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Brasil perde apoio do Banco Mundial para implementar mercado de carbono – Edição da Manhã

A Folha de S. Paulo traz, na edição deste domingo (29/08), uma série de reportagens que abordam o tema da descarbonização. A primeira delas ressalta que o governo federal tem em mãos, desde o final de 2020, um estudo detalhando por que é desejável para o Brasil criar um mercado de carbono. No entanto, o projeto não avançou, e agora o país vai ficar sem apoio estratégico na fase de implementação.

Segundo dados obtidos pela Folha via LAI (Lei de Acesso à Informação), o Brasil não foi selecionado para o PMI – programa do Banco Mundial que ajuda países a implementarem sistemas de precificação de carbono. O motivo, conforme apontado pelo próprio Ministério da Economia, foi o atraso do país em relação ao tema. “Em virtude de restrição orçamentária [do Banco Mundial], foram selecionados apenas países que estavam mais adiantados na implementação de um mercado de carbono”, respondeu a pasta ao pedido feito pela reportagem.

Além do Brasil, outros 15 países pleiteavam uma vaga na etapa de implementação. Oito foram selecionados, entre eles Chile, Colômbia e México. O Banco Mundial ainda não divulgou a lista completa.

China lança maior mercado de carbono do mundo

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Desde julho deste ano, empresas do setor de energia da China só podem emitir gases de efeito estufa até determinado volume. A que ultrapassar o limite precisa pagar uma multa ou comprar “licenças de poluição” das companhias que não excederam a cota. É assim que funciona o mercado de carbono chinês, instrumento que passa a integrar a estratégia do país para zerar suas emissões até 2060.

O modelo não é novidade e já existe na Europa há mais de 15 anos, assim como na Nova Zelândia, no Cazaquistão e em alguns estados norte-americanos. Mesmo na América Latina, países como México e Colômbia estão em fase final de implementação, enquanto o Brasil não tem um mercado de carbono regulado e ainda está longe de adotar um. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem da Folha de S. Paulo, o sistema poderia ajudar a reduzir emissões de forma mais efetiva e reposicionar o Brasil no mercado econômico global.

Empresas se comprometem com a descarbonização por conta própria

A Embraer prometeu ser neutra em carbono até 2040, mesmo ano em que a BRF, dona da Sadia e Perdigão, deve conseguir zerar suas emissões líquidas. Já a JBS antecipou para 2025 o objetivo de acabar com o desmatamento ilegal nas fazendas de seus fornecedores indiretos no cerrado, pantanal, mata atlântica e caatinga, enquanto a Suzano pretende tornar suas metas climáticas mais ambiciosas.

A Folha de S. Paulo explica que esses são exemplos de compromissos assumidos por empresas brasileiras para diminuir a pegada ambiental de seus negócios. Além de anunciados recentemente, todos eles têm em comum o mesmo detalhe: foram feitos de forma voluntária. O Brasil não conta com um instrumento de precificação de carbono, como um imposto ou um mercado regulado, que obrigue setores poluentes a reduzirem suas emissões.

No entanto, algumas companhias têm se mobilizado por conta própria, respondendo à pressão de investidores, consumidores e parceiros internacionais, cada vez mais atentos às práticas ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês).

Conta de luz pode subir até 8% em setembro, com alta na bandeira vermelha, preveem analistas

A conta de luz deve ficar cerca de 8% mais cara em setembro, segundo cálculos de analistas ouvidos pela reportagem do jornal O Globo, levando em conta a elevação do valor da bandeira tarifária vermelha 2, que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve reajustar entre 50% e 58% e anunciar nos próximos dias.

Daniel Xavier, economista sênior do banco ABC Brasil, já projetava um reajuste parcial da bandeira tarifária, com possibilidade de passagem de R$ 9,49 para R$ 11,50 a partir de setembro. Com o valor podendo chegar a R$ 15, a projeção para a inflação deste ano passa de 7,1% para 7,4%. “Em média, deve haver um aumento de 7,8% na conta de luz em setembro com esse novo valor da bandeira vermelha 2.”

Marco Caruso, economista-chefe do Banco Original, prevê o mesmo impacto. É uma espécie de “racionamento via preço”, avalia: É um jeito de usar as forças do mercado para fazer reduzir a demanda por energia, explica a reportagem. Tatiana Nogueira, economista da XP, projeta que o impacto do reajuste da bandeira vai deixar a conta de luz 7% mais alta em setembro.

Energias renováveis mantém crescimento e abrem vagas na pandemia

No terreno que um dia abrigou as Cavalariças Imperiais, perto da Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro, hoje se constrói uma usina solar para abastecer o Museu Nacional, que passa por um processo de reconstrução após o incêndio de 2018.

Reportagem da Folha de S. Paulo ressalta que o projeto de geração de energia dentro de área urbana é um retrato do crescimento do mercado de energias renováveis no país, que passou quase sem sentir os efeitos da pandemia e prevê aceleração após a aprovação de marco regulatório em discussão no Congresso. O texto estabelece regras para o funcionamento da geração distribuída, negócio que permite a compra de participação em usinas renováveis por indústrias, comércio e até residências.

“É importante porque vai estabelecer em lei, pela primeira vez no Brasil, o direito do consumidor gerar sua energia renovável”, diz o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia. Mesmo antes da aprovação do texto, porém, o segmento já vem se aproveitando da busca por alternativas à escalada no preço de energia e pela crescente pressão por descarbonização das atividades econômicas.

PANORAMA DA MÍDIA

As revisões pessimistas para o avanço da economia em 2022 já preocupariam pela volta do país a um ritmo de crescimento medíocre, após a debacle causada pela pandemia. O cenário, no entanto, também sinaliza que o desemprego deve permanecer alto no ano que vem e só voltar ao patamar pré-Covid em 2023.

No trimestre encerrado em maio, o desemprego no país bateu em 14,6%, o que equivale a 14,8 milhões de pessoas, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quando se olha para a população subutilizada, o número é ainda mais preocupante: 32,9 milhões. De acordo com o último boletim Focus, do Banco Central, há uma expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,27% este ano. Para 2022, hoje é estimada uma elevação de 2% – mas essa estimativa já foi de 2,5% no começo do ano e tem passado por constantes revisões para baixo. (Folha de S. Paulo)

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“Marque três amigos para doar”, pede uma publicação de ex-alunos da Universidade de São Paulo (USP) no Instagram. O objetivo é engordar o fundo de doações, chamado endowment, da Escola Politécnica, um dos pioneiros no país. Na esteira de algumas poucas experiências bem-sucedidas, universidades brasileiras tentam alavancar a criação dessas poupanças. Além de ex-alunos com mais recursos, as instituições miram agora pequenos doadores interessados em apoiar projetos de impacto social e impulsionar a pesquisa brasileira. (O Estado de S. Paulo)

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cancelou a participação em um evento em Viena, na Áustria, para monitorar em Brasília as manifestações de 7 de setembro, insufladas pelo presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao jornal O Globo, Pacheco afirmou que, caso seja necessário, vai se pronunciar em defesa das instituições, em uma prática que já virou rotina. Ele disse, ainda, que não admitirá qualquer retrocesso no sistema democrático e acrescentou que esse também será o papel das Forças Armadas, com as quais tem mantido contato.

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