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Leilão viabiliza modernização de usinas hídricas mais antigas – Edição da Manhã

Sem a perspectiva de construção de grandes empreendimentos no horizonte, investidores e geradores da fonte hídrica veem na modernização e repotenciação de usinas existentes a principal aposta para o futuro, conforme relata reportagem publicada hoje (13/07) pelo Valor Econômico.

O jornal explica que boa parte do parque hidrelétrico brasileiro é antiga, com mais de 40 anos, o que abre uma grande oportunidade para investimentos direcionados para ganhos de eficiência e no aumento da capacidade de potência, ou seja, de poder atender instantaneamente a picos de carga. Até hoje, muitas iniciativas do tipo não saíram do papel – principalmente no caso da repotenciação – por causa de entraves regulatórios. Faltam mecanismos para remunerar os investimentos.

No entanto, uma possibilidade apareceu agora, com o primeiro leilão do governo para contratação de reserva de capacidade, previsto para acontecer em dezembro deste ano. Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de 2019 mostrou que, no Brasil, os ganhos energéticos com a repotenciação podem chegar a 446 megawatts (MW) médios. “Quando começamos a criar um mercado de capacidade, abre-se a oportunidade de remunerar esses investimentos em repotenciação. Hoje isso não acontece porque os contratos brasileiros são feitos com base em energia, e a repotenciação não aumenta a energia produzida”, afirma Mário Menel, presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico (FASE).

Chesf adere à repactuação do risco hidrológico e desiste de processo judicial

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O Valor Econômico informa que a Eletrobras e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) comunicaram ontem (12/07) que a Chesf aprovou a adesão à repactuação do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês) na forma, condições e prazos estabelecidos pela Lei nº 14.052/2020, que regulamentou o acordo sobre o risco.

Em razão da referida adesão, a Chesf desistirá do processo judicial no qual possui em seu favor uma medida liminar que lhe garante a neutralidade dos efeitos do rateio de liminares de outros agentes e dos efeitos do GSF, quando inferior a 95%, nas contabilizações no Mercado de Curto Prazo (MCP). Segundo o comunicado, a Chesf decidiu pela desistência da ação após avaliar que, do ponto de vista econômico-financeiro, é mais vantajosa a adesão à repactuação do risco hidrológico prevista na lei do que continuar com o processo judicial, uma vez que os precedentes judiciais do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal Regional Federal da 1ª Região são desfavoráveis aos pleitos dos geradores hidrelétricos.

CNPE fixa mistura de biodiesel em 12% para o 81º leilão

A mistura obrigatória de biodiesel no diesel A – combustível mais usado no Brasil – deve continuar reduzida no próximo leilão (L81). Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) fixa em 12% o percentual do biocombustível comercializado para abastecer o mercado em setembro e outubro.

O documento, que estabelece como “de interesse da Política Energética Nacional a redução do teor de mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel fóssil”, foi sancionado ontem (12/07) pelo presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com uma resolução de 2018 do CNPE, a mistura obrigatória de biodiesel prevista para este ano era de 13%. O cronograma também define o aumento de um ponto percentual na mistura até alcançar 15% em 2023. É a terceira vez que o governo reduz o percentual do combustível renovável este ano. Em abril, durante o 79° leilão, a mistura recuou para 10% (B10). As informações são do portal EPBR.

Sobek entra na disputa pela Gaspetro com oferta de mais de R$ 2 bilhões

A venda da Gaspetro pela Petrobras, que parecia ter desfecho certo, ganhou uma oferta de peso nos últimos dez dias, informa o jornal O Estado de S. Paulo. A Sobek Energia, empresa que desenvolve e viabiliza projetos de geração elétrica distribuída ao mercado de baixa tensão, cobriu a oferta da Compass, do Grupo Cosan, pela companhia de gás, com uma proposta que supera R$ 2 bilhões. No último dia 30 de junho, terminou o prazo para a apresentação das ofertas finais pelo ativo. Até poucos dias antes, a Compass era a favorita para levar os 51% da participação da Petrobrás na Gaspetro, que tem a japonesa Mitsui com 49% de participação.

