O Ministério de Minas e Energia (MME) está entrando em contato com os geradores com projetos que devem entrar em operação ainda em 2021 e início de 2022 solicitando que sejam tomados esforços para manter ou antecipar as datas. A medida faz parte da estratégia da pasta para minimizar os problemas causados pela crise hídrica e afastar a possibilidade de um racionamento de energia.
A MegaWhat teve acesso à correspondência do Ministério de Minas e Energia aos geradores, no qual a pasta faz referência à deliberação de maio do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), quando foi manifestada preocupação com as condições de atendimento diante da escassez hídrica.
Desde então, os órgãos relacionados ao setor têm tomado medidas para flexibilizar as restrições operativas das hidrelétricas e tentar poupar água nos reservatórios, evitando o agravamento da crise nos meses em que a carga estará mais alta. Outras medidas incluem o despacho fora da ordem de mérito de termelétricas e a importação de energia.
Nesse sentido, a pasta tem entrado em contato com os responsáveis pelos empreendimentos de geração com previsão de entrada em operação comercial ao longo deste ano e início do próximo e destacando “a importância de que sejam envidados todos os esforços para manutenção das datas, ou possível antecipação, da efetiva entrada em operação comercial.”
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a iniciativa faz parte de plano de ação para buscar a disponibilização de recursos adicionais à operação do sistema elétrico. A pasta informou que o alvo são projetos que já estão em implantação e caracterizados por terem base em fontes renováveis. Eles têm potencial de serem agregados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) para atravessar o período seco ou apoiar a recuperação dos reservatórios no próximo período úmido. Adicionalmente, também fazem parte da medida projetos de transmissão que ampliam os limites de intercâmbio entre os subsistemas.
“Em ambos os casos, o incentivo pela eventual antecipação se dá pelos mecanismos já existentes no setor, bem como nos contratos de concessão”, disse o MME, em nota enviada à MegaWhat.
(Atualizado às 18h20, em 15/06/2021)