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“Estamos de acordo com a versão da MP da Eletrobras aprovada pelo Senado”, diz relator da medida na Câmara

O relator da medida provisória (MP) 1.031, da Eletrobras, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), prevê que a proposta receba o aval final da Casa na segunda-feira (21/06), informa a Folha de S. Paulo. “Estamos de acordo com as mudanças feitas pelo Senado. Se houver alteração (na Câmara), deve ser ajuste na redação”, afirmou o deputado. Segundo ele, a tendência é que o plenário da Casa confirme a versão aprovada ontem pelo Senado.

A reportagem explica que, para conseguir o aval, em votação apertada no Senado, o governo teve que ceder a pressões de bancadas estaduais. Por isso, incluiu mais mudanças na proposta que não estavam previstas na versão original. Por causa da nova versão da proposta, a Câmara precisará analisar o texto novamente. O prazo para aprovação expira em 22 de junho. Depois dessa data, a MP perderá validade.

Desmate da Amazônia e aquecimento global agravam crise hídrica

Reportagem publicada hoje (18/06) pela Folha de S. Paulo ressalta que o fenômeno natural La Niña ajuda a entender, mas não explica toda a crise hídrica que ameaça o setor elétrico no país, indicam especialistas. Segundo eles, a escassez de chuvas também pode ser associada a questões como a mudança climática provocada pelo aquecimento global e até o desmatamento na Amazônia.

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O La Niña é visto como um dos motivos da crise porque afeta a distribuição de chuvas. No país, esse fenômeno costuma provocar estiagem no Centro-Sul, justamente onde estão os principais reservatórios para geração de energia. “O fenômeno é causado pelo resfriamento das águas superficiais do Pacífico Equatorial, na região da costa do Peru. Quando as águas estão mais frias do que o normal, geram uma alteração na circulação de ventos e umidade. Na região Centro-Sul do Brasil, a tendência é de estiagem”, explica Renata Libonati, professora do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Renata também vê, na crise hídrica, reflexos do desmatamento da Amazônia. É que a região, observa a professora, exerce papel importante em fluxos de umidade que levam chuvas para Centro-Oeste e Sudeste.

Temor de apagão puxa venda de geradores

Reportagem do Valor Econômico mostra que o temor de apagões fez disparar a procura no mercado por grupos geradores, equipamentos movidos a diesel ou a gás que entram como “backup” de fornecimento de energia em empresas e condomínios residenciais.

Segundo fabricantes, a demanda já mostrava tendência de alta, associada às necessidades de reforço das operações em setores que não pararam durante a pandemia, como hospitais, indústria alimentícia e data centers. Mas a busca pelos geradores se intensificou recentemente, num movimento semelhante ao assistido na crise energética de 2001.

Na Stemac, uma das maiores empresas nesse segmento, o volume de cotações e pedidos subiu 35% nos dois últimos meses. “Já vínhamos enxergando um crescimento orgânico neste ano, com a visão mais otimista das empresas em relação à economia e com o avanço da vacinação. Mas nos parece que isso foi acelerado pelas notícias da crise hídrica”, afirma Valdo Marques, vice-presidente executivo.

Crise hídrica: para analistas, risco maior está em horários de pico do consumo

Em seminário virtual promovido pela agência EPBR, em parceria com o Instituto Escolhas, o ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ex-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Jerson Kelman, afirmou que a situação demanda ações “urgentes, rápidas e responsáveis”. “Estamos ainda em tempo de tomar medidas para evitar que, mesmo com uma situação hidrelétrica desfavorável, não tenhamos uma crise. O risco que temos em 2021 é não ter potência em um momento de pico de demanda. Em 2001 era necessário diminuir o consumo. Hoje, é possível remanejar a demanda no pico.”

A visão é similar à do ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim. Em evento on-line promovido pela Coppe/UFRJ. Ontem (17/06) à tarde, ele apontou que o risco da atual crise hídrica para o setor elétrico é a possibilidade de blecautes em horários de pico do consumo. Segundo ele, o risco não vem apenas das dificuldades de geração nas hidrelétricas, mas também do intenso uso das redes de transmissão para o intercâmbio de energia entre as regiões.

“O ponto de atenção não é o racionamento, mas sim o risco de blecautes, tanto pelo fato de no horário de pico poder não ter o fornecimento, como pelo uso intenso das linhas de transmissão. Qualquer problema nelas pode ter grandes repercussões”, afirmou. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

Após romper novamente o patamar dos R$ 5,00 no início desta sexta-feira (18/06), o dólar comercial passou a operar em alta. Por volta das 13h50, a moeda americana subia 0,89%, a R$ 5,0673, depois de tocar R$ 4,9824 na mínima intradiária. (Valor Econômico)

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Nos próximos dias, o Brasil alcançará a trágica marca de 500 000 óbitos pela covid-19. Esse é o tema da reportagem de capa da nova edição da revista Veja. São mais de 1.000 mortes diárias, 44 por hora. Apenas os Estados Unidos registraram mais óbitos – 600.000. Mas os números lá começaram a cair, atrelados a um índice de 43,7% da população já duplamente vacinada. Entre os brasileiros, apenas 11% estão completamente protegidos.