Óleo e Gás

Alta do Brent faz Petrobras reajustar em 7% contrato de gás para distribuidoras

Alta do Brent faz Petrobras reajustar em 7% contrato de gás para distribuidoras

A valorização acentuada do petróleo nos últimos meses influenciará o novo aumento no preço dos contratos de gás natural fornecido pela Petrobras para a as distribuidoras a partir de agosto. Desta vez, o reajuste médio previsto pela estatal é de 7%, considerando um aumento de 13% da cotação do petróleo entre os meses de abril a junho, período considerado para a próxima correção dos preços. O valor da commodity e a taxa de câmbio são as referências para os ajustes dos preços dos contratos da Petrobras com as distribuidoras.

Se no reajuste de 39% ocorrido em maio o vilão foi o dólar, que também havia influenciado o IGP-M, utilizado na correção dos contratos de transporte de gás e das margens, desta vez a moeda americana teve queda de 4% no trimestre de abril a junho.

De acordo com a Comerc Gás, empresa especializada na gestão de consumo de gás natural, a média do câmbio em abril foi de R$ 5,56, passando para R$ 5,29 em maio e R$ 5,03 em junho. No mesmo período, porém, o petróleo Brent saiu de uma média de US$ 64,81 o barril em abril, para US$ 68,53 em maio e US$ 72,86 em junho.

Segundo Pedro Franklin, diretor da Comerc Gás, apesar de o novo reajuste ser inferior ao aplicado em maio, trata-se de um novo aumento em cima de algo que já estava elevado.

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De acordo com os cálculos da empresa, com o novo reajuste do contrato, o preço médio do produto fornecido pela Petrobras às distribuidoras (considerando a molécula e o transporte) será de R$ 1,97 por m³, a partir de agosto, contra o valor médio atual de R$ 1,83 por m³.

O reajuste do contrato da Petrobras deve ser repassado automaticamente pelas distribuidoras. Segundo estimativas da Comerc Gás, o ajuste nas tarifas das distribuidoras para volumes de 10 mil m³/dia devem variar entre 5,1%, no caso da Gasmig (MG), e 6,4%, para Copergás (PE) e Bahiagás (BA). O levantamento prevê ainda um ajuste de 10,4% para ESGás (ES) e de 12,1% para a Algás (AL). Nesse caso, o reajuste considera também a margem de distribuição. Já para a Compagás (PR), é estimado um aumento de 29%, que considera o reajuste semestral da conta gráfica.

Este será o segundo reajuste trimestral da Petrobras após o presidente Jair Bolsonaro ter sancionado a Nova Lei do Gás, cujo principal objetivo é reduzir o custo do energético e aumentar a competitividade da indústria brasileira.

A expectativa, no entanto, é que a redução do custo do gás natural ocorra em médio e longo prazos, a partir do aumento da competição no segmento.

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