O desenvolvimento do hidrogênio verde no Brasil pode levar a uma parceria dentro dos € 2 bilhões que a Alemanha vai destinar para fomentar a importação de hidrogênio. O montante faz parte do plano de investimento de € 9 bilhões que o governo alemão destinará até 2030 no segmento, para promover a descarbonização total até 2050, sendo que até 2030, a expectativa é de redução 55% emissões.
Os dados foram apresentados por Ansgar Pinkowski, gerente de Inovação e Sustentabilidade da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanhã (AHK Rio) durante o lançamento do do programa Minas do Hidrogênio, realizado nesta quinta-feira, 12 de agosto, pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG).
Segundo Pinkowski, o Brasil está posicionado de forma única para ser um parceiro estratégico alemão no fornecimento de hidrogênio verde, dadas as condições climáticas que favorecem a geração por meio de eólicas, solares, usinas a biomassa e hidrelétricas. Ele também considera que o país possui uma infraestrutura logística madura, além de fortes relações econômicas com a Alemanha, com a maior base das empresas alemãs e uma indústria bem desenvolvida.
E as perspectivas para que o país participe dessa demanda são boas, não só com a Alemanha, mas com outros países. A expectativa é que em 2025, países que representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global terão as suas estratégias de hidrogênio definidas.
Por isso, para que o Brasil possa participar desse mercado que vai gerar investimento de mais de € 40 bilhões até 2030, o gerente da AHK Rio aponta a necessidade de um ambiente favorável de financiamento e coordenação por parte dos órgão públicos, de forma a promover o desenvolvimento das infraestruturas de produção e exportação.