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Aneel avalia manter limitação a cortes de energia até outubro devido à pandemia – Edição da Manhã

As limitações atualmente em vigor para o corte do serviço de clientes inadimplentes por distribuidoras de energia poderão ser prorrogadas até o fim de outubro, de acordo com sugestão da área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Em meio à pandemia de covid-19, a Aneel decidiu em março que as concessionárias de distribuição ficariam impedidas até o fim de junho de suspender o fornecimento para clientes de baixa renda e para hospitais e centros de produção, armazenamento e distribuição de vacinas. Em nota técnica, superintendentes da agência disseram que “resta postergar a vigência das medidas excepcionais”, uma vez que a situação de pandemia continua no país, com “alto índice de contágio” e “sem perspectiva de melhora no médio prazo, mesmo com o início da vacinação”. (Folha de S. Paulo – com informações da agência de notícias Reuters)

Crise hídrica pode impactar economia e inflação, diz secretário de Paulo Guedes

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Bruno Funchal, afirmou ontem (31/05) que a crise hídrica no país, com impacto no setor elétrico, gera risco à retomada da atividade econômica e pode ter repercussão sobre a inflação. Funchal participou de audiência pública no Congresso sobre medidas de enfrentamento à pandemia da covid-19. Ele afirmou que a vacinação pode impulsionar a economia e melhorar as contas do governo, mas ponderou que o risco no setor elétrico não pode ser ignorado. (Folha de S. Paulo)

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‘Jabutis’ de MP da Eletrobras custam R$ 41 bilhões ao consumidor, dizem associações

A Folha de S. Paulo informa que entidades ligadas ao setor elétrico e à indústria calculam que os ‘jabutis’ (emendas parlamentares com pouca ou nenhuma relação com o texto original de um projeto de lei ou medida provisória.) incluídos MP de privatização da Eletrobras devem custar R$ 41 bilhões ao consumidor brasileiro. Esse valor seria suficiente para elevar em 10% a conta de luz.

A projeção foi divulgada ontem (31/05) em novo manifesto contra as emendas incluídas na medida provisória (MP) pelo relator do projeto na Câmara, o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA). A conta considera a compra obrigatória de energia térmica e de pequenas centrais hidrelétricas e a renovação de contratos de energia renovável subsidiados. Por outro lado, é compensada pela transferência ao consumidor de outorgas que serão pagas pela Eletrobras para renovar suas concessões.

Soluções para ganhar eficiência energética têm boa procura

Reportagem do Valor Econômico mostra que o aumento no preço da energia elétrica, que impacta os custos de produção, pressiona os empresários a buscar alternativas para se manterem competitivos e responderem às demandas do mercado com práticas sustentáveis. Alguns dos principais fornecedores de soluções e equipamentos do país não têm do que se queixar.

“A demanda é crescente e reflete uma mudança no comportamento das indústrias”, diz Daniel Eidelwein, diretor de vendas da WEG Motores América do Sul. “A busca por soluções de eficiência energética cresce proporcionalmente à corrida das empresas para atingir a meta de zero emissões”, afirma André Clark, diretor-geral da Siemens Energy no Brasil.

O Grupo CPFL, com negócios em distribuição, geração, comercialização de energia elétrica e serviços que atendem a 9,9 milhões de clientes e é uma das líderes no segmento de energias renováveis no Brasil, vai investir mais de R$ 1,8 bilhão em projetos de sustentabilidade, soluções energéticas e aumento dos impactos na comunidade até 2024.

No Brasil, a Siemens Energy, criada com a promessa de descarbonização, já reduziu suas emissões em 57%, de 2014 a 2020, mas a meta é atingir 100% até 2030. Um dos projetos é o de modernização da Braskem no Polo Petroquímico do ABC, em São Paulo. Prevê a troca de turbinas à base de vapor por motores elétricos de alto rendimento e uma nova planta de cogeração de energia alimentada por gás residual do processo de produção petroquímica.

Aumento de tarifa da Comgás é contestado pela indústria

O portal de notícias Energia Hoje informa que o anúncio de um aumento de 9% na tarifa da Comgás, na última quarta-feira (26/05), está sendo contestado pelo setor industrial, que aponta falhas na decisão da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e do governo de São Paulo, que autorizaram o reajuste a partir de 31 de maio.

Representantes de cinco associações industriais que respondem por 70% do consumo de gás natural no estado (Abrace, Abiquim, Abividro, Anace e Aspacer) observam que a Arsesp e o governo paulista não seguiram os pareceres jurídicos da Procuradoria do Estado, nem levaram em conta uma demanda que identificou erros nos cálculos das revisões feitas desde 2018.

