O jornal O Globo informa que a Enel Green Power Brasil iniciou ontem (10/06) a operação comercial do parque eólico Lagoa dos Ventos, no estado do Piauí. A construção da unidade de 716 MW, localizada nos municípios de Lagoa do Barro do Piauí, Queimada Nova e Dom Inocêncio, envolveu um investimento de cerca de R$ 3 bilhões.
O parque eólico Lagoa dos Ventos é composto por 230 turbinas eólicas e será capaz de gerar mais de 3,3 TWh por ano, o que equivale ao consumo de 1,6 milhão de residências.
O projeto já te uma nova expansão agendada. Em dezembro do ano passado, a Enel anunciou o início da construção de um novo projeto, o Lagoa dos Ventos III, com investimento adicional de cerca de 360 milhões de euros.
Fiat terá somente elétricos em 2030
A Fiat anunciou na semana passada que venderá apenas carros 100% elétricos a partir de 2030. A revelação foi feita por Oliver François, CEO da Fiat e diretor de marketing na Stellantis, em um debate sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, em Milão (Itália). Junto com o arquiteto Stefan Boeri, novo parceiro da marca italiana, o executivo debatia sobre mobilidade sustentável nas cidades. O processo de transição vai ocorrer de forma gradual.
Os carros da fabricante com motores a gasolina e a diesel serão substituídos aos poucos por veículos elétricos, segundo François. Não serão feitos mais carros a combustão convencionais até 2025, modelos que serão substituídos por híbridos. Os automóveis puramente elétricos entram na segunda fase. Contudo, no Brasil, a montadora ainda não comenta a decisão. “Não recebemos, até o momento, nenhuma diretriz neste sentido”, disse a assessoria da marca no país. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.
Térmicas servirão para um modelo menos dependente de chuvas
O relator da Medida Provisória 1.031, sobre a capitalização da Eletrobras, no Senado, Marcos Rogério (DEM-RO), disse que o atual contexto de escassez hídrica nos reservatórios das usinas relembra que as térmicas a gás que foram incluídas como emenda parlamentar no projeto aprovado pela Câmara dos Deputados podem ter um papel importante na composição dos preços da energia para o consumidor.
Segundo o parlamentar, essa energia servirá para a transição para um modelo que será menos dependente de chuvas. “Hoje nós estamos numa situação que demanda despacho de térmicas, importação”, afirmou.
O ponto mencionado pelo senador Marcos Rogério é motivo de polêmica, já que diversas entidades são contra e questionam a compra obrigatória de energia térmica, pois isso traria custo adicional ao consumidor, uma vez que se trata de fonte mais cara de energia. (Canal Energia)
Petrobras supera recorde de vendas de diesel S-10 pelo terceiro mês consecutivo
A Petrobras informa que continua ampliando a oferta de diesel com baixo teor de enxofre e menor impacto ao meio ambiente. Em maio, pelo terceiro mês consecutivo, a companhia superou o recorde de vendas de diesel S-10, alcançando a marca de 450 mil bpd, o que representa aumento de 3% em relação ao recorde anterior 437 mil bpd, registrado em abril de 2021.
De acordo com comunicado publicado pela Agência Petrobras, a produção do S-10 atualmente representa 50% da produção total de diesel da companhia e a previsão é que chegue a praticamente 100% até 2025, com a modernização do parque de refino. A estatal está apostando no uso de tecnologias para tornar a produção mais sustentável e competitiva em custo.
A expectativa é aumentar a produção de diesel S-10 em até 16.500 m³/dia com a implantação de projetos adicionais que vão aumentar a qualidade do diesel produzido, promovendo a redução do teor de enxofre (de 500 ppm para apenas 10 ppm), visando atender especificações do mercado local e internacional, além de requisitos ambientais.
Com desmate em alta, Brasil perde um Parque Ibirapuera por hora em 2020
Reportagem do Valor Econômico mostra que o desmatamento cresceu 14% em 2020 em todo o Brasil. A velocidade diária do desmate foi de 24 árvores por segundo. O Brasil perdeu 158 hectares, ou um Parque do Ibirapuera, localizado em São Paulo, por hora em 2020. O cenário é impressionante na Amazônia, onde acontecem 61% do total de derrubada e a dinâmica está se alterando – cada vez mais o desmatamento se desloca das margens e avança pelo interior da floresta.
Do total de alertas, 99,8% têm indícios de ilegalidade, mas só 2% foram atendidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “É visível o avanço do desmatamento da Amazônia no Pará e entrando pelas estradas e ao longo do rio Amazonas”, diz Marcos Rosa, doutor em geografia e coordenador técnico do MapBiomas, que acaba de lançar o relatório inédito com dados de desmatamento em todo o país.
Até há pouco, o desmatamento ocorria no chamado “arco do desmatamento”, expressão histórica que indica o avanço da degradação nos municípios que fazem fronteira com a floresta. “O arco do desmatamento está consolidado com produção de soja. O que vemos é a internalização do processo para dentro da floresta”, diz o pesquisador.
De acordo com os dados do MapBiomas Alerta, a derrubada nos seis biomas brasileiros alcançou 13.853 km2, uma área nove vezes maior que a cidade de São Paulo. A análise foi feita em 74.218 alertas de desmatamento no território nacional. Houve desmatamento em todos os dias de 2020. O dia 31 de julho foi o mais crítico do desmatamento em 2020. Foram desmatados 4.968 hectares, quase 575 m2 por segundo. O país perdeu, em um dia, uma área maior do que a de 80 cidades brasileiras, mostra o estudo.
PANORAMA DA MÍDIA
O portal de notícias UOL informa que uma nova operação militar na Amazônia liderada pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), deve ter início nos próximos dias. A decisão ocorre no momento em que a região volta a registrar forte alta no desmatamento. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o desmatamento na Amazônia Legal em maio foi o maior desde 2016, quando a série histórica teve início. É o terceiro mês seguido de recorde de destruição da floresta em 2021. Os militares deixaram a área em abril.
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O Brasil voltará a ocupar um assento não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas no biênio 2022-2023, após 11 anos. Será a 11ª vez que o país vai integrar o colegiado (a última foi no biênio 2010-2011). O Brasil recebeu 181 votos na eleição que ocorreu nesta sexta-feira (11/06) em Nova York, durante a 75ª Assembleia Geral da ONU. Albânia, Emirados Árabes Unidos, Gabão e Gana também foram eleitos. O Conselho de Segurança é formado 15 países com direito a voto. Mas apenas Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, China e Rússia são membros permanentes e têm poder de veto. (portal G1)