda da produção dos parques diretamente a empresas que adquirem o suprimento no mercado livre de energia. “O objetivo é explorar essa avenida que a gente enxerga tanto no mercado livre quanto na geração renovável, com a descarbonização da economia”, afirmou o presidente da Mercury Renew, Pedro Fiuza.
A Mercury buscará negociar cerca de 80% da produção dos parques em contratos de longo prazo, enquanto o restante ficará descontratado para vendas de mais curta duração, aproveitando as flutuações no mercado de energia. A empresa já fechou um primeiro contrato com a fabricante de silício metálico Liasa, que será abastecida por 20 anos a partir da produção de uma usina solar de 650 megawatts em Minas Gerais. (Diário do Comércio – com informações da agência de notícias Reuters).
Certificados de gás natural ‘renovável’ chegam ao Brasil
Reportagem do Valor Econômico informa que, diante da febre dos certificados de energia renovável, com os quais as empresas “limpam” seu consumo de eletricidade e avançam nas metas de sustentabilidade, o mercado nacional já está desenvolvendo um produto similar para os consumidores de gás.
Espera-se para este ano o lançamento dos Gas-RECs, que poderão atestar o consumo de gás natural “renovável” – ou seja, do biogás. A lógica é semelhante à dos I-RECs, que asseguram que cada megawatt-hora foi gerado por uma fonte renovável de energia, injetado no sistema, até ser consumido pela empresa. No caso do gás, o certificado garante o rastreamento de biogás gerado e distribuído em usinas pelo país, chegando até o ponto de consumo.
“Assim como ocorre para a energia elétrica, as empresas poderão dar uma origem renovável para o seu gás adquirindo os certificados. É um mercado que está começando, acredito que vamos ter a primeira transação de Gas-REC neste ano”, afirma Fernando Lopes, presidente do Instituto Totum, que é o emissor local dos IRECs e, futuramente, vai emitir os Gas-RECs. O Totum já está realizando o processo de habilitação de duas usinas de biogás para a emissão dos Gas-RECs.
Projeto de lei da Eletrobras vai incorporar propostas da Medida Provisória 814
O projeto de lei de privatização da Eletrobras (PL 9463/18) irá incorporar várias propostas que estavam no texto da Medida Provisória (MP) 814, informa a Agência Infra. O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), relator do projeto na comissão especial da Câmara, disse que está empenhado em incluir no seu relatório final os itens da MP – que ainda não foi levada à votação, e irá perder a validade na próxima semana.
Uma das emendas apresentadas ao projeto de lei prevê a solução para o risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês), nos mesmos termos que foram apresentados no relatório da MP 814. Hoje, cerca de R$ 7 bilhões em cobranças no mercado livre de energia estão sem liquidação financeira devido a liminares judiciais que desobrigam o pagamento do risco hidrológico. Esse valor pode chegar a R$ 13 bilhões até o fim do ano, segundo estimativa da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Ao todo, o substitutivo do deputado Aleluia recebeu 181 emendas, nos cinco dias em que o prazo para sugestões ficou aberto. O substitutivo aprova a privatização da estatal, via aumento de capital, que incorporará novos sócios e reduzirá a participação da União na empresa, hoje de 64%. Aleluia deu destaque especial à destinação de recursos oriundos da desestatização para a revitalização da bacia do rio São Francisco, que abriga oito hidrelétricas da Chesf, subsidiária da Eletrobras.
Eletrobras: Justiça anula sentença favorável à Chesf
A Eletrobras informou, em comunicado ao mercado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM, ontem (17/05) à noite, que a 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), no âmbito de processo movido pela Energia Potiguar Geradora Eólica e outras, contra a controlada Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), após o acolhimento parcial do recurso interposto pela parte contrária, anulou o julgamento anterior que havia sido favorável à Chesf.
