Economia e Política

Firjan sugere oferta de 1 MW médio para atrair mais empresas em programa de redução voluntária

Firjan sugere oferta de 1 MW médio para atrair mais empresas em programa de redução voluntária

A Firjan divulgou posicionamento sobre o programa de redução voluntária da demanda de energia, colocado em consulta pública pelo Ministério de Minas e Energia (MME), sugerindo quatro mudanças. Como a MegaWhat já havia apurado com o mercado, os lotes acima de 30 MW médios são muito altos e podem inviabilizar a participação da indústria, por isso, a proposta da federação para atrair mais empresas, seria de um produto de 1 MW médio.

“Com esses valores, só as grandes indústrias poderão aderir. A nossa sugestão é avaliar a possibilidade de incluir um produto de 1 MW médio por mês para possibilitar a participação de mais empresas, inclusive as de médio porte”, explica Tatiana Lauria, especialista em Estudos Econômicos da federação.

O intuito da Firjan é que a participação no programa seja acessível para todas as indústrias, com pouca burocracia, e que possa ser implementado rapidamente, diminuindo os impactos da crise hídrica e energética.

Aliada à redução do montante a ser ofertado, a Firjan pede benefício pelo deslocamento de consumo para sábado e domingo, fora da curva da carga máxima. No entendimento da federação, esse deslocamento do consumo industrial e do custo da mão de obra, pode reduzir o valor que hoje é despendido com o acionamento de termelétricas.

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Além disso, como aprimoramento da proposta, a sugestão da entidade é que os valores ofertados acima do Preço da Liquidação das Diferenças (PLD), com teto de R$ 583,88/MWh, não sejam rateados por todos os consumidores como aponta o texto da consulta pública. Dessa forma, o custeio das ofertas deve ser buscado por meio de recursos alternativos.

A federação pede ainda que seja mais bem detalhado o papel do varejista na portaria, possibilitando que outros agentes, além de comercializadores e geradores, possam realizar o papel de agregador. Associações e grandes consumidores poderiam ter o papel de agregador para evitar encarecer os produtos do programa.

De acordo com a projeção da área econômica da Firjan, o PIB do Brasil deve crescer este ano cerca de 4,8%, o que implica uma alta de consumo de energia elétrica. “Assim, é de grande importância que o governo federal mantenha as ações vinculadas à manutenção da segurança energética para que o país continue nos trilhos da retomada econômica”, conclui Tatiana.