Após a ausência no último leilão de transmissão, no fim de junho, a Neoenergia estuda participar do próximo certame do tipo, previsto para o fim do ano, afirmou o diretor-presidente da companhia, Mario Ruiz-Tagle, nesta quarta-feira, 21 de julho. Segundo o executivo, a companhia pretende analisar projetos ofertados que tenham relação com as áreas de concessão do grupo.
“Poderemos estudar a participação [no leilão]”, disse Ruiz-Tagle, durante teleconferência com analistas e investidores sobre o resultado do grupo no segundo trimestre, um lucro de R$ 1,002 bilhão, com alta de 137%, em relação a igual período do ano passado.
De acordo com o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), o segundo leilão de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve ofertar 902 km de linhas de transmissão em cinco estados (Amapá, Paraná, Bahia, São Paulo e Minas Gerais), com investimentos estimados de R$ 2 bilhões.
Durante o encontro virtual, Ruiz-Tagle voltou a afirmar que, após a aquisição de projetos de transmissão no ano passado e da compra da CEB Distribuição (CEB-D), atual Neoenergia Distribuição Brasília, a companhia vai concentrar os esforços neste ano no desenvolvimento dos seus ativos. A possível participação no próximo leilão de transmissão, explicou ele, deve-se ao perfil de alguns projetos, cujos traçados estão em áreas de concessão do grupo.
“Temos claramente definido 2021 como um ano de entregas”, completou ele.
Questionado sobre a crise hídrica atual, Ruiz-Tagle disse que há suficiente capacidade de gestão no setor para adotar certas medidas para garantir o equilíbrio entre oferta e demanda e evitar a necessidade de um racionamento de energia.