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Leilão da Aneel é importante neste momento de crise hídrica, diz ministro – Edição da Tarde

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ressaltou a importância do leilão de transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta quarta-feira (30/06) em meio à crise hídrica que afeta a geração de usinas hidrelétricas.

“Fruto do planejamento energético realizado, estamos tendo a expansão das nossas linhas de transmissão, que são fundamentais para o intercâmbio de energia entre as regiões do país, dando mais segurança na operação do sistema, como também mais flexibilidade ao operador do sistema”, afirmou o ministro. Ele ressaltou que o leilão de hoje ofertou projetos de transmissão que vão ligar o Acre ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e lembrou que no leilão programado para dezembro também haverá um lote localizado no Amapá.

Os projetos foram incluídos nos certames após o apagão que ocorreu no Amapá em novembro de 2020 e que deixou o estado sem luz por semanas. Segundo Albuquerque, o MME já tem previstos mais dois leilões de transmissão, com investimentos da ordem de R$ 14 bilhões. As informações são do Valor Econômico.

Após reajuste de 52% na taxa extra de energia, Aneel já prepara outro aumento 

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o aumento de 52% no valor da bandeira tarifária vermelha patamar 2, anunciado ontem (29/06) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não será o único reajuste programado para os próximos meses. A reportagem ressalta que ontem mesmo, a agência já abriu uma consulta pública para uma segunda correção de valores. A proposta em discussão prevê, agora, que a bandeira vermelha 2 (o patamar tarifário mais alto) possa ser elevada para até R$11,50 a partir de agosto. Atualmente, o adicional é de R$ 9,49 para cada 100 kWh consumidos.

A nova consulta pública foi proposta pelo diretor Sandoval Feitosa, que afirmou ser necessário alterar as regras do sistema das bandeiras para aprovar um reajuste no patamar sugerido pelos técnicos. Isso porque a norma atual considera 95% dos cenários calculados pelo modelo. Por isso, o diretor apresentou um reajuste de apenas 1,67%, que representaria uma cobrança adicional de R$ 6,49 a cada 100 kWh. Essa proposta foi derrotada por 4 votos a 1.

Ainda de acordo com a reportagem, o entendimento na agência reguladora é que o cenário crítico exigia um reajuste imediato que comportasse todos os custos das térmicas, que devem somar R$ 9 bilhões em 2021, e desse um sinal claro aos consumidores sobre a situação já a partir de julho.

Segundo o Estadão, a diretoria da Aneel deverá referendar o novo valor em outra reunião. A proposta, bem como o novo valor, também poderá ser ajustada com as contribuições da consulta pública. Inicialmente, a intenção era que um novo valor já valesse para agosto, mas, pelo prazo de contribuição, isso talvez não seja possível e fique para setembro.

IEA estimula construção de hidrelétricas

O jornal O Globo informa que, enquanto o Brasil vive a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) defendeu que países voltem a investir em usinas hidrelétricas como forma de permitir a redução no volume de emissões de gases causadores do efeito estufa.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (30/06), a IEA espera que a capacidade de geração hídrica tenha aumento de 17% até 2030, impulsionada por países como a China, que acaba de inaugurar a segunda maior usina do mundo, Índia, Turquia e Etiópia. Apesar da alta, o número é menor que o avanço de 25% registrado na década anterior. Segundo a IEA, a previsão é que a China responda por 42% do crescimento de capacidade hidrelétrica no mundo até 2030. Índia, Indonésia, Paquistão, Vietnam e Brasil vão responder por outros 21%.

Maior produtor de eletricidade do mundo a partir de hidrelétricas, o Brasil, que produz 60% da energia através das águas, terá participação pequena no avanço desta década, aponta a agência. A expectativa é que o aumento de capacidade no país, que será centrado em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), seja 92% menor que na década passada, quando foram inauguradas usinas na região Norte como Belo Monte, Jirau e Santo Antônio.

Usina inaugurada na China toma segundo lugar de Itaipu entre as maiores hidrelétricas do mundo

Duas gigantescas usinas chinesas, Três Gargantas e Baihetan, já superam a capacidade de geração da binacional Itaipu, do Brasil e Paraguai, que já foi a maior do mundo. Baihetan, que entrou em operação no sudoeste da China na última segunda-feira (28/06), tomou o segundo lugar de Itaipu. A hidrelétrica chinesa é um marco da engenharia. Cada uma das duas primeiras unidades geradoras que começaram a operar é capaz de produzir 1 GW, a maior capacidade unitária do mundo. Até meados de 2022, serão 16 unidades em geração, totalizando 16 GW.

A usina de Três Gargantas ainda é a maior de todas, com capacidade de 22,5 GW. Itaipu é a terceira colocada, com 14 GW. Reportagem publicada pelo portal O Globo mostra uma galeria de fotos das cinco maiores hidrelétricas em operação no planeta: (1º) Três gargantas; (2º) Baihetan; (3º) Itaipu; (4º) Xiluodu, também na China, com capacidade de gerar 13.860 MW; (5º) Usina de Belo Monte, a segunda maior do Brasil, com capacidade para 11.233 megawatts.

PANORAMA DA MÍDIA

A frente de ar polar que está sobre a capital paulista estava prevista para chegar apenas na segunda quinzena de julho, mas se antecipou e deve causar as quedas de temperatura nos próximos dias, com mínimas de sete graus nesta quarta-feira (30/06) e de seis amanhã. As chuvas devem ser escassas. As demais previsões para a estação, contudo, não são de muito mais frio. (O Estado de S. Paulo) 

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Ao menos 130 pessoas morreram no Canadá, desde o início da semana, por causa da onda de calor intenso que afeta a América do Norte, de acordo com autoridades citadas pelos meios de comunicação do país. Segundo o serviço de meteorologia canadense, ontem (29/06) a temperatura atingiu o pico de 49,5 graus centígrados em Lytton, um vilarejo na Província da Colúmbia Britânica, a 250 quilômetros da cidade de Vancouver.

Além disso, Colúmbia Britânica enfrenta dois incêndios fora de controle, que levaram a alertas de evacuação. Ambos os incêndios são suspeitos de serem causados por humanos. O forte calor também tem causado mortes no noroeste dos Estados Unidos, onde as companhias de energia têm alertado para o risco de blecautes em razão do aumento da demanda de eletricidade. As altas temperaturas são causadas, segundo especialistas, por uma “cúpula de calor” particularmente aguda – alta pressão na atmosfera que impede o ar quente de escapar. (Valor Econômico)