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Racionamento de energia pode zerar crescimento do PIB em 2022, diz XP – Edição da Tarde

Um racionamento de energia que reduza em 10% o consumo de eletricidade por um ano poderia tirar 1,2 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2022 e zerar o crescimento do país, segundo cálculos de economistas da XP. Para o ano que vem, a XP reduziu as previsões de crescimento do PIB de 1,7% para 1,3%, pelos efeitos da política monetária mais apertada e das incertezas crescentes, com o cenário eleitoral se aproximando e uma perspectiva de desaceleração da economia internacional.

Um racionamento forte no ano que vem, portanto, poderia praticamente zerar as expectativas de crescimento e até aumentar os riscos de uma recessão em 2022. Apesar dos demais fatores de risco, a crise hídrica, que levou a uma baixa dos reservatórios das usinas hidrelétricas, é o fator que mais preocupa os economistas agora.

Para os economistas Caio Megale e Rodolfo Silva, da XP, há risco de racionamento de até 30%, o que seria a principal ameaça para a atividade doméstica no ano que vem, além de uma desaceleração da economia global que já é percebida, segundo eles. (Folha de S. Paulo)

Petrobras não tem espaço para aventura, diz presidente da estatal, em reunião sobre preço de combustíveis

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O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta terça-feira (14/09) que o preço dos combustíveis no país inclui o custo de produção da empresa e que uma eventual intervenção nos valores precisaria ser compensada pelos cofres públicos. Segundo ele, não há espaço para aventura.

“A Petrobras é uma sociedade de economia mista sujeita a uma rigorosa governança. Não tem espaço para qualquer tipo de aventura dentro da empresa”, afirmou, em audiência na Câmara dos Deputados, logo depois de apresentar cálculos sobre a composição do preço dos combustíveis.

O general disse que a empresa precisa cumprir uma série de regras e legislações, como a lei do petróleo, a lei das estatais, o estatuto social da empresa e a própria Constituição. “Em conformidade com a Constituição, e os senhores sabem disso, ela (Petrobras), quando orientada pela União em condições diversas de qualquer sociedade privada que atue no mercado, será compensada. Isso aconteceu em 2018, quando houve interferência da União e acabou tendo compensação no final por esses custos”, afirmou. (Folha de S. Paulo)

Câmara se reúne para questionar presidente da Petrobras sobre preços

Com a presença do presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, os parlamentares se reúnem em comissão geral na Câmara dos Deputados, para discutir o preço dos combustíveis, a situação da operação das termelétricas e outras questões relacionadas à estatal.

Ontem (13/09) à noite, o presidente da Câmara, Arthur Lira, deu o tom do que deve ser a espécie de sabatina de Silva e Luna, com um recado nas redes sociais: “Tudo caro: gasolina, diesel, gás de cozinha. O que a Petrobras tem a ver com isso? Amanhã (hoje – 14/09), a partir das 9h, o plenário vira comissão geral para questionar o peso dos preços da empresa no bolso de todos nós. A Petrobras deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas”, escreveu Lira. (revista Veja / seção Radar)

Presidente do BC diz que Petrobras muda preços “muito rápido” e que levará Selic “aonde precisar”

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (14/09), que não vai alterar o plano de voo da política monetária a cada número novo de alta frequência de inflação que seja divulgado. Mas frisou que a taxa básica de juros (Seelic) será levada “aonde for preciso” para alcançar a meta de inflação.

“Vamos levar a Selic aonde precisar, mas não vamos reagir sempre a dados de alta frequência”, disse. Depois da surpresa negativa do IPCA de agosto (0,87%), principal índice que mede a inflação do país, o mercado passou a considerar um aumento entre 1,25 e 1,50 ponto porcentual na Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 21 e 22 deste mês, o que seria uma aceleração do passo ante a última reunião, quando houve alta de 1 ponto.

Campos Neto também falou sobre os repasses feitos pela Petrobras no preço dos combustíveis. “A Petrobras repassa preços muito mais rápido do que ocorre em outros países”, afirmou o executivo, ao justificar o efeito da alta de commodities (produtos básicos, incluindo petróleo) na inflação brasileira. (O Estado de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

Análise do Valor Econômico: Campos Neto contém apostas sobre ritmo e tamanho do ciclo de aperto monetário. O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, colocou água fria na fervura dos juros em evento do BTG Pactual nesta terça-feira (14/09). A grande dúvida: o Comitê de Política Monetária (Copom) não será tão intenso no ritmo de aperto, o que significa não subir a Selic mais do que o ponto percentual sinalizado para reunião na semana que vem? Ou está procurando também conter as apostas do mercado em um ciclo maior de juros, que levaria a taxa para perto de dois dígitos?

Provavelmente, ele está procurando conter o avanço dos juros nessas duas dimensões. Mas sem, de maneira nenhuma, afastar-se da diretriz de fazer o que for necessário para cumprir as metas de inflação. Não há muita dúvida de que Campos Neto queria dar um recado para coordenar as expectativas para a reunião do Copom da semana que vem.

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Acionista da Cosan e mais seis pessoas morrem em queda de avião em Piracicaba (SP). O empresário Celso Silveira Mello Filho, de 73 anos, sua esposa e três filhos estão entre as sete vítimas fatais da queda do avião bimotor King Air 360 de prefixo PS-CSM, nesta terça-feira (14/09). O piloto e co-piloto da aeronave também morreram no acidente. (O Globo)

 

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