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Linhas elétricas Nordeste-Sudeste são inauguradas antes do previsto – Edição da Manhã

A transmissora de energia elétrica Taesa iniciou ontem (01/09) a operação do empreendimento de transmissão Janaúba, que liga as regiões Nordeste – que tem batido recordes de geração eólica e solar – e Sudeste, principal centro de consumo elétrico do país.

A inauguração, quase seis meses antes do previsto, ocorre em momento importante para reforçar a robustez do sistema. O empreendimento conecta os estados de Minas Gerais e Bahia, com extensão de 542 km de linha. O projeto compreende as linhas de transmissão de Bom Jesus da Lapa (BA)-Janaúba (MG) e Janaúba-Pirapora (MG), ambas de 500 kV, e três subestações de 500 kV distribuídas em cada uma das cidades. Com a entrada em operação antecipada, o empreendimento passa a adicionar o valor de R$ 213,6 milhões em Receita Anual Permitida (RAP) para a companhia. (Agência Brasil)

EDP Brasil vai investir R$ 41,9 milhões em usina de hidrogênio verde no Porto de Pecém

A EDP Brasil apresentou ontem (01/09) um projeto de usina de hidrogênio verde no complexo industrial e portuário do Pecém (CE), que deve demandar R$ 41,9 milhões em investimentos. Segundo anunciado pela companhia, o empreendimento foi apresentado pelo presidente da EDP no Brasil, João Marques da Cruz, ao governador do Ceará, Camilo Santana.

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O projeto prevê a instalação de uma usina solar com capacidade de 3 megawatts (MW) e um módulo eletrolisador para produção de hidrogênio com garantia de origem renovável. A unidade modular terá capacidade de produzir 250 Nm3/h do gás. A expectativa é que a unidade entre em operação no fim de 2022. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

Comitê do São Francisco critica vazão maior

O Valor Econômico informa que o Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, que tem governos estaduais e usuários do rio entre seus integrantes, criticou algumas medidas para evitar o racionamento de energia. O Ministério de Minas e Energia decidiu, há poucos dias, mudar a vazão em várias usinas hidrelétricas no curso do rio, com o objetivo de gerar mais eletricidade no Nordeste e transferir o excedente para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, onde a situação dos reservatórios é pior.

Conforme explica a reportagem, para o comitê, a estratégia pode trazer de volta a ameaça de colapso hídrico de poucos anos atrás e pôr em risco a segurança do abastecimento a partir de 2022, caso a temporada de chuvas atrase ou seja inferior à média da região.

Empresários enviam novo pedido pela volta do horário de verão a Bolsonaro

Sem uma posição oficial do governo há dois meses, associações dos setores de alimentação, turismo e comércio enviaram, ontem (01/09), um novo pedido ao presidente Jair Bolsonaro pela volta do horário de verão. No documento, as entidades argumentam que qualquer economia de energia seria relevante diante da gravidade da crise hídrica que o país enfrenta. Também alegam que a adoção do mecanismo pode beneficiar os setores que representam.

O horário de verão foi extinto pelo presidente 2019. À época, estudo do Ministério de Minas e Energia (MME) apontou que não havia mais economia de energia tão relevante que justificasse a manutenção do sistema. Isso porque como o calor é mais intenso no fim da manhã e início da tarde, os picos de consumo aumentam nesse horário durante o verão, pois as pessoas usam mais o ar-condicionado. Com a crise hídrica, especialistas em setor elétrico voltaram a defender a medida, sob argumento de que mesmo uma pequena economia de energia pode contribuir. (IstoÉ Dinheiro)

Eletronuclear desafia prazo de capitalização da Eletrobras em 2022

O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, considera que o principal desafio no processo de privatização da estatal é a separação dos ativos nucleares, que não ficarão sob a empresa que será desestatizada, informa o Valor Econômico. Além da segregação da subsidiária Eletronuclear, a Eletrobras e o governo ainda precisam definir uma série de processos e detalhes atrelados à retomada das obras da usina Angra 3.

“Precisamos de alguns avanços de política associados à segregação da Eletronuclear, algumas definições, para que a gente possa considerar no nosso resultado do terceiro trimestre e, consequentemente, no ‘valuation’ da empresa. Mas sentimos que há sensibilidade, percepção e convergência grande. Todos os agentes estão trabalhando em conjunto, BNDES e ministérios de Minas e Energia e da Economia”, disse o executivo, durante participação ontem em evento organizado pelo Bradesco BBI.

Segundo Limp, a modelagem da segregação da subsidiária já está em fase avançada dentro do banco de fomento, e deve ser finalizada no mês de setembro.

Petrobras e o licenciamento na Foz do Amazonas

O Valor Econômico traz, na edição desta quinta-feira (02/09), um artigo em que especialistas* criticam a exploração de petróleo em novas fronteiras e em regiões de alta sensibilidade ambiental. É o caso dos blocos na Foz do Amazonas e também dos blocos presentes na 17ª rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na Bacia Potiguar, próximos a Fernando de Noronha e ao Atol das Roca, e na Bacia de Pelotas.

De acordo com a análise, “um bloco petrolífero, especialmente em fronteiras exploratórias, demora de dez a quinze anos para começar a produzir. Isso significa que áreas leiloadas hoje encontrarão um mercado para o petróleo muito diferente, com taxas de carbono, demanda menor e competição agressiva com outras petroleiras tentando monetizar seus campos já existentes. O risco desses investimentos micarem é enorme”, afirmam os articulistas.

Além disso, eles questionam: “Como ficam os padrões de governança corporativa que incorporam as questões socioambientais requeridos hoje pelo próprio mercado? Há várias outras áreas na região previstas para extração de petróleo.” Eles ressaltam a expectativa de que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovávei (Ibama) “possa ter autonomia técnica e se coloque no lado certo nessa decisão”.

*Os autores do artigo são Suely Araújo, urbanista, advogada e ambientalista, especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima, ex-presidente do Ibama; e Fabio Feldmann, advogado e ambientalista, ex-deputado federal e ex-secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

PANORAMA DA MÍDIA

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre do ano, divulgado ontem (01/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é destaque na mídia nesta quinta-feira. A economia brasileira encolheu 0,1% no período.

O resultado, abaixo das estimativas do governo e do mercado financeiro, acendeu o alerta sobre diversos riscos para a recuperação da economia em 2021. Entre eles, a crise hídrica, provocada por problemas climáticos, e a tensão político-institucional, alimentada pelo presidente Jair Bolsonaro (Folha de S. Paulo).

A alta da inflação e do desemprego afetou o desempenho da economia. O consumo das famílias ficou estagnado. O resultado do PIB surpreendeu analistas, que esperavam alta de 0,2%, e provocou uma onda de revisões para baixo nas projeções para o ano. (O Estado de S. Paulo)

Para 2021, as estimativas, agora, vão de 4,7% a 5,3%. O resultado é influenciado pela base baixa de comparação, em razão do impacto da pandemia sobre o PIB do ano passado. Para 2022, as projeções apontam alta de 1,5% a 2% (O Globo).

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O Congresso fez ontem (01/09) dois movimentos que afetam substancialmente o ambiente de negócios no país. Após superar diversos obstáculos, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da reforma do Imposto de Renda, num acordo que envolveu a oposição e produziu como resultado a taxação sobre lucros e dividendos e uma redução menor do imposto sobre o lucro das empresas. Já o Senado rejeitou a medida provisória (MP) que alterava regras trabalhistas. (Valor Econômico)

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