Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostra que empresas temem a possibilidade de corte compulsório de energia em horário de pico. A fabricante de papel e celulose Klabin informou, ontem (11/08), ter montado um plano de contingência para tentar minimizar os efeitos de uma possível falta de energia, com a seca histórica que atingiu as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. “O cenário é bem preocupante”, disse Flávio Deganutti, diretor de Papéis da Klabin. “Monitoramos todo o país e temos, em conjunto a entidades que nos apoiam neste tema, planos de contingência.”
A Rhodia, do setor químico/têxtil, é outra que tem acompanhado de perto a situação. Monitora permanentemente o volume dos reservatórios que abastecem suas fábricas em Paulínia, interior de São Paulo, inclusive por meio de Câmaras Técnicas e de especialistas. A empresa integra o consórcio intermunicipal PCJ (das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), que trabalha para tentar aproveitar melhor os recursos hídricos da região. Desde a última crise do setor entre 2014 e 2015, a Rhodia investiu na redução da captação de água, mesmo com o aumento da produção.
Na mesma linha, a Ambev tem acompanhado a situação e os possíveis impactos – e olhado com mais cuidado a questão elétrica, principalmente para os próximos semestres. Nos últimos anos, a cervejaria substituiu o consumo de combustíveis fósseis por óleo vegetal, biomassa e biogás. Até o fim do ano, os centros de distribuição serão abastecidos por usinas solares, entre outros investimentos para depender menos do sistema.
Segundo Paulo Pedrosa, presidente da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), há várias empresas preocupadas com a possibilidade de corte compulsório de energia pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em horários de pico. “O Erac (Esquema Regional de Alivio de Carga) nos assusta muito porque um corte compulsório pode provocar danos maiores à produção, e algumas indústrias podem levar horas ou dias para retomá-la. Queremos evitar isso.” O Ministério de Minas e Energia (MME) encerrou na segunda-feira uma consulta pública de redução voluntária de consumo. Porém, de acordo com a reportagem, poucas companhias conseguiriam atender a um parâmetro mencionado na proposta, de consumirem acima de 30 megawatts (MW) por mês. Para a associação, o montante teria de ser menor ou ser permitido somar a demanda por energia de todas as fábricas das empresas, para que elas pudessem chegar lá.
Light liquida debêntures e emite mais R$ 500 milhões
O Canal Energia informa que a Light liquidou a 7ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em duas séries. Para essa operação foram emitidas outras debêntures no valor total de R$500 milhões. Desse valor, R$400 milhões para os títulos da primeira série e os R$100 milhões restantes para as debêntures da segunda série, ambas com vencimento em 15/07/2028. Os papeis têm atualização monetária pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e juros remuneratórios correspondentes a 4,85% a.a.
Enel SP investe R$ 5,2 milhões em SE Guarapiranga
A Enel SP iniciou as obras de modernização da subestação Guarapiranga, localizada no bairro de Socorro, Zona Sul da capital paulista. Com investimento de R$ 5,2 milhões, os recursos serão aplicados na ampliação da capacidade de fornecimento em 5 MVA e aumentarão o nível de automação para restabelecimento da subestação em casos de queda de energia. (Canal Energia)
Comissão Econômica da ONU para a Europa diz que sem a energia nuclear não haverá combate às alterações climáticas
A Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE, na sigla em inglês) defendeu em um relatório divulgado nos Estados Unidos, que os objetivos internacionais de combate às alterações climáticas só serão alcançados se for incluída a energia nuclear.
De acordo com o relatório, a energia nuclear “é uma fonte de energia de baixo carbono que tem evitado cerca de 74 gigatoneladas de emissões de dióxido de carbono (CO2) nos últimos 50 anos”. (Petronotícias)
PANORAMA DA MÍDIA
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou em plenário que votará nesta quinta-feira (12/08) a reforma do imposto de renda, alvo de críticas de prefeitos, governadores e empresários. “A tributária já está há duas semanas (na pauta). Era para ter entrado (em votação) na primeira semana após o recesso”, anunciou. (Valor Econômico)
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Morreu nesta quinta-feira, aos 85 anos, o ator Tarcísio Meira. Ele estava internado desde o último sábado na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo, com covid-19. Sua mulher, a também atriz Glória Menezes, foi internada junto com ele, mas com sintomas leves, e “deve ter alta em breve”, segundo a assessoria de imprensa do casal. Ao longo da carreira de 64 anos, Tarcísio atuou em novelas, minisséries, especiais, teatro e cinema (O Globo). Em 2019, o ator fez seu último trabalho no teatro, na peça “O Camareiro”, no Teatro FAAP, em São Paulo. (Guia Folha)