O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD Horário) completou quase sete meses de operação e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou os valores e flutuações durante o período. Desde 26 de junho até o momento, as médias diárias ficaram fixadas no teto regulatório de R$ 583,33/MWh, acompanhando o cenário hidrológico desafiador do país.
No primeiro semestre, a média mensal do submercado Sudeste/Centro-Oeste variou de R$ 109,02/MWh, em março, até R$ 336,99/MWh, em junho. Já a média mensal no submercado ficou maior em quase todos os meses de 2021 na comparação com os mesmos períodos do ano passado.
A exceção se deu em janeiro, quando uma melhora expressiva das afluências no Sul e o crescimento da geração eólica no Nordeste causaram uma redução dos preços em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN). Nos demais meses, houve alta em relação a 2020, sendo o maior aumento registrado em abril, de 234%. Em relação à média do primeiro semestre de 2021, o PLD do SE/CO ficou 52% acima do mesmo período de 2020.
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Talita Porto, vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, destaca que a organização está trabalhando para estudar possíveis aprimoramentos no modelo de cálculo, de forma a aproximá-lo ainda mais da operação real do sistema, mas reforça que os resultados obtidos até o momento são confiáveis. Ela reafirma também a proximidade entre as médias semanais do PLD Horário e os valores que teriam sido obtidos no antigo modelo patamar/semana, calculado por meio da Função de Custo Futuro do DECOMP.
“O PLD Horário tem se demonstrado coerente com o histórico do setor, ao mesmo tempo em que consegue responder melhor às flutuações da geração e do consumo de energia ao longo dos dias do que o preço semanal calculado até final do ano passado. Porém, sempre há espaço para melhoria, e estamos trabalhando em alternativas que tragam esses aprimoramentos para o modelo”, comenta a conselheira.
Segundo a CCEE, o novo sistema horário tem levado ainda à consolidação de novos produtos como mecanismos de gerenciamento de risco de exposição ao Mercado de Curto Prazo (MCP), bem como estimulou a aprovação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de um projeto piloto para instalar um parque híbrido de geração de energia solar e eólica.
