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Carga de energia deve crescer 4,7% em julho, diz ONS – Edição da Manhã

A carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve chegar a 66.286 megawatts (MW) médios no mês de julho, alta de 4,7% na comparação com igual mês em 2020, segundo a mais recente revisão do boletim do programa mensal de operação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), publicada na sexta-feira (25/06).

De acordo com o órgão, as previsões consideraram a expectativa de que a produção industrial se mantenha em patamares elevados, principalmente em atividades voltadas para exportação, além da melhora dos setores comercial e de serviços, em função do avanço da vacinação contra a covid-19. O maior aumento de carga está previsto para o subsistema Norte, com 5.892 MW médios, numa alta de 7,9% na comparação anual. Para o Nordeste, a expectativa é de uma carga de 10.784 MW médios, crescimento de 7,1%, enquanto para o Sudeste/Centro-Oeste a previsão é de uma alta de 4%, para 38.124 MW médios. O Sul deve ter aumento de 3,5%, com 11.486 MW médios.

Apesar do aumento na demanda por energia, as afluências nos reservatórios das hidrelétricas devem permanecer abaixo da média em todo o país no mês, segundo o relatório do ONS. De acordo com o boletim, os reservatórios chegarão ao fim de julho com 26,6% de volume de água na região Sudeste/Centro-Oeste; 80,2% no Norte; 53,6% no Nordeste e 42,6% no Sul. (ONS / Valor Econômico)

Armazenamento de energia no SIN é de 40%, registra o ONS

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O Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou na última quinta-feira (24/06) armazenamento de 40% de sua capacidade máxima, de acordo com o Informativo Preliminar Diário de Operação (IPDO), do operador. O volume identificado apresentou variação negativa de 0,1 ponto percentual em comparação com o dia anterior. No mês, a variação de energia acumulada é de -2,2%.

O submercado Sudeste/Centro-Oeste registrou nível de 29,7%, queda de 0,1 ponto frente ao dia anterior. No mês, o armazenamento acumulou baixa de 2,4 pontos percentuais. No Nordeste, o ONS apontou armazenamento de 59,9%, variação positiva de 0,1 ponto percentual ante a véspera. O acumulado do mês registra variação negativa de 3,5%. O subsistema Norte registrou 83,3% de sua capacidade, sem variação em relação à quantidade registrada no dia anterior. O acumulado do mês é de -1,2 pontos percentuais.

O Sul apresentou nível de 61,4% de armazenamento, queda de 0,1 ponto percentual em relação à quantidade verificada pelo ONS no dia anterior. A energia acumulada dos reservatórios variou 3,9% no acumulado do mês. (portal Energia Hoje)

Térmicas sob pressão

O portal Brasil Energia informa que o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) identificou 33 usinas que não estariam cumprindo as condições de desempenho estipuladas nos contratos de fornecimento fechados com as distribuidoras. O conjunto de usinas inclui térmicas a carvão mineral, óleo diesel e combustível, e gás natural. Os casos mais graves são os da Termorio, UTE Mauá 3 e Candiota 3, cujas receitas fixas anuais são de, respectivamente, R$ 1,24 bilhão, R$ 1,06 bi e R$ 734,5 milhões.

Os cálculos levaram em conta a receita fixa das usinas, ou seja, quanto recebem apenas por estarem disponíveis. Por isso, o consumidor brasileiro pode estar pagando R$ 8,7 bilhões por ano pela energia de usinas térmicas que não estão entregando os volumes acordados. “Nossa análise identificou usinas com contratos que somam 6,5 GW médios cujos índices de indisponibilidade estão superiores aos limites contratuais”, alerta o coordenador do Programa de Energia e Sustentabilidade do Idec, Clauber Leite.

Segundo ele, os valores estão sendo repassados aos consumidores via tarifas de energia e o impacto no bolso pode ser ainda maior porque, sem a energia dessas usinas, o Operador Nacional do Sistema (ONS) é obrigado a buscar outras térmicas – ainda mais caras – para atender o mercado. O Instituto informou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre os dados apurados.

Equatorial avança para o Norte e mira novos negócios

Num intervalo de pouco mais de três meses, a Equatorial Energia comprou duas concessionárias de distribuição, uma empresa de geração distribuída solar – a ENova –, e não pretende parar por aí, conforme ressalta reportagem do Valor Econômico.

A companhia continua analisando novas oportunidades de crescimento, mesmo depois de ter agregado ao portfólio ativos complexos no Amapá e no Rio Grande do Sul e avançado num novo segmento de atuação. “Temos caixa robusto, nossas linhas de transmissão acabaram de se tornar operacionais, vão gerar mais caixa. Também nossa relação com o mercado, com os bancos comerciais e de fomento, nos permite pensar em expansão. E no saneamento, já demos sinais bem claros que realmente temos interesse”, afirmou o presidente da Equatorial, Augusto Miranda, em coletiva de imprensa na sexta-feira (25/06), após o grupo ter vencido o leilão de privatização da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). A Equatorial foi a única participante no certame da distribuidora amapaense.

Saída da Petrobras reforça capital pulverizado da BR Distribuidora

Reportagem publicada hoje (28/06) pelo Valor Econômico mostra que saída definitiva da Petrobras da BR promete consolidar a distribuidora de combustíveis como uma “corporation”, com capital ainda mais pulverizado. A venda da fatia remanescente de 37,5% da petroleira estatal, por meio de uma oferta de ações prevista para ocorrer na sexta-feira, na B3, encerra a presença do único acionista de peso dentro da BR.