“Ao ignorar os erros das últimas revisões, esse aumento é aplicado sobre uma base maior e os próximos também serão”, observa Adrianno Lorenzon, gerente de Gás Natural da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) e colunista da revista Brasil Energia.

Procurada pela reportagem, a Arsesp informou que no caso da Comgás, as margens deveriam ser corrigidas pelo IGP-M acumulado e pelo preço atualizado do gás, que deveria ser incluído totalmente nas tarifas, mas que o resultado seria um percentual da ordem de 34% para consumidores residenciais e comerciais.

Venda de diesel no Brasil tem recorde em abril, com alta de 27%, informa a ANP

As vendas de diesel por distribuidoras no Brasil cresceram 27% em abril na comparação com o ano anterior e atingiram um recorde para o quarto mês do ano, conforme indicam dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O volume comercializado de diesel somou pouco mais de 5 bilhões de litros em abril, ante 4 bilhões de litros no mesmo período de 2020. Na comparação com o mês anterior, no entanto, houve uma queda de 7,5% das vendas. Em março, os volumes vendidos do produto pelas distribuidoras já haviam batido um recorde para aquele mês, diante de uma demanda firme do agronegócio, cujo atraso da safra gigante deste ano acabou por acumular parte da colheita em um espaço menor de tempo. (Investing.com – com informações da agência de notícias Reuters)

Em resposta a apagões, Irã reprime, temporariamente, mineração de bitcoins

Quase dois anos depois de surgirem relatórios sobre um aumento insustentável no uso de eletricidade por mineradores de bitcoin no Irã, as autoridades do país prometem tomar medidas duras. Na última semana, o presidente Hassan Rouhani proibiu a mineração de criptomoedas durante o verão no hemisfério norte, em resposta aos apagões de eletricidade em todo o país. A proibição se aplica aos operadores licenciados e não licenciados.

O Ministério das Indústrias do Irã tem emitido licenças para mineração de criptomoedas por vários anos, somando 50 até o momento. Esses operadores legalizados consomem cerca de 209 megawatts de energia, mas o comércio ilegal é muito maior. Os operadores sem licença têm usado cerca de 2 gigawatts de eletricidade altamente subsidiada, de acordo com o jornal local Financial Tribune. (Forbes Brasil)

PANORAMA DA MÍDIA

Otimismo domina a Bolsa apesar de risco elétrico – essa é a manchete da edição de hoje (1º/06) do Valor Econômico. A reportagem indica que o bom desempenho de produtores de commodities, graças à alta dos preços internacionais, e o otimismo com a recuperação da economia brasileira neste ano fizeram a bolsa bater ontem (31/05) recorde histórico. O Ibovespa, principal índice da B3, subiu 0,52%, para 126.216 pontos. Em maio, a valorização foi de 6,16%.

Investidores mostraram, também, que ainda não têm no radar o risco hidrológico, que já afeta as ações das empresas do setor elétrico e repercute no mercado de juros por causa de seu impacto na inflação. O aumento do preço da energia, decorrente do baixo nível de água nos reservatórios, que reduz a geração das hidrelétricas, já está nas projeções do mercado. O que ainda não entrou na conta é o possível impacto de uma crise energética na atividade econômica.

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A possibilidade de realização da Copa América (Conmebol) no Brasil é o principal destaque da edição desta segunda-feira (1º/06) na mídia. Horas depois de a organização da Conmebol agradecer ao Brasil por sediar o torneio a partir do próximo dia 13, o governo federal foi a público dizer que a realização do evento no país não estava confirmada.

Diante da repercussão negativa do anúncio feito pela entidade que comanda o futebol no continente, o ministro Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) afirmou no início da noite que a realização da Copa América no país ainda não está definida, mas disse que o evento, caso ocorra, deverá seguir protocolos sanitários, não terá público e terá a vacinação obrigatória de atletas e comitivas. “No momento são dez times. Já foi acordado com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), em reunião por videoconferência, de no máximo 65 pessoas por delegação. Todos vacinados. Foi a condição que nós tratamos com a CBF”, disse Ramos. (Folha de S. Paulo / O Estado de S. Paulo)

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Para especialistas em saúde, é ponto pacífico: quanto mais pessoas em circulação mais aumenta o espalhamento do vírus causador da covi-19. Num cenário descontrolado, como o da pandemia no Brasil, não há como garantir risco zero. Foi justamente pela falta de controle que a Argentina desistiu de sediar o evento. (O Globo)