Reportagem publicada hoje (11/06) pelo Valor Econômico informa que a Petrobras está concorrendo com outras dez empresas pelo mercado de gás natural do Centro-Sul. As distribuidoras de gás canalizado MSGás (MS), GasBrasiliano (SP), Compagas (PR), SCGás (SC) e Sulgás (RS) esperam receber nos próximos meses propostas vinculantes dos onze supridores que avançaram para a fase de negociações finais da chamada pública conjunta, aberta pelas concessionárias, para contratação de gás.
De acordo com a reportagem, a expectativa é que, ao longo do segundo semestre, as distribuidoras celebrem novos contratos de suprimento, válidos a partir de 2022. Uma das principais concorrentes da Petrobras na disputa é a Shell, segunda maior produtora do pré-sal e grande player global de gás natural liquefeito (GNL).
Além de Petrobras e Shell, outras nove empresas avançaram para a fase de negociações com as distribuidoras do Centro-Sul: a Tradener, que opera o campo de gás Barra Bonita, na Bacia do Paraná; além das comercializadoras GasBridge, Compass (Grupo Cosan), Trafigura, EBrasil, New Fortress e Nimofast; e de dois produtores de biometano, a CRVR e Cocal.
Petrobras completa 40 dias sem reajuste, mas combustíveis ainda sobem nas bombas
Após um início de ano de forte alta nos preços dos combustíveis, o Brasil completou ontem (10/06) 40 dias sem reajustes nas refinarias. Nos postos, porém, os preços continuam subindo, sob efeitos de repasses do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) e do aumento dos biocombustíveis.
Levantamento feito a pedido da Folha de S. Paulo pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep) indica que a estatal vem evitando repasses imediatos das volatilidades externas após a mudança no comando da companhia.
Os dados mostram, por exemplo, que a empresa deixou de acompanhar um repique nas cotações internacionais no início de maio, quando o preço médio praticado em suas refinarias chegou a ficar R$ 0,08 por litro abaixo do valor de referência calculado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
A estatal informa que não alterou sua política de preços. “A Petrobras monitora permanentemente o mercado e, a partir de uma percepção de realinhamento de patamar, seja de câmbio, seja de cotações internacionais de petróleo e derivados, realiza reajustes de preço”.
PANORAMA DA MÍDIA
As pressões inflacionárias e o desempenho mais forte da economia têm levado economistas a melhorar as estimativas para a dívida bruta do governo no fim do ano a cerca de 82% do produto interno bruto (PIB), informa o Valor Econômico. Embora seja elevado para um país emergente e os prognósticos para os anos seguintes continuem preocupantes, as revisões significam melhora expressiva em relação a projeções próximas a 96% do PIB feitas no fim de 2020.
O cenário fiscal mais favorável inclui aumento da arrecadação. Desde o projeto de Orçamento deste ano apresentado em agosto de 2020, a estimativa de receitas subiu R$ 200 bilhões.
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A Folha de S. Paulo informa que, diferentemente do restante do mundo, que vê a disseminação do coronavírus desacelerar, a América do Sul passa por uma explosão de casos de covid-19. Mesmo com a já conhecida baixa testagem, ou seja, os dados provavelmente estão subestimados, o continente sul-americano tem hoje uma média de 328 novos casos diários a cada milhão de habitantes. O número é mais de cinco vezes o da Europa, com média móvel de 60 novos diagnósticos no último domingo (06/06).
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O principal destaque da edição de hoje (11/06) do jornal O Globo é o anúncio feito ontem pelo presidente Jair Bolsonaro, de que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, iria publicar parecer liberando do uso de máscara quem se vacinou ou teve covid. Queiroga, por sua vez, negou que dispensará o uso da proteção agora e reafirmou a necessidade de vacinar a população. Apenas 11% dos brasileiros estão vacinados com as duas doses necessárias para a imunização.
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Convid aprovou a quebra de sigilo telefônico e telemático de integrantes e ex-integrantes do governo. A comissão também pediu acesso a informações de empresas que receberam recursos públicos. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo ressalta que o alvo da CPI é o ‘gabinete paralelo’, grupo que tem assessorado o presidente Jair Bolsonaro na pandemia e incentivado o discurso antivacina e do chamado tratamento precoce contra a covid-19.