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Consumidor pode pagar mais R$ 3,6 bilhões na conta de luz para evitar apagão – Edição da Manhã

O consumidor poderá ter uma conta extra de mais R$ 3,6 bilhões na conta de luz para evitar que o país sofra um apagão de energia, ressalta reportagem publicada hoje (24/07) pela Folha de S. Paulo.

Na última quinta-feira (22/07), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) emitiu uma nota técnica sobre os desafios frente ao cenário de grave crise hídrica nos reservatórios de hidrelétricas, sinalizando que a capacidade de geração de energia no país poderá chegar ao seu limite em novembro.

Para manter os reservatórios e o fornecimento de energia, foram gastos de janeiro a maio R$ 3,632 bilhões, ou cerca de R$ 726,4 milhões mensais, com o acionamento de usinas térmicas mais caras (fora da chamada ordem de mérito de custo) e poluentes. Esse valor é repassado ao consumidor nas bandeiras tarifárias, acionadas quando a produção de energia encarece.

Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), custo semelhante, na casa dos bilhões, deve ocorrer até novembro, quando termina o período seco, para manter essas térmicas ligadas e evitar o colapso das hidrelétricas até que o período chuvoso se inicie. E, novamente, a conta deverá ser repassada para o consumidor.

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Bolsonaro deve resistir à tentação de subsidiar tarifas de energia e preços de combustível

Em artigo publicado na edição deste sábado (24/07) pelo jornal O Estado de S. Paulo, Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), afirma que dois assuntos sensíveis que o governo está enfrentando em 2021, e deverão permanecer em pauta no ano que vem, são as tarifas de energia elétrica e os preços dos combustíveis.

Ele enfatiza: “Uma coisa precisa ser dita: até agora no governo Bolsonaro não houve a prática de populismo em relação às tarifas de energia elétrica nem tampouco nos preços dos combustíveis.” E acrescenta: “Esperamos que o governo não ceda à tentação do populismo e não copie a gestão petista de subsidiar as tarifas de energia elétrica e os preços dos combustíveis, o que causou prejuízos gigantescos à Eletrobras e à Petrobras. No fim do dia, quem pagou a conta foi o consumidor brasileiro.”

Especialistas defendem volta do horário de verão para ‘pequena’ economia de energia em meio à crise

Dois anos após ser extinto pelo presidente Jair Bolsonaro, o horário de verão volta à discussão como forma de poupar energia diante da maior crise hídrica que o país enfrenta em 91 anos. Para os especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, o mecanismo pode atenuar um pouco o consumo de energia e aliviar o bolso dos consumidores, que viram o preço da energia explodir. Estimativa aponta que, com o horário de verão, os consumidores poderiam poupar cerca de R$ 500 milhões.

Ouvido pela reportagem, o ex-presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, defende que a mudança nos relógios volte a ser analisada pelo governo. “Acho que tem que estudar essa alternativa. Tanto o ONS, como o governo, devem considerar uma hipótese plausível. A economia era pouca naquela situação (há dois anos), mas em uma situação como a que estamos vivendo hoje, o pouco pode ser muito. Não acho que deve adotar de pronto, nem descartar de pronto. Tem que analisar”, afirma. “Não é vergonha nenhuma voltar com a medida”.

Indústria em Goiás já repassa alta de energia

O setor industrial é o que mais consome energia elétrica em Goiás, o que traz preocupação com o cenário de crise hídrica e aumento no preço do insumo. Isso porque o resultado é uma pressão no custo fixo das indústrias, o que tende a ser repassado para o preço dos produtos e chega ao consumidor final. É o que já ocorre na prática, conforme reportagem do jornal goiano O Popular.

Levantamento feito pela Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), a partir de dados repassados por indústrias brasileiras, revela que o insumo representa 48% do preço final do leite, 34% da carne, 28% da cerveja e 10% dos materiais de construção e do açúcar.

O setor industrial é responsável por quase um terço da energia consumida no estado, conforme dados da Federação da Indústria de Goiás (Fieg).

Goiás é o 4º estado com maior tarifa para a atividade industrial

Reportagem do jornal O Popular informa que Goiás é o 4º estado com a maior tarifa de energia elétrica para a atividade industrial no Brasil, conforme valores do ano passado. Esse preço impacta a competitividade e pode dificultar a atração de empresas, como explica o vice-presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), André Rocha. “Quando há custo alto, os setores repassam para o preço e alguns não dão conta”, afirma.

“Pode gerar um ciclo vicioso às empresas impactadas, é importante todo tipo de comunicação na necessidade de investimento em eficiência energética e hídrica”, diz Rocha. Ele informa que o assunto foi debatido, recentemente, em reunião do Fórum Empresarial do Estado. Além da energia, a falta de chuva também preocupa pela disponibilidade de água para produção e transporte de produtos por hidrovia.

Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre os segmentos mais dependentes da energia estão os ligados à construção civil, como fabricação de cimento, de produtos cerâmicos e metalurgia.

PANORAMA DA MÍDIA

A abertura dos Jogos Olímpicos ontem (23/07), em Tóquio, está em destaque na mídia. Reportagem da Folha de S. Paulo ressalta que a abertura dos jogos focou a superação na pandemia de covid-19. A cerimônia de abertura foi marcada pela luta contra a pandemia, pela promessa de segurança durante as competições e pela importância do esporte em um momento difícil.

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O jornal O Globo informa que o novo Ministério do Emprego e Previdência terá o maior orçamento da Esplanada. Ficarão sob sua gestão alguns dos principais fundos dos trabalhadores, como FGTS a FAT, além das aposentadorias e os programas de emprego.

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O principal destaque da edição deste sábado (24/07) do jornal O Estado de S. Paulo é a segurança das urnas eletrônicas. A reportagem informa que a Polícia Federal (PF) não encontrou até o momento registros de investigações sobre fraudes envolvendo a urna eletrônica desde que o método de votação foi adotado, em 1996. Em meados de junho, o comando da corporação pediu às superintendências do órgão nos estados, por meio da Corregedoria, que encaminhassem todas as denúncias de fraudes recebidas ou apuradas desde 1996.

Até agora, uma única investigação foi localizada. O caso é de 2012, mas a PF concluiu que se tratava de tentativa de estelionato, não de fraude que tenha comprometido a eleição. A reportagem solicitou à Polícia Federal, por meio da Lei de Acesso à Informação, as respostas enviadas pelas 27 superintendências regionais da corporação nos estados e no Distrito Federal. O órgão, no entanto, negou o pedido.

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