Óleo e Gás

Exportações de óleo superam volume processado em refinarias

A valorização do dólar frente ao real e a elevação da cotação do petróleo no mercado internacional têm impulsionado as exportações brasileiras do produto. Em junho, o volume de óleo exportado pelo Brasil superou a quantidade processada pelas refinarias nacionais. As constatações fazem parte do Panorama Mensal do Petróleo – Agosto/2021, publicado pela MegaWhat

Exportações de óleo superam volume processado em refinarias

A valorização do dólar frente ao real e a elevação da cotação do petróleo no mercado internacional têm impulsionado as exportações brasileiras do produto. Em junho, o volume de óleo exportado pelo Brasil superou a quantidade processada pelas refinarias nacionais. As constatações fazem parte do Panorama Mensal do Petróleo – Agosto/2021, publicado pela MegaWhat.

De acordo com o relatório, as exportações somaram 1,221 milhão de barris/dia em junho, o equivalente a uma receita de US$ 3,57 bilhão. As importações, por outro lado, somaram 262,5 mil barris/dia, a um custo total de US$ 318,4 milhões. “A elevação da taxa de câmbio tem beneficiado as exportações brasileiras, independentemente do comportamento do preço do petróleo”, informa o documento.

Oferta x Demanda

Segundo a análise, parte da recente alta de preços da commodity pode ser explicada pela diminuição dos estoques comerciais, estratégicos e governamentais, e uma produção mundial abaixo da demanda. Os estoques estratégicos dos Estados Unidos, por exemplo, seguem em tendência de queda, no menor patamar em dois anos, o que indica que o mercado está se estabilizando sem interferência do governo, constatou o panorama.

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Entre as conclusões, o documento indica um volume significativo de petróleo que pode ser ofertado no mercado em curto período de tempo, o que limita um movimento de alta dos preços. A expectativa da agência de energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês) é que o mercado petrolífero global comece a se balancear a partir de agosto.

A análise ressalta, contudo, que as variantes do coronavírus continuam sendo o maior risco tanto para a retomada do consumo quanto para a recuperação da indústria.

Na mesma linha, a consultoria Rystad Energy destaca que o próximo sinal de preço para o mercado petrolífero global pode vir do lado da demanda. Segundo a empresa, casos crescentes de variantes do coronavírus na Índia levantam preocupações relativas à possível ocorrência de uma terceira onda no país asiático, o que pode colocar em risco a recuperação da demanda petrolífera em andamento.

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