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Alta na conta de luz em 2022 deve ser menor que neste ano, dizem especialistas – Edição da Manhã

Em evento promovido ontem (14/09) pelo BTG Pactual, especialistas avaliaram que as medidas anunciadas pelo governo federal para tentar frear a elevação das tarifas de energia elétrica em 2022 devem surtir efeito e podem gerar até redução em algumas regiões.

Para a consultoria PSR Energy, no pior cenário o aumento médio será de 5%, com possibilidade de queda na conta de luz, caso a necessidade de acionar térmicas seja menor. Para a TR Soluções, o reajuste médio da conta de luz será de 1,81%. Os valores são inferiores aos 7% já registrados em 2021, sem considerar a taxa extra cobrada sobre a conta de luz, que subiu de R$ 9,49 para R$ 14,20 por MWh (megawatt-hora) em setembro com a implantação bandeira de escassez hídrica. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.

Eletrobras: Aneel homologa extensão de outorgas de usinas com impacto em cálculos

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou, em reunião realizada ontem (14/09), os prazos de extensão de outorga de usinas relativas ao Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). De acordo com a Eletrobras, a decisão é referente a usinas não contempladas na homologação parcial já realizada no último mês.

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As usinas que foram aprovadas na reunião de ontem, portanto, são as que sofreram impacto nos cálculos de extensão de outorga em razão da repactuação do risco hidrológico. A homologação abarca seis usinas de Furnas, três da CGT Eletrosul e uma da Eletronorte, com extensão de outorgas entre 366 e 2.555 dias. (Valor Econômico)

Mercado enxerga Petrobras no rumo certo, mas declarações sobre preços derrubam ações

A Folha de S. Paulo informa que as ações da Petrobras figuraram entre as principais baixas da Bolsa de Valores brasileira ontem (14/09), afetadas pela preocupação de investidores quanto a eventuais intervenções políticas na estatal após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticar as altas da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.

Os papéis preferenciais da estatal (PETR4) encerraram o pregão com queda de 1,33%, e as ações ordinárias (PETR3) caíram 0,74%, ajudando o Ibovespa, principal índice da B3, a fechar com queda de 0,19%, a 116.180 pontos.

Analistas dizem que a gestão da Petrobras é correta – a empresa usa como base para os valores que pratica o preço de paridade de importação –, mas as repetidas declarações atribuindo à empresa a culpa pelos aumentos têm prejudicado o seu desempenho. Na noite de segunda-feira (13/09), Lira criticou a alta dos combustíveis ao anunciar a participação do presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, na comissão geral da Câmara nesta terça. O dólar subiu 0,67% ontem, cotado a R$ 5,2580.

Renova Energia vende participação na Brasil PCH por R$ 1,1 bilhão

A Renova Energia, em recuperação judicial, comunicou ao mercado que os demais acionistas da Brasil PCH optaram por exercer o direito de preferência na compra de participação do grupo Renova na companhia. A operação está avaliada em R$ 1,1 bilhão.

O comunicado destaca que a BSB Energética e a Eletroriver firmaram a aquisição nas mesmas condições previstas na oferta realizada pela SF 369 Participação, subsidiária da gestora Mubadala, que foi vencedora da competição para a compra da UPI Brasil PHC, de acordo com o plano de recuperação judicial do grupo Renova. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

Weg aposta em energia no Brasil e nos EUA

A WEG anunciou a aquisição da fabricante mineira Balteau Produtos Elétricos, agregando à carteira uma nova linha de produtos. Já nos Estados Unidos, outro mercado-chave para equipamentos de energia, a empresa está inaugurando sua quinta planta de transformadores, após um investimento de US$ 17 milhões.

De acordo com o Valor Econômico, embora as duas iniciativas sejam distintas e envolvam estratégias específicas para cada um dos mercados, elas se encaixam no mesmo propósito da companhia de aproveitar as oportunidades surgidas com as profundas transformações do setor de energia ao redor do mundo, afirmou Carlos Diether Prinz, diretor-superintendente da WEG Transmissão e Distribuição (T&D).

No caso do mercado brasileiro, a companhia fechou um acordo para a compra de 100% do capital social da Balteau, por valor não revelado. Situada no município de Itajubá (MG) e com um parque fabril de 11.800 m² de área construída, a empresa é especializada em produtos que a WEG ainda não tem em seu portfólio: transformadores para instrumentos e conjuntos de medição.

PANORAMA DA MÍDIA

Previsões para o PIB em 2022 caem abaixo de 1% – é o principal destaque da edição desta quarta-feira (15/09) dos jornais O Globo, Valor Econômico e Folha de S. Paulo.

Um conjunto de más notícias – o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo do esperado no segundo trimestre, a alta das taxas de juros, o desempenho da indústria em julho pior que o previsto, o fato de a inflação ter chegado no mês passado ao maior nível em 21 anos para o mês de agosto, a ampliação das tensões entre os Poderes da República provocada pelo presidente Jair Bolsonaro e o risco crescente de o país sofrer com escassez de energia devido à maior seca em 91 anos – levou economistas a projetarem crescimento abaixo de 1% em 2022. (Valor Econômico)

Analistas que há algumas semanas estimavam uma alta acima de 2% do PIB para 2022 agora já avaliam que o crescimento pode ficar abaixo de 1%. O Itaú Unibanco, por exemplo, que projetava um crescimento de 1,5%, revisou o avanço para 0,5% em 2022. Para este ano, a projeção também caiu – de 5,7% para 5,3%. (Folha de S. Paulo)

Analistas veem juros e dólar mais altos no fim do ano, além de risco de recessão técnica e de racionamento de energia em 2022. (O Globo)

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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou ontem (14/09) que não vai alterar o plano de voo de política monetária a cada número novo de alta frequência de inflação que seja divulgado. Mas frisou que a taxa básica de juros será levada aonde for preciso para alcançar a meta de inflação. “Vamos levar a Selic aonde precisar, mas não vamos reagir sempre a dados de alta frequência”, disse. (O Estado de S. Paulo)

Além do destaque para a fala do presidente do BC, o Estadão traz, na edição de hoje (15/09), uma reportagem especial sobre a resistência da Mata Atlântica, graças a florestas replantadas. O jornal informa que a cobertura florestal da Mata Atlântica manteve-se praticamente estável nos últimos 30 anos, em um processo com perda de florestas maduras e regeneração com matas jovens, conforme mostra levantamento inédito do MapBiomas.

Entre 1985 e 2020, a perda de vegetação primária foi de 10 milhões de hectares. Nesse mesmo período, a área de vegetação secundária ganhou 9 milhões de hectares. Os 465.711 km² representam apenas um quarto da área original. Por outro lado, a cobertura florestal passou de 27,1% em 1985 para 25,8% em 2020 – uma relativa estabilidade.

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