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Semestre termina com leilões de três ativos de energia – Edição da Manhã

O setor elétrico tem pela frente três leilões até o fim deste mês, que encerram um semestre marcado pela retomada de projetos de privatização e de licitações do governo, após um 2020 turbulento em razão da pandemia, informa o Valor Econômico.

Dois certames estão programados para hoje (25/06): o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai à B3 para vender a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), enquanto o governo organiza os leilões “A-4” e “A-5”, para contratação de energia gerada por termelétricas.

No caso da elétrica CEA, a empresa é uma das últimas estatais do segmento de distribuição e representa uma oportunidade de consolidação para grupos com negócios na área, e na região. Trata-se de um ativo desafiador: a distribuidora é altamente endividada, opera com muita ineficiência e exigirá um volume elevado de aportes, além de estar numa área de concessão complexa.

Já na próxima quarta-feira, dia 30, o governo realiza o primeiro leilão de transmissão deste ano. Serão ofertados cinco lotes, para construção e manutenção de 515 quilômetros de linhas e 2.600 megavolt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações. Os ativos estão espalhados em seis Estados (AC, MT, RJ, RO, SP e TO) e envolvem R$ 1,3 bilhão em investimentos estimados.

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Garimpo ilegal ameaça energia de Belo Monte

O Valor Econômico informa que o garimpo ilegal driblou ações recentes da Polícia Federal e continua a ameaçar o funcionamento de uma das principais linhas de transmissão de energia do país, a Xingu-Estreito, no Pará. O sistema, de 2.076 quilômetros de extensão, leva ao Sudeste a energia produzida pela usina hidrelétrica de Belo Monte. Sai do Pará e chega à divisa de Minas Gerais com São Paulo, produzindo nos meses de chuva mais de 10 mil megawatts.

De acordo com a reportagem, a atividade irregular ameaça a estabilidade das torres pela remoção constante de terra nas proximidades. Há ainda o risco de colisão acidental de máquinas pesadas com as estruturas e vandalismo. A questão é fator de alerta para o sistema interligado nacional, num momento em que uma crise hídrica volta a ameaçar o país.

A Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), concessionária que opera o linhão, relatou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ter observado, no início de junho, intensa exploração mineral nas proximidades das torres, após inspeções aéreas. “Tais atividades vêm potencializando os fatores de risco ao empreendimento”, afirmou Chang Zhongjiao, diretor-presidente da BMTE, em ofício encaminhado à agência e obtido pelo Valor.

A Polícia Federal (PF) informou que as investigações sobre o garimpo ilegal na área continuam e que o inquérito não foi finalizado. O Ministério de Minas e Energia disse que, mesmo no caso de queda de uma das torres, não haveria blecaute no sistema.

Maiores traders de commodities entram na transição energética

Os combustíveis fósseis, especialmente o petróleo, vêm recompensando bastante os traders de commodities que enfrentam a volatilidade de mercado extrema da pandemia. Mas o setor agora vê o afastamento dos hidrocarbonetos não como uma ameaça, e sim como uma oportunidade de lucro, uma vez que esse processo parece ajudar o mundo a caminhar em direção a formas de energia mais limpas.

Os líderes do mercado estão investindo em energias renováveis e buscando o crescimento em negócios promissores como o de negociação de carbono, ao mesmo tempo em que continuam investindo em projetos de petróleo na expectativa de possíveis problemas de fornecimento na próxima década. A corrida por um papel maior nas energias solar, eólica e no hidrogênio não é livre de riscos. Esses mercados são muito competitivos e com retornos muito menores que os dos negócios com petróleo. (Valor Econômico – Financial Times)

Conta de luz da Copel está 8,97% mais cara para consumidores residenciais

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na terça-feira (22/06) o reajuste tarifário da Copel, distribuidora que atende a 4,8 milhões de unidades consumidoras localizadas em 394 municípios do Paraná. A Copel justificou o aumento de 9,89% do estado pela falta de chuvas que obriga o acionamento das usinas térmicas, mais caras, somada à variação do dólar e à alta da inflação.

Para empresas de baixa tensão o aumento médio será de 10,04% e para empresas de alta tensão o aumento será de 9,57% em média. O aumento para os consumidores residenciais, que representam 81% dos clientes da companhia, foi de 8,97%. Os reajustes entraram em vigor ontem (24/06). (Folha de Londrina)

Creral planeja construir hidrelétrica de R$ 300 milhões na serra gaúcha

Com investimento previsto em R$ 300 milhões, o projeto da hidrelétrica Foz do Prata será capitaneado pela cooperativa de energia Creral e será realizado no Rio da Prata, entre os municípios de Veranópolis e Nova Roma do Sul, na serra gaúcha.

Ontem (24/06), o presidente da cooperativa (que tem sede em Erechim), Alderi do Prado, apresentou o projeto ao prefeito veranense, Waldemar de Carli. O modelo para conseguir os recursos necessários ao empreendimento ainda será definido. Um possibilidade é por meio de parcerias. (Jornal do Comércio – RS)

PANORAMA DA MÍDIA

O caso da vacina indiana Covaxin, que envolve suspeitas de fraude, segue em destaque na edição desta sexta-feira (25/06) dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo.

A Folha informa que o governo federal estuda cancelar o contrato assinado com a Precisa Medicamentos em fevereiro para obter 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, produzida pela Bharat Biotech. A avaliação ocorre no momento em que avançam as investigações a respeito de indícios de irregularidades no acordo.

De acordo com a reportagem, uUma das possibilidades é rescindir o acordo em razão do atraso na entrega das unidades contratadas e também da falta de previsão da chegada do imunizante ao Brasil. Outra hipótese é que não haja assinatura do termo de compromisso exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvida) com condições para importação de parte das doses.

O Globo ressalta que o documento que o ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria Geral da Presidência) apresentou como falso, na quarta-feira (23/06), está no sistema do Ministério da Saúde. O servidor da área de importação do ministério, Luis Ricardo Miranda, autor de denúncias sobre supostas irregularidades no acordo para aquisição da Covaxin, irá depor hoje (25/06) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado.

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Com 49% das intenções de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece, neste momento, como favorito para a disputa pelo Palácio do Planalto em 2022. Segundo pesquisa do Instituto Ipec, Lula tem mais que o dobro da taxa do presidente Jair Bolsonaro (23%), informa o jornal O Estado de S. Paulo. Como ainda faltam 16 meses para as eleições, e o quadro de candidatos não está definido, a pesquisa está longe de antecipar resultados.