A expectativa, no mercado, é que o volume de papéis em circulação (“free float”), hoje correspondente a cerca de dois terços das ações da companhia, cresça. O Valor conversou com quatro fontes, entre atuais e ex-integrantes do alto escalão da BR, sob a condição de anonimato. A expectativa é que a BR tome novos rumos. O trabalho de revisão do plano estratégico da empresa já está em curso, mas está muito mais associado à troca recente no comando da distribuidora, presidida desde março por Wilson Ferreira Jr., do que às mudanças na composição acionária que vão se efetivar a partir desta semana. De acordo com uma fonte da BR, a saída da Petrobras do capital da companhia elimina os riscos, ainda que remotos até então, de uma possível reestatização.

Brasil sobe quatro posições em ranking de atratividade para energia renovável

O Brasil subiu quatro posições no ranking de uma publicação que mede a atratividade para investimentos em energias renováveis, e agora ocupa o 11º lugar, sendo o primeiro colocado da América Latina, apontou a empresa de consultoria e auditoria EY.

Os Estados Unidos continuam na primeira colocação, seguidos de China e Índia, que passou da sexta para a terceira posição, conforme a 57ª edição do Índice de Atratividade de Países em Energia Renovável (RECAI, na sigla em inglês). À frente do Brasil aparecem ainda países como Reino Unido (4º), França (5º), Austrália (6º) e Alemanha (7º), em um mercado que registrou no ano passado investimentos de mais de 300 bilhões de dólares em nova capacidade de energia renovável. (Época Negácios)

Dívida trabalhista da Petrobras vai a R$ 46 bilhões

O Valor Econômico informa que, passados três anos da decisão que impôs à Petrobras a maior condenação trabalhista da sua história, processo que ainda não teve um desfecho definitivo, o valor estimado pela estatal para corrigir os salários de 51 mil funcionários aumentou 170% em relação à previsão inicial.

Dos R$ 17 bilhões calculados em 2018, ocasião da sentença fixada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), o montante provisionado exclusivamente para esse fim já havia dobrado em dezembro. Agora, com o encerramento do primeiro trimestre, a companhia projeta um desembolso de R$ 46 bilhões. O contingenciamento inclui os riscos remotos, possíveis e prováveis de a Petrobras obter uma decisão judicial definitiva que acabe sendo desfavorável aos seus interesses.

O impacto expressivo se deve à tese que prevaleceu no TST: a de que, ao contrário do atualmente praticado pela companhia, os adicionais legais destinados a remunerar condições especiais de trabalho não estão incluídos no cálculo de complemento da política salarial da empresa, ou seja, devem ser pagos à parte.

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Globo informa que as cinco grandes estatais federais do país — Banco do Brasil, Correios, Caixa, Petrobras e Eletrobras — perderam mais de 111 mil empregados entre o início de 2015 e março deste ano. Juntas, cortaram pouco mais de um quarto de seu pessoal nesse período, recuando para um total de 327.397, segundo o Panorama das Estatais, do Ministério da Economia. As maiores baixas estão concentradas na Eletrobras (-45,8%) — em vias de ser concedida à iniciativa privada — e na Petrobras (-42%).

De acordo com a reportagem, esse encolhimento é puxado por uma combinação de fatores, que vão da orientação para redução do tamanho do Estado desde o governo Michel Temer até a crise econômica, que impacta a capacidade de investimento das empresas e leva o governo a recorrer à venda de estatais para equilibrar as contas públicas.

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O principal destaque da edição desta segunda-feira (28/06) do Valor Econômico é o gasto com saúde de municípios brasileiros. De janeiro a abril, 4.759 municípios brasileiros gastaram 11% a mais com saúde em relação ao mesmo período de 2020, impulsionado pela necessidade de combater a segunda onda da pandemia da covid-19. Nesse intervalo, a despesa total das prefeituras ficou praticamente estável, em queda de 0,1%.

A alta foi puxada pelos 16 municípios com mais de 1 milhão de habitantes. Nesse grupo, os gastos com saúde subiram 16,3% – em São Paulo, por exemplo, o avanço foi de 29,4%. No Rio de Janeiro, a despesa com saúde subiu 17,1%. Os dados mostram tendência de crescimento menor conforme diminui o tamanho da população dos municípios. Para a faixa de 500 mil até 1 milhão de habitantes, o avanço agregado foi de 11,9%. Cidades menos populosas, de até 10 mil moradores, tiveram alta média de 7,4%.

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A Folha de S. Paulo traz hoje (28/06) uma entrevista com o deputado Luis Miranda (DEM-DF), na qual ele afirma que “o esquema de corrupção no Ministério da Saúde pode ser muito maior” do que o caso da vacina Covaxin investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Miranda disse que seu irmão, Luis Ricardo Miranda, chefe do departamento de importação do ministério, vê indícios de operação “100% fraudulenta” para a compra de testes de covid.

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Empresa que está no centro das suspeitas envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, a Precisa Medicamentos teve um salto em seus negócios no governo do presidente Jair Bolsonaro, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Antes dele, a firma havia assinado apenas um contrato, de R$ 27,4 milhões, para fornecer preservativos femininos ao Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com a reportagem, desde 2019, primeiro ano de Bolsonaro, a Precisa fechou ou intermediou acordos que somam R$ 1,67 bilhão. No atual governo, o empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa, também ganhou acesso a ministérios, ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à embaixada do Brasil na Índia.