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Norte Energia vê oportunidades com venda da Eletrobras – Edição da Manhã

A Norte Energia, responsável pela construção e operação da usina de Belo Monte (PA), se prepara para um novo momento depois da privatização da Eletrobras, prevista para ser concluída até fevereiro de 2022. A capitalização da Eletrobras, que tem 49,98% da Norte Energia, deve resultar na reorganização societária da companhia, dona de um único ativo (Belo Monte) na região amazônica, segundo informação do Valor Econômico.

A capitalização pode permitir ainda diversificar o portfólio da empresa, e adicionar ao seu mix de geração outras fontes, como a energia solar. A perspectiva de receber novos sócios, como resultado da venda da Eletrobras, abre também a oportunidade de a Norte Energia vir a oferecer ações na Bolsa (hoje a empresa é listada, mas não tem ações negociadas). “Queremos ir para o mercado. A privatização da Eletrobras é o que pode acontecer de melhor para o setor (elétrico) e para a Norte Energia tendo a Eletrobras como acionista”, disse ao Valor Paulo Roberto Pinto, presidente da Norte Energia.

Usina contribui pouco durante seca, mas é fundamental no período úmido

Reportagem do Valor Econômico ressalta que, em meio à crise hídrica que reduziu os níveis dos reservatórios das hidrelétricas no Sudeste e Centro-Oeste do país, a maior usina nacional, Belo Monte, está gerando apenas 600 megawatts (MW), volume muito menor do que os 11.200 MW que chega a entregar. O cenário é sazonal e ocorre todos os anos durante o período seco, já que a usina opera a fio d’água, ou seja, sem grandes reservatórios.

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O projeto inicial da hidrelétrica previa um reservatório de 1.225 km², mas teve que ser modificado pelos impactos ambientais da inundação da área. Assim, a usina foi construída com a inundação de duas acumulações de água menores, que somam 478 km2. Apesar da baixa contribuição durante a seca, a plena operação do projeto nos períodos úmidos é fundamental para ajudar a aliviar os reservatórios das usinas localizadas nas outras regiões do país. A energia de Belo Monte é exportada principalmente para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, hoje o mais afetado pela crise hídrica.

União receberá R$ 11,6 bilhões da Petrobras em dividendos antecipados aos acionistas

O valor destinado à União dos pagamentos de dividendos antecipados pela Petrobras é de R$ 11,6 bilhões, segundo a estatal. Com isso, segundo a companhia, a previsão é que o montante pago à União chegue ao final do ano em R$ 15,4 bilhões.

Ontem, a companhia anunciou que aprovou o pagamento de duas antecipações da remuneração aos acionistas referentes ao ano de 2021, no valor total de R$ 31,6 bilhões. “A Petrobras compartilha os ganhos financeiros com a sociedade financeira”, afirmou a estatal em comunicado. De acordo com a Petrobras, a antecipação do pagamento aos acionistas considera as perspectivas de resultado e geração de caixa da empresa para o ano e é compatível com a sustentabilidade financeira da empresa, sem comprometer a liquidez ou a redução do endividamento. (Valor Econômico)

Braskem tem lucro de R$ 7,4 bilhões no 2º trimestre, contra prejuízo de R$ 2,5 bilhões um ano antes

A petroquímica Braskem encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 7,4 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 2,5 bilhões registrado um ano antes. A companhia informa que o resultado final, que também superou em 198% o ganho visto no primeiro trimestre, reflete o seu forte desempenho operacional, beneficiado por vendas robustas e spreads internacionais superiores, e a melhora do resultado financeiro.

No primeiro semestre, a empresa controlada pela Novonor (antiga Odebrecht) teve lucro líquido de R$ 9,9 bilhões, comparável ao prejuízo acumulado de R$ 6,1 bilhões um ano antes, que havia sido provocado pelas provisões para fazer frente ao problema geológico em Alagoas e pelo impacto negativo da variação cambial na dívida.

