MegaExpresso

Compass e Rhodia fecham acordo pioneiro no mercado livre de gás – Edição da Tarde

Reportagem do Valor Econômico mostra que, dez anos depois de ter sido criado no papel, o mercado livre de gás natural de São Paulo finalmente ganha impulso. A empresa química Rhodia, segunda maior consumidora industrial de gás do estado, acaba de fechar um pré-contrato de fornecimento do insumo com a comercializadora da Compass Gás e Energia, do grupo Cosan.

A parceria se iniciará em 2023 e foi viabilizada pelo projeto da Compass de erguer um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) no Porto de Santos (SP). O empreendimento, que já está em construção, representa uma nova opção de acesso ao gás do mercado internacional. O suprimento de GNL será feito pela francesa Total.

Ao Valor, executivos das companhias explicaram que esse é o primeiro acordo do país nos moldes do mercado livre, entre dois agentes privados, e ressaltaram o ganho de competitividade que ele trará às unidades da Rhodia em Paulínia (SP) e Santo André (SP), altamente dependentes do gás tanto como matéria-prima, como fonte de energia.

O contrato poderá atender até 100% do consumo de gás da Rhodia no país. A empresa não revela volumes exatos. Outra vantagem é a possibilidade de indexação dos preços a diferentes indicadores – Brent, Henry Hub, índices regionais como TTF e JKM –, ou uma combinação que faça mais sentido para as duas partes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Estrangeiros respondem por quase 60% da demanda por ações da Raízen em IPO

Com a pegada de sustentabilidade e de ser neutra em carbono, a Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, atraiu fundos internacionais especializados em energia, para a sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Entre esses fundos, inclusive as carteiras focadas em transição energética, com perfil de longo prazo, que responderam por 60% da demanda pelos papéis.

Entre os fundos estrangeiros que participaram da operação estão o inglês Aberdeen Asset Management, e a Abu Dhabi Investment Authority (ADIA). O IPO da Raízen movimentou R$ 6,9 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cadeia busca incentivo fiscal para usinas de H2V

O Valor Econômico informa que as empresas de energia renovável do Ceará vão pleitear um incentivo fiscal agressivo para ajudar a viabilizar os projetos de hidrogênio verde (H2V) em estudo por multinacionais no estado. Com objetivo de fornecer para os empreendimentos, que podem somar US$ 22 bilhões, o setor vai propor ao governo zerar o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) da energia consumida pelas usinas, algo semelhante ao que foi feito pelo estado de Minas Gerais para impulsionar a cadeia de energia solar.

Produzido apenas a partir de fontes renováveis, principalmente eólica e solar, o hidrogênio verde é promessa do setor energético para o cumprimento das metas de redução de emissão de carbono. O hidrogênio verde é feito a partir da eletrólise (para separar o hidrogênio do oxigênio que existe na água), com eletricidade obtida a partir de fontes renováveis.

Com leilões na Europa para a compra do H2V no radar, as multinacionais Qair (energia), Fortescue (mineração), White Martins (gases industriais) e Enegix (energia) já sinalizaram a intenção de investir US$ 22 bilhões, ou R$ 106 bilhões, em usinas no Brasil. O Ceará, sozinho, assinou memorando de entendimentos que concentram US$ 18,6 bilhões dos investimentos. O restante se dividiu entre Pernambuco e Rio de Janeiro.

A reportagem explica que, como o foco inicial das multinacionais é a exportação para a Europa, o Ceará larga na frente por possuir a única Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em atividade no país, no Porto do Pecém. Isso se traduz automaticamente em benefícios fiscais federais.

Isenção de ICMS atrai aportes de R$ 41 bilhões em geração solar em MG

Os incentivos concedidos pelo governo de Minas Gerais para a geração de energia solar contribuíram para tornar o estado o principal destino de investidores, conforme mostra reportagem do Valor Econômico. Em junho de 2017, o governo de Minas passou a oferecer isenção de ICMS para sistemas de geração distribuída de energia solar com capacidade de até 5 megawatts (MW). A isenção também vale para equipamentos, peças, partes e componentes usados nas usinas.

Em 2018, foram adicionadas em Minas Gerais 7.189 conexões de energia solar, ante 3.027 no ano anterior, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os números saltaram para 24.198 em 2019 e 36.463 em 2020. No primeiro semestre de 2021, o número de novas conexões chegou a 27.498. Fernando Passalio, secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, salientou que desde 2019 foram assinados protocolos de intenções de investimentos de mais de R$ 41 bilhões em parques solares no estado. Atualmente, há em Minas 18 usinas em construção, totalizando 828 MW.

Pesquisa mostra que consumidor quer modernizar a compra de energia elétrica

Pesquisa em nível nacional feita pelo Instituto Datafolha, sob encomenda da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), e disponibilizada no site da organização, mostrou que os brasileiros continuam fortemente interessados em alterar a forma como a energia elétrica chega a suas residências, com indicação de necessidade de que sejam modernizadas as relações entre fornecedores e consumidores do setor.

No total, foram realizadas 2.081 entrevistas em todo o Brasil, no período entre 10 e 14 de maio, distribuídas em cerca de 130 municípios. A margem de erro máxima para o total da amostra é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. Segundo as conclusões da pesquisa, a energia elétrica é considerada cara ou muito cara pela grande maioria dos brasileiros (83%). As informações foram publicadas pelo site Paranoá Energia.

A difícil missão de vender carro elétrico no Brasil

A Fiat anunciou ontem (03/08) a previsão de que a participação de modelos elétricos e híbridos nas vendas de veículos no Brasil poderá chegar a 11% em 2030. É um salto importante se levado em conta que hoje os dois tipos de motorização eletrificada – híbridos e 100% elétricos – representam fatia pequena, de 1,4% na média do ano, segundo dados da Anfavea, a associação dos fabricantes de veículos, conforme ressalta reportagem do Valor Econômico.

Mas o avanço será ainda tímido se comparado com projeções dos países desenvolvidos, principalmente europeus, que já proibirão as vendas de veículos a combustão a partir de 2030. Ou antes. Legislações europeias mais rígidas, como no Reino Unido e Holanda, proibirão motores a combustão por completo até o fim da década. Isso inclui o carro híbrido, que funciona com dois motores – um totalmente elétrico, que é carregado, em grande parte, pelo outro, a combustão.

PANORAMA DA MÍDIA

Os bons resultados dos grandes bancos privados brasileiros no segundo trimestre confirmam o movimento de recuperação em curso na economia, com a inadimplência sob controle e um apetite maior por crédito. No cenário macroeconômico, o aumento da inflação e uma eventual desaceleração da atividade são riscos que preocupam os banqueiros, mas a avaliação, por enquanto, é que não devem impedir o vigor dos empréstimos, diante de uma demanda reprimida em meio à pandemia Juntos, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil apresentaram lucro líquido de mais de R$ 17 bilhões no segundo trimestre, cifra 67,3% maior que a vista um ano antes, de cerca de R$ 10 bilhões. (O Estado de S. Paulo)

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.