O presidente da Vibra Energia (nova marca corporativa da BR Distribuidora), Wilson Ferreira Júnior, afirmou que a companhia espera levantar cerca de R$ 1 bilhão com o enxugamento de seus ativos logísticos. A intenção da empresa é se desfazer de 20 a 25 ativos, dentre os 95 detidos pela empresa, informa o Valor Econômico.
O executivo explica que a companhia pretende vender, compartilhar ou até mesmo desmobilizar aqueles ativos que já não interessam mais à distribuidora. Na divulgação do balanço do segundo trimestre, a companhia reportou que tem negociações avançadas para três ativos, com potencial de geração de R$ 130 milhões até o fim do ano.
Ferreira Júnior ressaltou, no entanto, que a Vibra continuará a investir em infraestrutura logística. “Não tenha dúvida. Queremos ampliar nossa vantagem competitiva. Há locais com operações desotimizadas, mas evidentemente vamos continuar nos posicionando e nos diferenciarmos por nossa logística”, disse ao Valor.
Governo vê alta acima de 8% na conta de luz residencial em 2021 e pressão para 2022
As medidas adotadas pelo governo para lidar com a crise hídrica permitirão que os reajustes na conta de luz para clientes residenciais fiquem em média, na casa dos 8% em 2021, segundo o Ministério de Minas e Energia. No entender da pasta, os reajustes poderiam superar 20% sem as ações adotadas. Desse modo, ressalta o Ministério, em nota, o reajuste projetado em 2021 é “compatível” com a média mensal do índice que mede a inflação, IPCA, e “significativamente” abaixo do IGP-M médios, de 29,04%.
Entre as medidas em elaboração, o ministério apontou a devolução aos consumidores de créditos tributários gerados por decisões judiciais que excluem o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) da base de cálculo do PIS/Cofins na conta de luz; a redução do serviço da dívida de Itaipu, prevista para se iniciar em 2022; e a antecipação de um valor expressivo dos recursos da desestatização da Eletrobras, na forma de um aporte no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), com consequente abatimento nas tarifas de luz. (Folha de S. Paulo – com conteúdo da agência Reuters)
Projeto que facilita inscrição em programa para redução do valor da conta de luz vai a sanção
A Câmara dos Deputados aprovou ontem (19/08) o projeto que facilita a inscrição de famílias no programa Tarifa Social de Energia Elétrica, de concessão de descontos na conta de luz para a população de baixa renda. O texto foi aprovado em votação simbólica. Agora, segue para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro. O projeto aprovado pelo plenário da Câmara prevê que as famílias de baixa renda sejam cadastradas automaticamente no programa. (Folha de S. Paulo)
Aquecimento global: CEOs contam expectativas para a COP26
Reportagem publicada pela revista Exame traz a análise e as expectativas de lideranças empresariais a respeito da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que será realizada no período de 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado no início de agosto, mostrou que a humanidade está perigosamente perto de um ponto sem volta no aquecimento global. As atenções estão voltadas para os impactos dos dados apresentados pelo relatório sobre os debates da COP26.
No entender dos executivos ouvidos pela reportagem, um dos destaques da Conferência das Nações Unidas é a regulação do artigo 6 do Acordo de Paris, de 2015, que trata das regras para a compra e venda de carbono no mercado internacional.
“Os cientistas por trás do estudo estão sendo tratados como celebridades”, diz Cristiano Teixeira, presidente da indústria de papel e celulose Klabin e um dos dez presidentes de empresa do mundo eleitos embaixadores da COP26. “Precisamos levar o maior número possível de empresas para a neutralidade em carbono.”
Os líderes da COP26 querem descarbonizar a economia até 2030. O desafio é como garantir condições de mercado favoráveis a quem saiu na frente na corrida por energias mais limpas, questiona Daniela Manique, presidente do grupo Solvay. “Não é justo competir com quem tira a energia do carvão enquanto uso biomassa”, afirma Daniela. “Ele vai vender 20% mais barato.”
O presidente do grupo Boticário, Fernando Modé, tem a mesma opinião. “Na economia não existem apenas capital humano e industrial; há o capital natural”, afirma. “Nunca se pagou por ele e está na hora de pagar.” Em parte, diz o executivo, o setor privado será capaz de reduzir a pegada de carbono. Porém, não há como escapar de uma regulação por parte dos governos.
“A agenda ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança) do governo e das empresas é a mesma, mas, no Brasil, ninguém está preparado”, alerta Luiz Maia, vice-presidente da Anbima, associação de mercado de capitais, e membro do conselho ESG da Federação do Comércio de São Paulo.
PANORAMA DA MÍDIA
Reportagem publicada hoje (20/08) pelo Valor Econômico mostra que o aumento do temor sobre a situação das contas públicas, num momento em que o ambiente externo é menos favorável, afetou os mercados e levou as condições financeiras a seu nível mais restritivo desde o começo da pandemia. Segundo economistas, a alta dos juros futuros e do risco-país, a desvalorização do câmbio e a queda da Bolsa são transmitidos à “economia real”, ainda que com certa defasagem. Nesse contexto, o cenário para o crescimento da economia brasileira em 2022, que já era desafiador, fica ainda mais nebuloso.
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A Folha de S. Paulo também traz reportagem sobre o temor do mercado com a situação das contas públicas. O risco de um descontrole fiscal com aumento de gastos e perspectivas cada vez mais duras para a economia no ano que vem encontraram eco em uma piora do cenário externo, e o mercado já começa a falar em desembarque do governo de Jair Bolsonaro.
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado agendou para a próxima terça-feira (24/08) a sabatina do procurador-geral da República Augusto Aras, que vai avaliar sua indicação para um novo período de dois anos à frente do cargo, informa o jornal O Globo.
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Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo informa que a decisão do corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Felipe Salomão, de suspender a monetização de canais bolsonaristas, deve congelar uma quantia milionária arrecadada por produtores de conteúdo considerado ofensivo à democracia e ao sistema eleitoral. Só no YouTube, os 14 canais atingidos pelo despacho da última segunda-feira podem gerar até US$ 2,9 milhões por ano em receitas – cerca de R$ 15 milhões.