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Indústria adota plano de Temer de desconto na conta de luz – Edição da Manhã

A Folha de S. Paulo informa que ao menos 20 grandes indústrias aderiram ao Programa de Resposta da Demanda, implementado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2018, durante o governo de Michel Temer. O objetivo do programa é estimular economia de luz.

Ao ingressarem na iniciativa sob coordenação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as indústrias deslocam a produção para fora dos horários de pico de consumo de energia – das 18h às 21h. Em troca, recebem vantagens financeiras. Braskem, Gerdau, Cimentos Apodi, Rima, entre outras companhias intensivas na demanda por luz, já aderiram ao programa.

Há pouco mais de um mês, quando os reservatórios das hidrelétricas chegaram ao mais baixo nível por causa da seca, o Ministério de Minas e Energia (MME) prometeu aos grandes consumidores que haveria um sistema de bonificação àqueles que voluntariamente reduzissem o consumo nos horários de pico.

Segundo o ministério, a consulta pública com os parâmetros do programa deve ser lançada nesta semana. Na avaliação das empresas, na melhor das hipóteses, o novo plano de incentivo à economia entrará em vigor no início da estação chuvosa, em outubro.

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Para ONS, grande consumidor pode aderir à redução voluntária

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que 1.500 agentes do setor estão aptos a aderir ao programa de resposta da demanda, do governo federal, para ajudar a aliviar o pico de consumo no sistema em meio à crise no setor elétrico, informa o Valor Econômico.

O programa vai oferecer incentivos para que grandes consumidores desloquem o consumo de energia para fora dos horários de maior demanda, de modo a aliviar o Sistema Interligado Nacional (SIN) em meio à baixa na geração hidrelétrica.

Na tarde de ontem (28/07), o presidente do ONS, Luiz Ciocchi, afirmou que a consulta pública para a regulamentação do programa de resposta à demanda “está para sair”. “As conversas e estudos estão bem encaminhados. Será um movimento voluntário para empresas que possam fazer mudanças na sua escala de produção.

ONS não vê necessidade de redução compulsória no consumo de energia

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não vê necessidade de realizar uma campanha de redução compulsória do consumo de energia em meio à baixa na geração das usinas hidrelétricas, segundo o presidente do órgão, Luiz Ciocchi.

Na semana passada, o ONS publicou uma nota técnica em que estima o esgotamento de praticamente todas as sobras para o fornecimento em novembro. “Na nota técnica que publicamos mostramos que a situação continua preocupante. Não existe expectativa de chuvas significativas nesse período. Mesmo com essa situação tão agravada, nós conseguiremos atravessar o período seco. Vai requerer atenção e monitoramento, como já estamos fazendo hoje”, disse Ciocchi em evento online do site especializado Canal Energia.

Para ele, o próximo ano ainda vai demandar atenção ao tema do fornecimento de energia elétrica e a situação vai depender do próximo período chuvoso, que começa no fim deste ano. (Valor Econômico)

Ciocchi avalia que o cenário atual não indica a necessidade de racionamento no país, apesar da preocupação decorrente da escassez hídrica. Segundo ele, o atendimento está assegurado no país, mesmo com a elevação da projeção de consumo apontada na revisão quadrimestral da carga, revelada na noite terça-feira (27/07), que indica aumento de 4,6% ante 2020, 1,4 ponto porcentual acima da última versão do documento, datada de março. (Canal Energia)

Contra racionamento, governo reinaugura térmica com energia mais cara do país

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou ontem (28/07) de cerimônia de reinauguração da térmica William Arjona, a usina de energia mais cara do país, com custo de R$ 1.741 por cada MWh (megawat-hora) gerado, informa a Folha de S. Paulo.

Localizada em Mato Grosso do Sul, a térmica estava parada desde 2017 e a retomada das operações foi antecipada para ajudar a enfrentar a seca sobre os reservatórios das principais hidrelétricas brasileiras. Embora use gás natural como combustível, a William Arjona terá tarifa maior do que usinas a óleo diesel, geralmente mais caras. A segunda térmica mais cara do Brasil, Xavantes, em Goiás, tem custo de produção de R$ 1.464 por MWh.

A térmica William Arjona tem capacidade para gerar 191 MW, o equivalente à metade do consumo da capital de Mato Grosso do Sul. É operada pela Delta Energia, que comprou o ativo do grupo Engie.

Cosan compra distribuidoras de gás da Petrobras por R$ 2 bilhões

A Compass, empresa de gás e energia do grupo Cosan, fechou a compra da fatia de 51% na Gaspetro, empresa que detém participações em 19 distribuidoras estaduais de gás encanado. Com a aquisição, a dona da Comgás se torna a principal empresa do setor no país.

A operação movimentará R$ 2,03 bilhões e depende ainda de aprovação dos órgãos de defesa da concorrência e de avaliação do exercício de direito de preferência dos sócios da estatal na Gaspetro, a japonesa Mitsui, e nas distribuidoras estaduais. (Folha de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

Dados divulgados ontem (28/07) pelo Banco Central mostram que o endividamento das famílias chegou aos 58,5% em abril, o, o maior porcentual da série histórica, iniciada em janeiro de 2005. Isso significa que, para cada R$ 100 que uma família recebeu no último ano, ela já tem uma dívida contratada de quase R$ 60. Já o comprometimento da renda mensal ficou em 30,5% em abril – ou seja, para cada R$ 100 recebidos por mês, R$ 30 foram usados para pagar parcelas dos empréstimos. (O Estado de S. Paulo)

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A consequência dos eventos climáticos extremos, como a seca ou geada, é o impacto nos preços dos alimentos. O economista Sérgio Vale, da MB Associados, afirma que o consumidor vai sentir primeiro o aumento nas hortaliças e frutas. Segundo ele, em vários outros produtos, só será possível voltar ao equilíbrio na próxima safra. “O cenário do segundo semestre é de aumento de preços, justamente no momento em que o país terá a população vacinada e um retorno mais intenso do consumo”, afirmou. (O Globo)

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O governador João Doria (PSDB) anunciou ontem (28/07) que haverá flexibilização do horário de funcionamento de comércios e limite de ocupação a partir de 1º de agosto em São Paulo. Segundo Doria, o limite, hoje às 23 horas, será estendido até a meia-noite. A capacidade de ocupação passará dos atuais 60% para 80%. As medidas valerão de 1º até 16 de agosto. A partir do início do próximo mês, também não haverá mais toque de restrição na madrugada. (Folha de S. Paulo)

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O Ministério da Economia elevou para R$ 29,3 bilhões a projeção de superávit primário dos estados e municípios neste ano, número bem acima da meta indicativa para 2021, de um saldo positivo de R$ 200 milhões. A estimativa anterior já mostrava uma boa expectativa para as contas dos governos regionais, apontando superávit de R$ 22,7 bilhões.

O quadro tem sido impulsionado pelo avanço na arrecadação do ICMS e também pela contenção de gastos com pessoal determinada pela Lei Complementar nº 173, aprovada em meio à pandemia e que congelou os vencimentos dos servidores até o fim do ano. O resultado, porém, não representa uma melhora estrutural, em especial no caso dos estados, em crise desde 2015. Essa é a visão do governo federal e especialistas. Além de não haver garantia sobre o comportamento das receitas, há dúvida sobre a gestão dos governadores em ano eleitoral. (Valor Econômico)

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