A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (18/05), os editais dos leilões A-3 e A-4 de 2021, destinados à contratação de energia elétrica de novos empreendimentos a partir de fontes hídrica, solar, eólica e térmica a biomassa. O governo prevê realizar os certames em 25 de junho.
Pelo edital, as usinas contratadas no leilão A-3 deverão começar a entregar energia em 1º de janeiro de 2024. Já no caso do A-4, o início do suprimento está previsto para 1º de janeiro de 2025. Os contratos para térmicas a biomassa com CVU igual ou diferente de zero serão na modalidade de oferta de energia por disponibilidade, com prazo de suprimento de 20 anos.
Para projetos eólicos e solar, a contratação será por quantidade, com prazo de suprimento de 20 anos. No caso de projetos hidrelétricos, os contratos também serão por quantidade, mas com prazo de suprimento de 30 anos.
A agência aprovou o edital com uma alteração em relação à regra de modulação dos contratos de comercialização de energia no ambiente regulado por quantidade. Ao acatar sugestão da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a modulação a ser empregada passará a ser conforme o perfil da carga pura e não da carga remanescente da distribuidora, como estava previsto na consulta pública.
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no total, 1.841 projetos se cadastraram para participar das ofertas. Desse total, 1.447 se referem a projetos que vão disputar em ambos leilões, 54 somente no A-3 e 340 exclusivamente para o leilão A-4. (Agência Estado)
Scania e Comgás saem em busca do ‘pré-sal caipira’
A Scania, fabricante de caminhões pesados, e a Comgás, maior distribuidora de gás natural do país, firmaram uma parceria para começar a mapear possíveis redes de distribuição de produtos como o biometano, produzido a partir de resíduos, do setor agrícola e de aterros sanitários, informa o Valor Econômico.
Equipes de trabalho de ambas as empresas começam a se reunir para traçar planos. De acordo com a reportagem, a ideia é identificar possíveis pontos de fornecimento. Usinas do setor sucroalcooleiro de cidades do interior de São Paulo, como Indaiatuba e Piracicaba, podem ser pontos de partida para definir rotas de abastecimento, segundo o presidente da Comgás, Antonio Simões.
Parte das empresas de transporte de carga, que hoje utilizam o biometano, aproveita a disponibilidade dessa fonte de energia produzida em aterro no Rio de Janeiro para ali abastecer os veículos que fazem o transporte de mercadorias no eixo Rio-São Paulo. Mas é muito pouco levando em conta o tamanho do país. “Estamos há mais de um século baseados no óleo diesel”, afirma o presidente da Scania na América Latina, Christopher Podgorski. Segundo ele, a ideia da parceria é buscar caminhos para gradativamente entrar na era das energias renováveis.
Aneel conclui relatório sobre apagão em Teresina (PI), no réveillon, e aponta falhas na rede de distribuição
O portal de notícias G1 informa que a TV Clube, de Recife, teve acesso hoje (18/05) ao relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que apontou as causas do apagão ocorrido entre os dias 31 de dezembro de 2020 e 3 de janeiro de 2021, em Teresina (PI). Entre as conclusões, a agência indicou falhas na rede de fornecimento de energia que abastece a capital.
A Equatorial Energia informou, por meio de nota, que vai responder os questionamentos feitos pela Aneel e que está fazendo investimentos na rede elétrica da capital. O relatório indicou que a falha de energia afetou 91.417 unidades consumidoras da Equatorial Piauí.
Privatização da Eletrobras na pauta da Câmara
O portal EPBR informa que a Câmara dos Deputados deve iniciar nesta terça-feira (18/05) a votação da MP 1031, da privatização da Eletrobras. A expectativa do governo é que será aprovada e enviada ao Senado Federal. O relator Elmar Nascimento (DEM/RJ) ainda não entregou a versão final do texto, mas suas propostas incluem medidas para estimular a construção de gasodutos e térmicas e gás; a intervenção no mercado livre de energia; e a destinação de recursos da Eletrobras para a nova estatal que será criada caso a capitalização seja, de fato, aprovada.
Risco regulatório e seus efeitos nos preços dos ativos e dos serviços
Esse é o tema de artigo publicado hoje (18/05) pelo portal Valor Investe. Os autores Rodrigo De Losso e Fernando Fernandes* argumentam que a teoria econômica sugere que empresas reguladas têm um fluxo de caixa mais estável e, por isso, incorreriam em menos riscos. Eles citam como exemplo de setores regulados a energia elétrica, o saneamento e as telecomunicações.
Ainda segundo Losso e Fernandes, se os concessionários desses serviços percebem um risco maior, no momento da licitação vão exigir maior retorno, onerando ainda mais o usuário final por meio de tarifas mais elevadas.
*Sobre os autores: Rodrigo De Losso é professor titular da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo; Fernando Fernandes é pós-doutorando de Economia, também da FEA/USP.
PANORAMA DA MÍDIA
Em meio à falta de vacinas contra a covid-19, o número de brasileiros que estão com a segunda dose do imunizante atrasada triplicou em um mês e já chega a 5 milhões, segundo levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo na base de dados de vacinados do Ministério da Saúde, disponível no site Open Datasus.
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O governo federal anuncia nesta terça-feira (18/05), um conjunto de medidas voltadas aos caminhoneiros, como forma de agradar à classe de trabalhadores e conter ameaças de greve. Batizado de Gigantes do Asfalto, o programa vai incluir ações voltadas para melhoria de infraestrutura rodoviária, regulação e serviços de apoio, financiamento específico para os trabalhadores e ações para melhoria de qualidade de vida. Mudanças que levem à queda no preço do diesel, uma das ações que os caminhoneiros mais esperam, não entraram no pacote. O programa será coordenado pela Comissão Nacional de Autoridades de Transportes Terrestres (Conatt). (O Estado de S. Paulo)