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Estados podem impedir venda da Gaspetro à Compass – Edição da Manhã

A Petrobras deu 30 dias para os governos dos estados e a Mitsui informarem se têm interesse em comprar a participação dela nas distribuidoras estaduais de gás natural nas quais são sócias. Pelo menos dois estados – Bahia e Sergipe – já decidiram que vão ficar com as ações da estatal, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

Na Bahia, o maior mercado consumidor da região Nordeste e um dos maiores do país, a participação da petrolífera na distribuidora foi definida em R$ 540 milhões, “um valor extremamente baixo”, segundo o governo. Esse posicionamento dos governos atrapalha os planos da paulista Compass, que fechou um acordo com a Petrobras para comprar a participação da estatal nas distribuidoras.

A Petrobras participa de 19 distribuidoras estaduais de gás natural, por meio da Gaspetro, da qual é controladora com 51% do capital, ao lado da japonesa Mitsui, que tem 49%. Na quinta-feira (29/07), a estatal anunciou acordo de venda da Gaspetro para a Compass, comercializadora da Cosan. O negócio ainda vai passar pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que vai avaliar um possível risco de concentração de mercado com a entrada da Compass nas distribuidoras.

Ainda de acordo com a reportagem, a notícia da conclusão do negócio entre a Petrobras e a Compass não agradou ao mercado. A interpretação é de que, se concluída a venda, o monopólio estatal será apenas substituído pelo privado e a promessa de barateamento do gás não será cumprida. Isso frustra as expectativas dos estados quanto ao “choque de energia barata” prometido pelo Ministério da Economia.

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Gás natural atrai interesse de gigantes

Reportagem publicada na edição deste domingo (1º/08) do jornal O Estado de S. Paulo informa que três grandes investidores apostam no gás natural do pré-sal para gerar energia elétrica térmica a preço compatível com o das hidrelétricas: a empresa petrolífera Shell, a fabricante de equipamentos Mitsubishi Hitachi Power Systems Americas (MHPS) e o Pátria Investimentos, operador da usina térmica Marlim Azul.

Nesse projeto do Pátria, de R$ 2,5 bilhões, em construção no município de Macaé, no norte fluminense, o “pulo do gato” está no preço do gás. Com operação prevista para o início de 2023, a usina será a primeira pensada para agregar valor ao gás do pré-sal.

A Shell vai fornecer a matéria-prima, extraída por ela própria da Bacia de Santos, a um valor mais competitivo, porque não será atrelado ao dólar e a cotações internacionais, como fazem concorrentes. A Petrobras, por exemplo, alinha o preço de seu gás ao do produto importação. Na prática, seus clientes compram o produto brasileiro a preço do importado.

“Baixamos o preço (do megawatt-hora, MWh) e vamos ser chamados sempre. Nossa energia é mais barata do que a de hidrelétricas, e a previsão é despachar mais de 80% (da capacidade)”, disse Bruno Chevalier, presidente da Marlim Azul.

Quando pronta, a usina terá capacidade para gerar 565 megawatt (MW), o suficiente para abastecer uma cidade de 2,5 milhões de habitantes. Metade da construção foi concluída, e os principais equipamentos já estão no Brasil. Uma nova unidade pode ser instalada no mesmo terreno. Mas, para isso, o projeto deve ser contratado em novo leilão, o que dificilmente vai acontecer ainda neste ano.

Para Macaé (RJ), o futuro está nas usinas térmicas

É também da edição de hoje (1º/08) do jornal O Estado de S. Paulo, esta reportagem sobre a cidade de Macaé, no norte fluminense. Reconhecida como a “capital brasileira do petróleo” até a primeira metade dos anos 2000, Macaé, perdeu o título e o poder econômico. Nos últimos cinco anos, o dinheiro que era farto passou a migrar para outros municípios mais próximos do pré-sal. Na tentativa de retomar a grandiosidade do passado, prefeitura e empresários locais fazem, agora, uma nova aposta: construir o maior parque de geração de eletricidade em usinas térmicas do País, utilizando o gás natural extraído do pré-sal.

O plano é instalar 11 usinas, com capacidade total de 14 gigawatt (GW), o equivalente a uma hidrelétrica de Itaipu. É um investimento de cerca de R$ 20 bilhões, em até uma década.

Mesmo assim, não deve ser o suficiente para recuperar o brilho do passado, explica a reportagem. Pelo menos, por enquanto.

Mas se os planos da prefeitura derem certo, a atividade de geração de energia vai ocupar uma parte significativa da indústria do petróleo na economia local.

