A Folha de S. Paulo informa que o governo deve anunciar nesta terça-feira (31/08) o novo valor da bandeira tarifária cobrada na conta de luz para bancar a operação de usinas térmicas. A expectativa é que o valor seja elevado em ao menos 50%. De acordo com a reportagem, a proposta de cobertura adicional dos custos das térmicas foi discutida e apresentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) ontem. O governo, porém, não confirmou o novo valor.
Atualmente, os consumidores pagam R$ 9,49 a cada 100 kWh (quilowatt-horas) consumidos. Se confirmado o aumento nesta terça-feria, será a segunda elevação do valor desde o fim de junho, quando a bandeira mais cara foi reajustada em 52%.
Sabe quem vai pagar o bônus pela economia na conta de luz? O próprio consumidor
O jornal O Estado de S. Paulo informa que o bônus que o governo vai criar para quem economizar energia nos próximos meses será pago pelos próprios consumidores, por meio de aumentos diluídos na conta de luz de todos. A reportagem ressalta que engajar cada cliente de forma individual para poupar eletricidade e contribuir com o enfrentamento da crise hídrica de forma conjunta passará, também, por uma estratégia de convencimento para que as pessoas não se sintam enganadas, dado que o desconto será proporcionalmente pequeno no valor final da conta de luz.
Conforme apurou o Estadão/Broadcast, o governo pretende premiar os consumidores que reduzirem o consumo em um patamar de 10% a 20% com um bônus. Quem economizar menos que 10% não receberá bônus. Quem poupar entre 10% e 20% receberá um valor, ainda indefinido, mas inferior a R$ 1 a cada quilowatt-hora (kWH) economizado. O bônus terá teto de 20%, ou seja, quem economizar mais que 20% não receberá prêmio adicional.
Engie conclui venda de termelétrica Jorge Lacerda à FRAM Capital por R$ 325 milhões
A Engie Brasil concluiu a venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda à FRAM Capital por R$ 325 milhões. Segundo a empresa, foram pagos R$ 210 milhões no fechamento da operação e outros R$ 115 milhões estão condicionados ao cumprimento de determinadas condições.
O complexo fica em Capivari de Baixo, em Santa Catarina, utiliza carvão mineral para produzir energia e tem capacidade instalada anual de 857 megawatts (MW). A autorização para funcionamento do empreendimento tem vigência até 2028. Com a conclusão da operação, a Engie avança em sua estratégia de descarbonização de sua área de geração de energia, vendendo ou desativando empreendimentos mais poluentes para focar em energias renováveis. (portal IstoÉ Dinheiro)
Campo fértil para investir
O Valor Econômico traz, hoje (31/08), um encarte especial com o título Brasil-China – Aliança Promissora. A reportagem sobre o setor de energia mostra as oportunidades de investimentos e ressalta que as estatais chinesas têm no Brasil seu maior mercado no exterior e buscam oportunidades para diversificar e ampliar sua atuação.
No setor de petróleo e gás, a reportagem (“Controle reduz exportação”) desta edição especial ressalta que a imposição de cotas para refinarias independentes e compromissos ambientais afetam compras chinesas do óleo cru brasileiro.
PANORAMA DA MÍDIA
A posição de setores empresariais a respeito da tensão política entre os Três Poderes no Brasil – Executivo, Legislativo e Judiciário – é o principal destaque da edição desta terça-feira (31/08) dos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo.
O Estadão e o Globo registram que o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, adiou a publicação de manifesto que pede a pacificação entre os Três Poderes. Já a Folha de S. Paulo analisa que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) deixou de lado seu estilo discreto e passou a entrar em embates com o governo de Jair Bolsonaro e, em particular, a gestão do ministro Paulo Guedes na economia. Conforme explica a reportagem, a instituição, que sempre atuou nos bastidores em defesa dos interesses dos maiores bancos do país, evitando exposição pública, rachou depois de uma tentativa de elaborar um manifesto pela “harmonização entre poderes” que, em uma das versões, continha críticas diretas à condução da economia.
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Os riscos fiscais e a perspectiva de uma eleição acirrada no próximo ano parecem estar pesando mais do que a alta dos juros na decisão dos exportadores sobre as estratégias para suas receitas fora do país, de acordo com reportagem do Valor Econômico. Dados do Banco Central (BC) e da Secex mostram que a diferença entre o câmbio contratado e o embarcado continua aumentando, o que abre ainda mais a “boca de jacaré” entre os dois indicadores.
Até o dia 20 de agosto, a diferença em 12 meses entre as exportações embarcadas, divulgadas pela Secex, e o câmbio contratado de exportações, informado pelo BC, chega a US$ 45,2 bilhões, muito acima dos US$ 34 bilhões de maio. Se contabilizada apenas pelos dados do balanço de pagamentos, a conta chegou a US$ 26,9 bilhões em julho, também um dos maiores níveis da série histórica.