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Sem estrutura para levar gás natural a usinas, país eleva importação do insumo – Edição da Tarde

Reportagem publicada hoje (04/06) pelo jornal O Estado de S. Paulo ressalta que o Brasil deixa de aproveitar mais da metade de todo o gás natural que produz e que poderia estar sendo usado para gerar energia térmica. Ao mesmo tempo, aumentam a importação e o custo para trazer o produto de fora. Neste ano, as compras externas de gás natural pelo Brasil atingiram o maior patamar desde 2016 para os meses de janeiro a abril. Apenas em quatro meses, o país pagou US$ 1 bilhão, quase o total gasto em todo o ano passado e o dobro do valor pago no mesmo período de 2020.

Ainda de acordo com a reportagem, essa alta nas importações deve chegar à conta de luz, já que as usinas termelétricas são as substitutas naturais das hidrelétricas em períodos de seca e vão ser acionadas para evitar a repetição do apagão de 2001. O jornal explica que, em vez de ser usado como insumo para a geração de energia térmica, o gás nacional está sendo injetado de volta nos campos marítimos, sobretudo nos do pré-sal.

De janeiro a abril, o volume de gás nacional distribuído ao mercado já caiu 14%. Esse é o dado mais recente divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ao mesmo tempo, cresce a importação da matéria-prima, cobrada em dólar e a preço internacional. Dos 131,4 milhões de metros cúbicos por dia de gás extraídos no país, apenas 53,5 milhões são ofertados para venda. Isso significa que 60% do total não chegam ao mercado. Essa tem sido a tônica desde que o pré-sal ganhou relevância, porque falta infraestrutura para escoar toda a produção dos campos.

Inpe: desmatamento na Amazônia Legal cresce 41% em maio, contra um ano antes

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Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal em 28 dias de maio alcançaram 1.180 km², um aumento de 41% em relação a maio de 2020. É a primeira vez que o número supera 1.000 km² em um mês de maio desde o início da série do Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), criada em 2016. A taxa dos cinco primeiros meses de 2021, em alertas de desmatamento, mostra 2.337 km² de áreas abertas. O registrado no mesmo período de 2020 foi de 2.038 km².

Reportagem do Valor Econômico indica que a tendência de alta se mantém forte no momento em que inicia a estação seca e o desmatamento e queimadas aumentam na região. A governança de fiscalização está enfraquecida com a desidratação do Ibama e do ICMBio. A Operação Verde Brasil 2, das Forças Armadas, saiu da Amazônia em abril.

O Pará novamente puxou os dados dos alertas de desmatamento com 425 km2, seguido pelo Amazonas, com 289 km². O Mato Grosso está em terceiro com 242 km² e Rondônia, 180 km².

O portal de notícias G1 ressalta que a Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de oito estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de parte do Maranhão. O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, que fez o alerta de desmatamento, não é responsável pelos dados oficiais, mas mostra onde o problema está acontecendo. A medição oficial do desmatamento, feita pelo sistema Prodes, costuma superar os alertas sinalizados pelo Deter.

Cana-de-açúcar é fonte de 19% da energia consumida no Brasil

A cana-de-açúcar é a principal fonte de energia renovável do país segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) 2021. A publicação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostra que a biomassa de cana representa 19,1% da oferta interna de energia ou 39,5% de toda a energia renovável utilizada no Brasil.

Isoladamente, a cana-de-açúcar já posiciona o país como referência global em energias limpas, contribuindo para uma participação acima da média mundial, de 13,8% de renováveis na matriz, e dos países desenvolvidos membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 11%. Em 2020, 48,4% da energia consumida no território nacional teve como origem fontes renováveis. As informações foram publicadas pelo Canal da Bioenergia.

