A redução do volume dos estoques nos Estados Unidos e o efeito sazonal do início do verão no Hemisfério Norte impulsionam o preço do petróleo, cujo contrato do barril de Brent para entrega em agosto fechou na última quarta-feira, 23 de junho, acima do patamar de US$ 75, pela primeira vez desde outubro de 2018. O movimento ocorre às vésperas da próxima reunião da Opep+, grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros grandes produtores, como a Rússia, na próxima quinta-feira, 1º de julho.
De acordo com a última versão do Panorama Mensal do Petróleo, lançada esta semana, parte da recente alta de preços da commodity pode ser explicada pela diminuição dos estoques comerciais, estratégicos e governamentais e a queda na produção mundial.
Com relação aos estoques, o volume nos Estados Unidos caiu de 474 milhões de barris no início do mês para 459,1 milhões de barris na última semana, de acordo com dados da Agência Informações sobre Energia dos Estados Unidos (IEA).
Nesta semana, o Bank of America elevou a recomendação para as ações da Petrobras de neutra para compra, ao mesmo tempo em que subiu o preço-alvo dos papeis, refletindo a perspectiva de alta sustentada dos preços do petróleo no mercado internacional ()
Segundo Louise Dickson, analista de mercado de petróleo da consultoria norueguesa Rystad Energy, a pressão nos preços dos combustíveis no verão americano já é visível nas cotações do petróleo e o mercado pode esperar um aumento constante dos preços dos derivados nas refinarias dos Estados Unidos até agosto.
O Panorama Mensal do Petróleo também indica uma tendência de aumento dos preços internacionais do petróleo, no entanto, faz a ressalva que a produção petrolífera global está menor devido ao corte na oferta definido pela Opep +. Esse deve ser um ingrediente a mais para a aguardada reunião do cartel na próxima semana.