A Taesa tem “foco total” em crescer via leilões de transmissão e em aquisições no mercado secundário, disse André Moreira, presidente da companhia, em teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre do ano. Segundo ele, a companhia está estudando pra se aprimorar e ficar mais competitiva nos leilões.
“Cada leilão é um jogo novo, temos aprendido muito com os movimentos dos leilões, tanto é que houve uma evolução significativa do penúltimo leilão para o último, quando chegamos a ser segundo lugar em três lotes”, disse Moreira.
Para ser mais competitiva, a Taesa está rediscutindo premissas, buscando parcerias e avaliando mudanças internas, entre outras medidas. “Enxergamos os leilões como partida nova que queremos entrar para ganhar”, afirmou.
“A Taesa se vê como consolidadora no mercado de transmissão, e daí as oportunidades, greenfield em leilões ou no mercado secundário, estão no radar”, disse Fabio Fernandes, diretor de Negócios e Gestão de Participações da transmissora. Questionado sobre o leilão da Celg T, previsto para 14 de outubro, o executivo disse que a companhia está estudando e avaliando a oportunidade.
Dividendos
Depois de distribuir mais de R$ 1 bilhão em dividendos no primeiros semestre do ano, referentes aos resultados do ano passado e do primeiro trimestre de 2021, a Taesa está estudando qual o valor a distribuir aos acionistas a partir do desempenho no segundo trimestre do ano.
A discussão da reforma tributária, que afeta a taxação dos dividendos, trouxe um desafio adicional nos cálculos da companhia, que consideram também oportunidades de investimento e crescimento, situação de liquidez e alavancagem.
“Isso tudo precisa ser levado em consideração para chegarmos num ponto ótimo que é qual o dividendo que maximiza o valor das ações no longo prazo”, disse Erik Breyer, diretor financeiro e de relações com investidores da companhia.
