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Eneva: de olho no futuro – Edição da Manhã

No fim de julho, a Eneva, maior operadora privada de gás natural do país, lançou seu Relatório de Sustentabilidade 2020, celebrando conquistas, como as doações para o combate à covid-19, que chegaram a R$ 23 milhões no período, e os investimentos no complexo Parnaíba V, no Maranhão, e no projeto integrado Azulão-Jaguatirica, nos estados do Amazonas e de Roraima, que permitirão reduções significativas no nível de emissão de CO2 nessas regiões.

Para falar sobre esse e outros assuntos relacionados ao tema ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança), o portal Brasil Energia publicou, na semana passada, uma entrevista com a diretora de Gente, Performance, ESG, HSE (saúde, segurança e meio ambiente), Responsabilidade Social e Cultura da Eneva, Anita Baggio.

Para a executiva, no plano estratégico, a empresa precisa ter claro que o resultado da companhia não decorre apenas de seus ativos, mas também das pessoas e da relação com os seus públicos de interesse, como clientes, funcionários, fornecedores acionistas e comunidade. “A Eneva já inclui a análise de ESG na decisão de investimentos e alocação dos recursos há algum tempo. Nesse sentido, procuramos equilibrar os três pilares e o impacto de nossas decisões em cada um deles”, explicou Anita.

Seca e geadas devem tirar ao menos R$ 60 bilhões do PIB deste ano, indica consultoria

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A Folha de S. Paulo traz hoje (22/08) uma reportagem com foco nas condições climáticas sobre a economia do país. A seca prolongada e o registro de geadas provocam uma conta de prejuízos econômicos que ganhou força nas últimas semanas e assusta especialistas, empresários e consumidores no país. Em conjunto, as alterações climáticas espalham reflexos negativos pela economia, atingindo desde a produção agropecuária até o bolso das famílias nas cidades.

Safra menor no campo, aumento de custos para indústria e serviços e escalada da inflação ilustram a sequência de efeitos associados aos fenômenos extremos. O quadro representa um desafio adicional para a tentativa de reação econômica durante a pandemia e, segundo analistas, ameaça atrasar até decisões de investimento de empresas. O aumento de custos e a pressão inflacionária tendem a ultrapassar a virada do ano.

A consultoria MB Associados estima que, sem os impactos adversos do clima, o Produto Interno Bruto (PIB) poderia crescer 5,5% em 2021. Por causa dos prejuízos com a crise hídrica e o frio intenso, o avanço deve ser menor, de 4,7%. Na prática, isso significa uma perda de cerca de R$ 60 bilhões para o PIB em razão do clima, aponta a previsão.

Segundo o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, essa é uma projeção otimista para as perdas, pois o dano pode ser maior se ocorrerem efeitos mais drásticos do clima sobre a atividade produtiva até o final do ano. Entre eles, está o risco de racionamento de energia elétrica devido à crise hídrica, o que comprometeria a operação de vários setores.

Fogo avança sobre lavouras e pode pressionar preços

A falta de chuvas tem elevado o risco de perda de produção agrícola por causa das queimadas, que avançam por diversas regiões do país. Os prejuízos podem pressionar ainda mais os preços dos grãos.

Em Mato Grosso, cerca de 740 mil hectares (quase cinco vezes a cidade de São Paulo) foram tingidos por queimadas de janeiro a julho deste ano, segundo análise do Instituto Centro de Vida (ICV) em dados da Nasa – dois terços dos incêndios ocorreram em imóveis rurais. Em agosto, o sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já contabiliza outros 3.000 focos.

No Paraná, foram 2.179 focos de incêndio de julho a 8 de agosto, mais que o dobro do mesmo período de 2021. Os prejuízos no campo podem refletir num novo fator de alta do preço do grão. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) calcula em até R$ 8.500 por hectare o custo para o bolso do produtor de milho caso a safra fique comprometida pelo fogo. Para o algodão, o custo é de até R$ 20,6 mil/ha.

Além da perda da safra, o estudo considera insumos utilizados, reestabelecimento do plantio direto, comprometimento de maquinário e gasto com multas, caso o fogo atinja a reserva legal. A reportagem é da Folha de S. Paulo.

Petrobras apresenta grau de aderência ao Código Brasileiro de Governança Corporativa acima da média do mercado

A Petrobras atingiu 94% de aderência ao Código Brasileiro de Governança Corporativa (CBGC) em 2021. De acordo com a última pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), considerando os dados de 2020, o grau de aderência de empresas do mercado foi em média de 54%.

A Agência Petrobras ressalta que, desde 2018, ano em que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) passou a exigir das empresas de capital aberto o “Informe sobre o Código Brasileiro de Governança Corporativa – Companhias Abertas”, a Petrobras manteve o grau de aderência acima de 90% e, desde o ano passado, o resultado tem sido de 94%. De acordo com o informe da agência, esse resultado é reflexo das ações contínuas de aprimoramento da governança e da adoção de boas práticas de gestão e integridade. 

PANORAMA DA MÍDIA

Reportagem do jornal O Globo indica que, com o real desvalorizado, remessas para o Brasil, de brasileiros que vivem no exterior, batem recorde. Segundo dados do Banco Central (BC), as remessas do exterior bateram recorde no primeiro semestre deste ano, somando US$ 1,89 bilhão, o equivalente a R$ 10,16 bilhões. Os recursos são usados para comprar imóveis ou investir no país. É o maior valor da série histórica do BC, iniciada em 2010, e uma alta de 24% em relação ao mesmo período de 2020 e de 36,5% frente ao de 2019, quando nem se pensava em pandemia.

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O Brasil vem sofrendo queda abrupta no ingresso de investimentos estrangeiros produtivos, e até empresas brasileiras evitam trazer ao país dólares obtidos em exportações, que cresceram muito nos últimos meses. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, a nova tendência engrossa o que vem sendo chamado de “custo Bolsonaro”.

Conforme análise do jornal, esse custo não se reflete apenas no dólar bem mais caro do que os fundamentos econômicos justificariam, mas em mais inflação e juros, com impactos deletérios sobre a dívida pública. Essa combinação de fatores colocou em xeque a recuperação pós-pandemia em 2021 e 2022 e vem aumentando o total de miseráveis no país.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que os ataques do presidente Jair Bolsonaro à democracia e a ameaça de não aceitar as eleições de 2022 sem a adoção do voto impresso levaram cinco ex-presidentes da República a procurar contatos com militares para saber a disposição dos quartéis. Emissários ouviram de generais da reserva e da ativa a garantia de que as eleições vão acontecer e de que o vencedor – seja quem for – tomará posse. Os ex-presidentes que se mobilizaram para contatar os militares são Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, José Sarney e Fernando Collor.

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