Dados publicados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indicam que o mercado livre de energia fechou o mês de maio de 2021 com 9.232 consumidores, volume que representa um aumento de 18% quando comparado com o fim do mesmo período de 2020. Neste ano, o segmento tem registrado a segunda maior média mensal de adesões de sua história (146), atrás apenas do recorde de 2016 (192).
A quantidade de unidades consumidoras habilitadas para atuação nesse ambiente cresceu cerca de 32% na comparação anual, chegando à marca de 23.899 cargas em maio. Confira aqui dois gráficos que mostram o comportamento da adesão de agentes e de unidades consumidoras ao longo de 2021:
Novo modelo de geração reduz riscos e atrai empresas
Responsável pelo desenvolvimento de um terço dos projetos eólicos em operação e em construção no país, a Casa dos Ventos é um desses grupos que atuam no setor elétrica, informa o jornal O Estado de S. Paulo. A empresa interessada firma contrato para a geração de determinada capacidade de energia. A Casa dos Ventos faz o projeto e, quando estiver pronto, a contratante tem opção de se tornar acionista do empreendimento. Assim, pode virar autoprodutora, em vez de apenas comprar a energia daquele complexo.
Nesse formato, a Casa dos Ventos já fechou contratos com Vulcabrás, Vale, Tivit, Anglo American e Braskem para serem coprodutoras de 504 MW do complexo Rio do Vento, no Rio Grande do Norte, ressalta a reportagem. No caso da Braskem, por exemplo, o diretor de Energia, Gustavo Checcucci, afirma que o objetivo é alcançar a meta de neutralidade de carbono até 2050 e reduzir 15% das emissões de gases de efeito estufa até 2030.
O diretor Regulatório e Comercial da Casa dos Ventos, Fernando Elias, conta que a demanda pelos projetos em novos formatos cresceu tanto que a empresa decidiu ampliar o complexo Rio do Vento em mais 534 MW. Além disso, o parque eólico Babilônia Sul (360 MW), que começa a ser construído na Bahia em outubro, será inteiramente destinado a contratos com autoprodutores.
Ecom diversifica com braços de geração de energia e óleo e gás
O Valor Econômico informa que a Ecom Energia está ampliando sua atuação para além da gestão e comercialização de energia no ambiente de contratação livre, onde já atua há quase 20 anos. O novo plano estratégico do grupo prevê a estreia em geração de energia renovável, com construção de parques eólicos e solares, e também em óleo e gás, com a exploração do campo Rabo Branco (SE), recém-adquirido. Estão previstos cerca de R$ 400 milhões em investimentos nessas frentes até 2025.
Fundada em 2002, a holding planeja investir R$ 200 milhões em empreendimentos solares e eólicos nos próximos cinco anos, no Brasil, com venda de energia no mercado livre. O principal modelo estudado tem sido o de autoprodução, pelo qual o cliente se torna sócio na usina.
Lago de Furnas, o “mar de Minas”, dá lugar a pasto e lama, com crise hídrica
Reportagem publicada hoje (05/07) pela Folha de S. Paulo mostra que no lago do reservatório de Furnas, considerado o “mar de Minas”, onde antes havia peixes, pescadores, motos aquáticas, lanchas e água em abundância, hoje só há cavalos e vacas.
Devido à crise hídrica enfrentada nos reservatórios do país a água do lago de Furnas recuou até oito quilômetros em algumas cidades banhadas pelo lago, o que fez com que píeres de pousadas e hotéis ficassem sem utilidade. O volume útil de Furnas que entidades e o setor turístico apontam que deveria ficar acima de 55% para não prejudicar as atividades econômicas, estava em 29,77% na terça-feira da semana passada (29/06).
O nível atual da água é de 757,4 m acima do nível do mar, 4,6 m abaixo do mínimo desejado, de acordo com a Alago (Associação dos Municípios do Lago de Furnas) e o comitê da bacia hidrográfica do lago.
Petrobras faz primeiro reajuste do diesel e da gasolina da gestão Silva e Luna
O anúncio feito pela Petrobras é destaque em sites de notícias. O reajuste do litro de gasolina será de R$ 0,16 e o do diesel, de R$ 0,10, nas refinarias, a partir de amanhã (06/07). A atualização representa um aumento de 6,3% para a gasolina, que passa a ser vendida, em média, a R$ 2,69 o litro nas refinarias; e de 3,7% para o diesel, cujo preço nas refinarias sobe para R$ 2,81 o litro.
O Valor Econômico ressalta que este é o primeiro aumento nos preços da companhia na gestão Joaquim Silva e Luna. Em pouco mais de dois meses em que o general da reserva está à frente da estatal, a Petrobras mexeu três vezes nos preços dos combustíveis: no dia 1º de maio, reduziu em 2% os preços do diesel e gasolina; e, no dia 11 de junho, cortou em mais 1,9% a gasolina e aumentou o gás liquefeito de petróleo (GLP) em 6%.
A Petrobras ainda anunciou um novo aumento, de 6%, no preço do GLP nas refinarias, também a partir de amanhã. Este é o sexto aumento no preço do combustível no ano. Em 2021, a alta acumulada é de 38%. O reajuste ocorre em meio à valorização do petróleo no mercado internacional e às queixas de concorrentes, representados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), de que a empresa estava segurando os aumentos necessários para alinhar os preços internos à paridade de importação.
PANORAMA DA MÍDIA
Responsável pela investigação do caso Covaxin no Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Benjamin Zymler pediu novas diligências ao Ministério da Saúde. O magistrado destacou que, se as respostas e documentos sobre a negociação da compra da vacina não forem enviados à corte no prazo fixado, sem causa justificada, constituirá “irregularidade grave passível de ensejar a aplicação da multa”. O prazo dado foi de dez dias. (O Globo)
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O governo britânico deve anunciar ainda hoje (05/07), a suspensão da última de suas restrições ao coronavírus na Inglaterra, em 19 de julho. O anúncio é esperado com esperança e apreensão pelo surgimento de variantes emergentes que fizeram o número de infecções no país aumentar nas últimas semanas, ameaçando seu sistema de saúde. (O Estado de S. Paulo)