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Quase 40% da energia prevista para entrar em operação até 2026 depende de obras atrasadas – Edição da Tarde

Reportagem do jornal O Globo mostra que parte das obras para ampliar a capacidade instalada de energia do Brasil nos próximos anos está atrasada, neste momento em que o país precisa garantir o suprimento de eletricidade diante de uma forte seca nos reservatórios de algumas das principais hidrelétricas.

Quase 40% da eletricidade prevista para entrar em operação até 2026 depende de obras com execução fora do cronograma. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável por fiscalizar e acompanhar o andamento das obras. São usinas de biomassa, eólicas, solares e termelétricas, além de algumas pequenas hidrelétricas.

A previsão é que entre este ano e 2026 um total de 38,1 mil megawatts (MW) de energia entrem em operação no Brasil. Desse montante, usinas responsáveis por gerar 14,5 mil MW de eletricidade têm o cronograma de entrega fora dos prazos.

Apesar de os dados da Aneel mostrarem atrasos nas obras, especialistas minimizam os problemas para este ano e dizem que não há risco de faltar energia elétrica. A Aneel informou que os motivos do atraso no cronograma são problemas no processo de licenciamento ambiental, dificuldade de viabilizar financeiramente o projeto, impactos da pandemia de covid-19 e atraso das obras propriamente dito.

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Senadores devem fazer alterações na MP da Eletrobras

O Valor Econômico informa que o governo prepara uma operação para tentar aprovar no Senado, nos próximos 15 dias, a medida provisória (MP) que permite a privatização da Eletrobras. De acordo com a reportagem, os senadores devem promover alterações pontuais na matéria e reencaminhá-la à Câmara para nova análise, em um prazo que permita sua votação antes do dia 22 de junho, quando a MP perde os efeitos.

Segundo o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), parte das resistências de senadores foram vencidas com as alterações feitas pelo relator na Câmara, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA). O novo texto prevê R$ 3,5 bilhões divididos em dez anos para a revitalização dos rios São Francisco e Parnaíba, além de R$ 2,95 bilhões para a redução dos custos de geração de energia na Amazônia Legal e para prover a navegabilidade no rio Madeira. Após o período, 25% do superávit financeiro de Itaipu será destinado à manutenção desses fundos.

Além disso, foi acertada a construção de usinas térmicas movidas a gás natural no interior do país. Para isso, será necessária a construção de gasodutos até lá – o que pode encarecer a conta de luz. “Havia duas resistências: uma em relação às térmicas inflexíveis, algo defendido pelos senadores do Norte e Centro-Oeste, e tinha a questão do rio São Francisco, a revitalização. Mas com a criação dos fundos de desenvolvimento ambiental, isso deu uma acalmada boa”, avaliou Bezerra.

CEEE-D adia divulgação de resultados

A Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) adiou a divulgação do balanço referente ao primeiro trimestre de 2021 que estava prevista para ontem. A empresa não informou a nova data. Em nota, a empresa reiterou que o atraso na conclusão do balanço ainda é causado pela limitação de recursos humanos em consequência do estado de greve geral de seus funcionários. De acordo com a empresa, a área responsável pela elaboração das demonstrações financeiras esta com contingente reduzido em 30%, o mínimo obrigatório por lei. (Valor Econômico)

Votorantim terá usina que reúne geração eólica e solar no Piauí

A VTRM, joint venture formada pela Votorantim Energia e pelo CPP Investments (CPPIB), vai dar início a um projeto piloto que combina geração de energia eólica e solar no mesmo local, informa o Valor Econômico. A iniciativa já conta com financiamento de R$ 190 milhões aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas os valores investidos vão superar esse montante, conforme explicou a companhia.

Aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta semana, o empreendimento funcionará no modelo de “parque associado”: serão oito usinas, sete eólicas e uma solar, que compartilharão a mesma infraestrutura de conexão e acesso à rede de distribuição. O projeto será desenvolvido no parque eólico Ventos do Piauí I, situado na região da Serra do Inácio (PI), que já está em atividade. Além dos 206 megawatts (MW) de capacidade instalada em eólicas, o complexo passará a contar com uma usina solar, com potencial para gerar 68,7 MW. As estruturas compartilharão a mesma subestação de transmissão.

Cerca de R$ 30 bilhões em novos IPOs já estão na fila para chegar à Bolsa em julho

Uma nova fila de ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) está se formando e já conta com processos estimados em R$ 30 bilhões, informa a Agência Estado. De acordo com a reportagem, a maior oferta esperada para essa janela é da Raízen, joint venture da Cosan e Shell, com potencial de superar os R$ 10 bilhões. As cimenteiras CSN Cimentos e a InterCement podem movimentar outros R$ 7 bilhões, enquanto a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do Grupo Votorantim, outros R$ 2 bilhões. Essas últimas três empresas já formalizaram o pedido de análise de oferta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Nos bastidores do mercado, outra candidata comentada é a Companhia Mineira de Açucar e Alcool (CMAA), que tem atuação no segmento de bioenergia, e pode buscar fazer uma oferta nesta janela. As precificações da terceira temporada do ano de ofertas de ações começam no final de junho e as empresas usarão os números dos balanços do primeiro trimestre para convencer investidores de suas histórias de crescimento. Neste ano, grande parte das companhias que querem chegar à Bolsa tem uma agenda de aquisições.

PANORAMA DA MÍDIA

A retomada econômica pós-pandemia é o rema da reportagem de capa da edição da revista Veja que chegou hoje (21/05) às bancas. Adiantados no processo de vacinação contra a covid-19, diversos países já se preparam para uma forte expansão. Conforme análise da revista, com um patamar ainda elevado no número de mortes e sem a perspectiva de aprovação de importantes reformas, o Brasil corre o risco de ficar de fora.

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O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, sugeriu ampliar a atuação de bancos asiáticos e usar recursos de fundos chineses de investimentos para cooperação com a América Latina no financiamento de projetos de agricultura sustentável no Brasil, informa o Valor Econômico. Ele afirmou nesta sexta-feira (21/05) que, com mais diálogo, os dois países podem acelerar a transição verde e proteger a biodiversidade.

Segundo Wanming, é preciso diversificar a parceria em finanças ‘verdes’ para a atividade ganhar tração. As afirmações foram feitas durante a abertura do segundo dia do evento Diálogo Brasil-China sobre Agricultura Sustentável, organizado pelo Conselho Empresarial Brasil-China e o centro de estudo chinês Institute of Finance and Sustainability (IFS).

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Horas após o cessar-fogo que encerrou a sequência de 11 dias de ataques entre Israel e o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, a polícia israelense entrou em atrito com grupos de palestinos do lado de fora da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, nesta sexta-feira (21/05). Policiais israelenses dispararam granadas de atordoamento contra os palestinos, que, por sua vez, lançaram pedras e coquetéis molotov contra os agentes. (Folha de S. Paulo)