A receita líquida da Braskem no segundo trimestre subiu 136% na comparação anual e 16% em relação ao primeiro trimestre, a R$ 26,4 bilhões. (Valor Econômico)

Estados entram em disputa com a Cosan por distribuidoras de gás

Governos da região Nordeste avaliam a possibilidade de exercer o direito de preferência por fatia da Petrobras nas distribuidoras de gás canalizado vendidas à Compass Gás & Energia, braço do grupo Cosan para investimentos no setor.

Em carta recebida no último dia 29, os governos estaduais sócios das distribuidoras foram avisados de prazo de 30 dias para definir o exercício do direito. A Folha de S. Paulo apurou que Bahia já tomou a decisão. O governo de Sergipe diz que já tinha manifestado interesse em ampliar sua fatia, mas ainda não teve tempo para analisar as condições do negócio. Alagoas também confirmou o interesse e disse que a possibilidade está sendo avaliada.

A Compass se comprometeu a pagar R$ 2 bilhões pela fatia de 51% que a Petrobras tem na Gaspetro, empresa que tem participação em 19 distribuidoras de gás canalizado no país, a maior parte em sociedade com os estados. Os outros 49% pertencem à japonesa Mitsui.

A operação depende de aprovação de órgãos de defesa da concorrência e da decisão pelo exercício do direito de preferência pelos sócios, tanto a Mitsui quando os governos estaduais, que dividem com a Gaspetro o controle das distribuidoras estaduais. De acordo com a Folha, a avaliação de governadores do Nordeste é que a operação, de R$ 2 bilhões, foi barata, o que justifica a ampliação de suas fatias na empresa.

Inmetro formaliza novas regras para economia de energia em geladeiras

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) publicou na terça (03/08) a portaria que estabelece novas regras para a classificação das geladeiras vendidas no Brasil, informa a Folha de S. Paulo. A indústria terá de adotar subclasses nas etiquetas para mostrar uma gradação mais detalhada sobre a eficiência energética dos produtos.

De acordo com a reportagem, o assunto vinha sendo discutido no instituto, que encerrou consulta pública sobre o tema em julho. A partir de julho de 2021, as geladeiras mais eficientes não serão classificadas apenas com A na etiqueta. Elas passam a ser categorizadas em três patamares de eficiência energética. Os produtos A+++ equivalem uma eficiência de até 30% mais em relação ao atual A. O A++ representa 20% a menos no consumo e o A+ vai oferecer economia de 10%.

Segundo o Inmetro, em uma próxima fase, que começa em dezembro de 2025, as subclasses serão eliminadas e o novo A será mais rigoroso, podendo chegar a 40% de redução do consumo.

PANORAMA DA MÍDIA

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu endurecer o processo de alta de juros. A taxa básica sobe um ponto percentual nesta quinta-feira (05/08), de 4,25% para 5,25% ao ano, e já está sinalizado um aperto da mesma magnitude para setembro. A diretriz é levar a Selic ao campo restritivo ainda neste ano, desaquecendo a economia para assegurar o cumprimento das metas de inflação. (Valor Econômico)

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou ontem (04/08) a inclusão do presidente Jair Bolsonaro como investigado no inquérito das fake news, em função dos ataques aos ministros da Corte e disseminação de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. A notícia é o principal destaque da edição desta quinta-feira (05/08) dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.

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O presidente Jair Bolsonaro reagiu ontem (04/08) à sua inclusão como investigado no inquérito das fake news e disse que o “antídoto” para a ação não está “dentro das quatro linhas da Constituição”, informa a Folha de S. Paulo. “Ainda mais um inquérito que nasce sem qualquer embasamento jurídico, não pode começar por ele (pelo Supremo Tribunal Federal). Ele abre, apura e pune? Sem comentário. Está dentro das quatro linhas da Constituição? Não está, então o antídoto para isso também não é dentro das quatro linhas da Constituição”, disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan.

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