Galp aposta em pré-sal e renováveis para crescer no país

Terceira maior produtora de petróleo do Brasil e uma das principais sócias da Petrobras no pré-sal, a portuguesa Galp anunciou ontem (03/06) corte de 20% no seu plano global de investimentos, informa o Valor Econômico. O mercado brasileiro, contudo, promete ser preservado pela companhia, que aposta não só no crescimento da produção petrolífera no país como também mira oportunidade em renováveis, dentro da estratégia de se posicionar frente à transição energética para uma economia de baixo carbono.

“Estamos investindo principalmente em exploração e produção de óleo e gás, num primeiro momento, mas temos a ambição de fazer mais coisas no Brasil”, afirmou o presidente global da Galp, Andy Brown, ao Valor. Ele cita a intenção da companhia de entrar no negócio de geração de renováveis, com destaque para a energia solar e soluções híbridas (que reúnem a solar com a eólica, por exemplo). A meta da empresa é quadruplicar a sua capacidade instalada global de geração renovável, dos atuais 1 gigawatt (GW) para 4 GW em 2025. E aumentar a potência instalada para 12 GW em 2030.

Weg tem produção fechada de aerogerador brasileiro até 2022

O Valor Econômico informa que, na reta final de desenvolvimento e certificação, o primeiro aerogerador brasileiro tem tido forte procura no mercado. Com 4,2 megawatts (MW) de potência, a máquina está sendo fabricada pela Weg na unidade de Jaraguá do Sul (SC) e foi desenvolvida por meio de uma iniciativa do programa de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Iniciado em 2014, o projeto contou com a participação da Engie e Celesc e investimentos de mais de R$ 200 milhões. O primeiro contrato para fornecimento da turbina foi assinado com a Aliança Energia, no começo de 2020. Desde então, a WEG firmou encomendas com mais três geradoras e está com produção fechada até o fim de 2022. “É possível que fechemos mais um contrato, então teremos 19 parques eólicos (para atender). Já estamos negociando para 2023”, diz João Paulo Gualberto da Silva, diretor da Weg Energia. Segundo o executivo, a companhia também deve aumentar sua capacidade de produção, passando de 8 para 12 aerogeradores por mês até o fim do próximo ano.

Biodiesel: mandato B13 voltará no próximo leilão e B15, até o final do ano

O uso de biodiesel na mistura do diesel deve ser retomado no próximo leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “É uma medida pontual. Acredito que com uma safra boa, podemos retomar o B15 até o fim do ano”, disse a ministra durante o painel “Os 3 I’s da Agricultura: Inovação, Infraestrutura e Instrumentos Verdes”, no Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF), realizado nesta semana. O evento virtual internacional sobre atração de investimentos estrangeiros para o Brasil é organizado pela Apex-Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e governo federal.

O porcentual obrigatório da mistura do biodiesel no óleo diesel foi reduzido de 13% para 10% para o 79º Leilão de Biodiesel, realizado para abastecer o mercado nos meses de maio e junho. No evento, a ministra lembrou que a determinação do nível obrigatório da mistura de biodiesel é da alçada do Ministério de Minas e Energia. (O Estado de S. Paulo / Boadcast Agro)

PANORAMA DA MÍDIA

O Valor Econômico informa que os brasileiros, mesmo vacinados, terão entrada extremamente complicada na França, com as condições estabelecidas nesta sexta-feira (04/06) pelo governo francês para a reabertura das fronteiras do país a partir do próximo dia 9. O Brasil foi colocado na lista vermelha de países sem controle da covid-19. Além disso, a França não reconhecerá a vacina chinesa Coronavac, a mais utilizada no Brasil, apesar de ela ter recebido nesta semana autorização da Organização Mundial da Saúde (OMS) para uso emergencial.

O que o governo de Emmanuel Macron fez é o que fontes acreditam que boa parte de países europeus vai fazer, na abertura de suas fronteiras no verão, na expectativa de atrair turistas, mas com equilíbrio para controlar o vírus que tem matado milhares de pessoas. Significa que o espaço para o turista brasileiro será limitado e complicado, por causa da falta de controle sanitário no país.