A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou na última quinta-feira, 12 de agosto, o acordo de coparticipação do campo gigante de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. O acordo, que envolve o valor da compensação a ser paga pelo consórcio vencedor do leilão do excedente da cessão onerosa de Búzios à Petrobras, está previsto para entrar em vigor no próximo mês.
Pelo documento, o consórcio vencedor do leilão do excedente da cessão onerosa de Búzios, em 2019, formado pela própria Petrobras (90%) e as chinesas CNODC (5%) e CNOOC (5%), deverá pagar US$ 29 bilhões em compensação à estatal brasileira por investimentos prévios já realizados na área. Pelo acordo, o pagamento será feito em custo em óleo.
Assim, de acordo com a Petrobras, a companhia receberá um valor de US$ 2,9 bilhões das sócias chinesas até o fim deste mês, para que o acordo entre em vigor a partir de setembro. Com a vigência do acordo, a participação na jazida compartilhada de Búzios será de 92,6594% da Petrobras e 3,6703% de cada um dos parceiros asiáticos, já considerando o ajuste na estimativa de produção.
Segundo um analista de mercado da área de petróleo, em condição de anonimato, a ratificação do acordo pela ANP já era esperada. A definição dos prazos, no entanto, é um fator positivo para as ações da petroleira hoje.