A primeira térmica a sair do papel, em janeiro de 2023, será a Marlim Azul, projeto de R$ 2,5 bilhões operado pelo fundo Pátria Investimentos, em sociedade com a Shell e a Mitsubishi Hitachi Power Systems Americas (MHPS). Outras nove foram licenciadas, mas ainda não tiveram a energia contratada em leilão. Por isso, há grande expectativa em relação aos leilões de energia programados pelo governo federal para este e o próximo ano.

Federação das indústrias do RJ organiza debate sobre a ampliação do uso do hidrogênio como combustível

O uso do hidrogênio (H2) como energia do futuro é tema de debate da websérie “Novas Energias”, promovida pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) na próxima terça-feira (03/08), às 10h. Usado atualmente em mais de 130 países já comprometidos com a meta de zerar as emissões de gases do efeito estufa, o H2 trará uma série de oportunidades para o estado do Rio de Janeiro, como por exemplo no Porto do Açu, em São João da Barra, norte fluminense, que já negocia a instalação de usinas no local.

O Hydrogen Council, iniciativa global liderada por dirigentes de 92 empresas líderes em energia, estima que o investimento total em produção de hidrogênio até 2030 será de US$ 500 bilhões, correspondendo a 11 milhões de toneladas em todo o mundo. Além de ser uma fonte limpa de energia, o H2 pode gerar produção de hidrogênio ‘verde’, oriundo de fontes renováveis eólica e solar; e de hidrogênio ‘azul’, fabricado com captura de carbono (CCUS) e gás natural. As informações foram publicadas pelo portal Petronotícias.

Boeing mira biocombustíveis antes dos ‘carros voadores’

Reportagem da Folha de S. Paulo informa que a indústria aeronáutica tem dado passos para entrar na tendência ESG (sigla em inglês para ambiente, social e governança) de mercado, apresentando a carta na qual talvez seja mais forte: a tecnologia. No caso, para reduzir emissões de carbono, trabalhando a perna E, de “environment” (ambiente, em inglês), da sigla que entrou para o radar das corporações mundo afora.

A Boeing, gigante norte-americana da aviação, busca tomar a dianteira neste processo. Em setembro do ano passado, criou o cargo de CSO, ou executivo-chefe de sustentabilidade. Na semana passada, o primeiro relatório de trabalho do grupo sob a responsabilidade do vice-presidente Chris Raymond foi publicado, com metas ambiciosas.

“Depois da pandemia, o mundo descobriu que quer se conectar mais. Há nisso um bem na indústria aeroespacial”, afirmou ele durante uma conversa virtual com a reportagem da Folha, na quinta-feira passada (29/07). Entre os planos por ele citados, está o comprometimento com a produção de aeronaves que possam voar com 100% de SAF (combustíveis de aviação sustentáveis, na sigla inglesa), carburantes que incluem biocombustíveis de origem vegetal, oriundos de lixo doméstico ou óleos recicláveis, até 2030.

A europeia Airbus tem um departamento dedicado ao ESG e a Embraer, terceira maior fabricante do mundo atrás das duas gigantes, lançará seu plano para o setor em agosto. No mundo, 3% do total de emissões de gases de efeito-estufa provêm da aviação, número que sobe a 12% quando se avalia todos os modais de transporte.

PANORAMA DA MÍDIA

Empresas monitoram vacinação pela retomada, informa o jornal O Globo. De acordo com a reportagem, companhias brasileiras usam consultas virtuais, pesquisas on-line e até pedem comprovantes de vacinação para reunir dados sobre a imunização dos funcionários e planejar reabertura de escritórios.

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CPI e vacina enfraquecem guerrilha virtual pró kit-covid, diz a manchete da edição deste domingo (1°/08) do jornal O Estado de S. Paulo. A pandemia fez com que muitos brasileiros descobrissem os nomes cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, remédios apontados pelo governo federal como tratamento preventivo para a covid-19. Pesquisas em vários países logo começaram a mostrar, no entanto, que esses medicamentos não só não são eficazes como podem trazer riscos à saúde. A chegada das vacinas e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid mudam o cenário, conforme revelam os dados expostos pela reportagem.

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O governo de Joe Biden declarou guerra contra as redes sociais por causa da avalanche de notícias falsas sobre vacinas que circulam na internet – o que tem atrapalhado o progresso da vacinação nos Estados Unidos e ameaçado a agenda do democrata, informa a Folha de S. Paulo.

Há duas semanas, indagado sobre qual mensagem daria para plataformas como o Facebook em relação a desinformação, o presidente americano disparou: “Elas estão matando as pessoas”, sugerindo que as empresas tinham responsabilidade pela recusa à vacina. Depois, ele suavizou um pouco o recado, e disse que havia se referido a disseminadores de notícias falsas nas plataformas, e não às próprias companhias.

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