A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai aprovar na próxima terça-feira (29/06) a revisão dos adicionais e das faixas de acionamento das bandeiras tarifárias para o período 2021/2022. A proposta apresentada em março para consulta pública previa redução de 26% na bandeira amarela e aumentos de 10% na vermelha patamar 1 e de 21% na vermelha patamar 2. O Canal Energia informa que há uma expectativa de que esses valores sejam alterados, em razão do agravamento da crise hídrica.
Com as alterações propostas inicialmente, o adicional tarifário da faixa amarela passaria de R$ 1,343 para R$ 0,996 a cada 100 kWh consumidos. A vermelha patamar 1 aumentaria de R$ 4,169 para R$ 4,599, enquanto na vermelha 2 o valor sairia de R$ 6,243 para R$ 7,571 a cada 100 kWh. A última revisão dos valores foi feita em 2019. Em 2020 não foi aprovada nenhuma alteração, e a agência manteve a bandeira verde de junho a novembro, usando para isso recursos do empréstimo da Conta-Covid.
Carga deverá aumentar em 4,7% em julho, aponta ONS
Conforme previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a estimativa de carga para o mês de julho permanece em um patamar acima do verificado no ano passado. Mesmo com menor impacto das medidas de restrição por conta da pandemia no ano passado, é esperado um crescimento de 4,7% no país em julho.
Se a previsão do ONS se confirmar serão 66.286 MW médios, muito em decorrência da recuperação da atividade econômica no país que vem puxando o consumo. Para agosto, a estimativa inicial é de expansão de 4,6% ante mesmo período do ano passado.
Os dados foram apresentados no primeiro dia da reunião mensal do ONS para o Programa Mensal de Operação de julho. A carga verificada em junho foi de 66.654 MW médios, aumento de 8% ante o mesmo período de 2020. Com esses números, a previsão para o fechamento de 2021 é de crescimento de 3,6%, um patamar 0,4 ponto porcentual acima do indicado na 1a revisão quadrimestral da carga. (Canal Energia)
ANP destaca a primeira abertura efetiva de gás natural
Uma forte agenda regulatória está em curso para criar oportunidades para fornecedores e consumidores livres no mercado de óleo e gás, afirmou o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, que foi palestrante do painel “The Oil and Gas Industry in Brazil: Investment Opportunities” (A Indústria de Petróleo e Gás no Brasil: Oportunidades de Investimentos) da OTC Live, evento realizado na quarta-feira (23/06), de forma virtual.
Além de apresentar uma visão geral sobre setor de óleo e gás no país, Saboia falou sobre as próximas rodadas de licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e gás previstas para 2021: a 17ª. Rodada (7/10), a Segunda Rodada de Excedentes da Cessão Onerosa (17/12) e a Oferta Permanente, que pode ocorrer a qualquer momento, desde que haja interesse das empresas pelas áreas disponíveis no processo.
Saboia apresentou também as oportunidades para o segmento de abastecimento de combustíveis e para o de gás natural. A OTC Live integra o calendário da Offshore Technology Conference (OTC), que será realizada em Houston, Texas, de 16 a 19 de agosto de 2021. (Monitor Mercantil)
Mais petróleo jorra dos campos maduros
Reportagem do Valor Econômico mostra que o segmento de campos maduros e marginais de petróleo e gás no Brasil observa um aumento na produção após as primeiras vendas de ativos da Petrobras, mas segue na expectativa de aceleração nos investimentos para um crescimento ainda maior nos próximos anos, depois da conclusão dos desinvestimentos maiores da estatal.
Após anos de baixa extração em campos terrestres e de águas rasas, a decisão da Petrobras de vender esses ativos para focar em áreas de águas profundas tem ajudado na mudança do cenário para campos menores. Alterações regulatórias nos últimos anos também favoreceram a entrada de petroleiras pequenas e médias nessas áreas.
De acordo com dados do boletim de produção da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção em concessões não operadas pela Petrobras em bacias maduras – de maior conhecimento geológico – saltou de 4,8 mil barris de óleo equivalentes ao dia (boe/dia) em abril de 2018 para 19,1 mil boe/dia em abril deste ano, dado mais recente divulgado pela agência. Como comparação, a produção total nacional ficou em 3,8 milhões de barris diários no mês.
Ainda de acordo com a reportagem, a expectativa, hoje, está em torno do fim do processo de venda, pela Petrobras, dos polos Bahia Terrestre, Alagoas e Potiguar. Os pacotes incluem ativos que, juntos, têm uma produção média de cerca de 40 mil barris de petróleo por dia (barris/dia), além de 1,6 milhões de metros cúbicos por dia (m3/dia) de gás natural. Os processos foram iniciados em 2020 e atualmente estão na fase de recebimento de propostas vinculantes.
Silva e Luna diz aguardar ‘tendência’ para ‘ajustar ou não’ preços dos combustíveis
O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta sexta-feira (25/06) que a empresa ainda está avaliando se a alta recente dos preços internacionais do petróleo será uma tendência, antes de decidir por um eventual reajuste. Ele disse que, apesar de o barril do tipo Brent ter atingido os US$ 75 nos últimos dias, o câmbio em baixa tem permitido a companhia segurar reajustes.
“Estamos aguardando tendências para ajustar ou não”, comentou Silva e Luna. “Separamos aquilo que é conjuntural do que é estrutural”, completou, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, sobre as vendas de ativos da petroleira. Ele negou que haja “intervenção, qualquer que seja” na política de preços. (Valor Econômico)
Fundo Mubadala sinaliza interesse em comprar petróleo nacional para refinaria na Bahia
O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta sexta-feira (25/06) que o fundo Mubadala, que comprou a refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, já sinalizou o interesse em comprar petróleo de origem nacional. “O Mubadala já se prontificou a comprar petróleo brasileiro”, disse Silva e Luna, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, sobre as vendas de ativos da petroleira. Ele citou ainda que a Petrobras e o fundo Mubadala assinaram um acordo de transição nas operações da Rlam.
O contrato de prestação de serviços, válido por 15 meses, garante que não haverá perda de remuneração e benéficos por parte dos empregados da refinaria baiana durante esse período de prestação de serviços. O Mubadala assinou contrato para compra da Rlam, por US$ 1,65 bilhão. O negócio foi aprovado este mês pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) (Valor Econômico).
PANORAMA DA MÍDIA
O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou nesta sexta-feira (25/06) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a proposta de reformulação das regras de tributação do Imposto de Renda de empresas e pessoas físicas. No projeto, a faixa de isenção passará de R$ 1.900 para R$ 2.500. Isso significa que quem ganha até R$ 2,500 por mês não pagará Imposto de Renda. (UOL)
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Impulsionado pelo bom desempenho do setor agrícola, o Brasil registrou superávit em sua conta corrente pelo segundo mês consecutivo em maio, de US$ 3,840 bilhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25/06), pelo Banco Central. Em abril, a conta corrente já havia sido superavitária em US$ 5,359 bilhões.
A conta corrente do balanço de pagamentos reflete a relação do Brasil com outros países nas áreas comercial (exportações menos importações), de serviços (viagens internacionais e aluguel de equipamentos, entre outros) e de rendas (pagamentos de juros e remessas de lucros, entre outros). (O Estado de S. Paulo)