A transação de venda da Gaspetro, que envolve 19 distribuidoras de gás com direito de exclusividade na exploração de serviço de gás canalizado em diversos estados do país, será analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Com a Gaspetro, a Sobek, que reúne também um grupo de investidores financeiros e privados do setor de baixa tensão, pretende baratear o fornecimento desse tipo de energia, que tem entre seus consumidores, hotéis, condomínios e hospitais.

3R estreia operação em águas profundas

A 3R Petroleum assinou contrato com a Petrobras, no valor de US$ 105,6 milhões, para compra da fatia de 62,5% da estatal no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos (RJ). Esta é a oitava aquisição da petroleira independente, especializada na recuperação de campos maduros, e marca a estreia da companhia na produção em águas profundas. Segundo a Petrobras, o campo produziu, no primeiro semestre, 17,9 mil barris diários de óleo equivalente (BOE/dia) – volume de produção próximo à soma de todos os demais ativos comprados pela 3R, da ordem de 19,6 mil BOE/dia. (Valor Econômico)

Renner fecha contrato com Enel para compra de energia eólica para lojas

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Lojas Renner fechou contrato com a italiana Enel para a compra de energia eólica para atender à demanda de 170 de suas lojas e de seu novo centro de distribuição. A parceria é inédita, já que o contrato é de longo prazo e a energia fornecida virá de um parque eólico específico da Enel, que entrará em operação no fim deste ano.

Nos próximos meses, enquanto a usina da Enel no município de Tacaratu (PE) não fica pronta, parte do consumo da Renner já começa a ser atendida por energia de fonte renovável vinda de outras unidades da companhia. Assim que o projeto ficar pronto, o fornecimento migrará para o parque em Pernambuco. A duração do contrato é de 15 anos.

PANORAMA DA MÍDIA

A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar suspeita de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro na negociação do governo para a compra da vacina indiana Covaxin. A apuração tem origem nas afirmações do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que diz ter avisado o presidente sobre irregularidades nas tratativas e pressões que seu irmão, servidor do Ministério da Saúde, teria sofrido.

A investigação foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber cobrar manifestação do órgão sobre a notícia-crime apresentada ao Supremo por três senadores. A notícia é o principal destaque da edição desta terça-feira (13/07) dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.

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O jornal O Globo informa que o presidente Jair Bolsonaro se encontrou na tarde de ontem (12/07) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A reunião, realizada a convite de Luiz Fux, foi adicionada de última hora na agenda do presidente. No encontro, Fux pediu respeito aos limites constitucionais e marcou com o presidente uma reunião entre os três poderes para fixar “balizas sólidas para a democracia brasileira tendo em vista a estabilidade do nosso regime político”.

O encontro entre os chefes do Executivo e Judiciário ocorre em meio à escalada da tensão entre os dois poderes na última semana, após Bolsonaro insultar pessoalmente o ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e afirmar que, caso o voto impresso auditável que defende não for implantado, não haverá eleições em 2022.

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O processo de consolidação do setor de saúde tornou-se mais rápido neste ano. Apenas as empresas de capital aberto movimentaram, entre janeiro e o dia 10 de julho, cerca de R$ 6,3 bilhões em fusões e aquisições, em especial, de hospitais e operadoras de planos de saúde. Desse montante, R$ 4,2 bilhões vieram de três grupos que lançaram ações recentemente: Rede D’Or, Dasa e Mater Dei. No ano passado todo, as empresas listadas fecharam negócios de cerca de R$ 8 bilhões. Em 2019, o montante chegou a R$ 10 bilhões, mas metade refere-se a à compra da São Francisco Saúde pela Hapvida. (Valor Econômico)

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