Na mesma sessão, rejulgou os recursos de apelação interpostos pelas partes, para confirmar a sentença que condenou a Chesf ao pagamento de indenização para Energia Potiguar Geradora Eólica e outras, por força dos prejuízos ocasionados pelo suposto atraso na entrega da linha de transmissão 230 kV Extremoz II – João Câmara II, integrante do Contrato de Concessão nº 019/2010 e aumentar os honorários de sucumbência. Segundo o comunicado, o processo está classificado com risco de perda possível, pelo valor estimado de R$ 512 milhões, em 31 de dezembro de 2020. A Chesf informa que irá apresentar os recursos cabíveis junto ao Poder Judiciário. (Valor Econômico)
Copel compra complexo eólico Vilas por R$ 1,05 bilhão
O Valor Econômico informa que a Companhia Paranaense de Energia (Copel) fechou um contrato para a compra do complexo eólico Vilas por R$ 1,05 bilhão. O complexo tem 186,7 MW de capacidade instalada e é formado por cinco parques eólicos, localizados no município de Serra do Mel, no Rio Grande do Norte. A atual dona do empreendimento é a Voltalia Energia do Brasil.
Setor elétrico tem novo curto circuito
Miriam Leitão (O Globo): O setor elétrico passa por um novo período de curto-circuito, com muitas más notícias que devem pressionar as tarifas de energia no ano que vem. Os passivos vêm se acumulando na conta de luz, o nível de água dos reservatórios é criticamente baixo, e o parecer do deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) sobre a privatização da Eletrobras foi tão mal recebido que especialistas passaram a defender que é melhor deixar a empresa como está do que aprovar o seu texto. O ministro da Economia, Paulo Guedes, sumiu das discussões, e o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, não tem demonstrado força e disposição para barrar as demandas que o centrão tem sobre as muitas estatais do setor.
PANORAMA DA MÍDIA
Briga por receita cria impasse à privatização da Eletrobras – esta é a manchete da edição de hoje (18/05) do Valor Econômico. De acordo com a reportagem, a inclusão de dispositivo na medida provisória (MP) nº 1.031 capaz de dificultar a privatização da Eletrobras, se for mantido, gerou incertezas em relação ao destino do projeto às vésperas de sua votação pela Câmara.
As alterações na MP, divulgadas extraoficialmente, tornaram-se foco de tensão no governo e no mercado sobre a viabilidade da operação. O ponto mais preocupante é a possibilidade de que a Eletrobras fique sem bilhões de reais em indenizações que já vinham sendo pagas pelo governo desde 2013. No pior cenário, a perda pode chegar a R$ 47 bilhões, referentes a indenizações por linhas de transmissão que tiveram suas concessões renovadas com tarifas muito inferiores às praticadas anteriormente.
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O jornal O Globo informa que projeções feitas por cientistas nos Estados Unidos e no Brasil acenderam o alerta de especialistas sobre a possibilidade de uma terceira onda de covid-19 no país, com nova alta de óbitos.
“Evitá-la vai depender muito da vacinação, que já se mostra efetiva na redução de mortes e internações. Temos que vacinar 1,5 milhão de pessoas ao dia, idealmente 2 milhões. E ter cautela na flexibilização das medidas de isolamento” – explica Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e doutora pela Univesidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
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O nível de isolamento dos brasileiros é o mais baixo desde o início das restrições impostas para conter a disseminação do coronavírus, informa a Folha de S. Paulo. Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha mostra que três em cada dez brasileiros adultos (30%) estão totalmente isolados ou saem de casa somente quando inevitável. Esse percentual, que teve seu maior índice no início de abril de 2020, com 72%, era de 49% em março deste ano.
Desses 30%, 2% dizem não sair de casa sob hipótese alguma —uma queda de seis pontos percentuais em relação a março de 2021 (8%) e cifra bem distante dos 18% registrados em pesquisa de abril do ano passado, logo no início da pandemia.
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O Brasil é um dos países que mais gastam com o funcionalismo público – é o sétimo em despesas, entre 74 nações, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. O total de despesas com a folha de pagamento de servidores é de 12,9% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados reunidos pelo Tesouro Nacional.