O número de fusões e aquisições realizadas pelas empresas de energia no primeiro semestre teve uma leve queda em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo pesquisa realizada, trimestralmente, pela KPMG.
Nos seis primeiros meses de 2020, foram 22 operações contra 21 este ano, um recuo de 4,5%. Das operações fechadas no primeiro semestre deste ano, 18 foram domésticas, ou seja, realizada entre companhias brasileiras e três do tipo CB1 (estrangeiro adquirindo empresa do Brasil).
“No ano passado, a indústria de energia foi uma das poucas que se manteve em destaque em fusões e aquisições, ficando em quinto lugar. O que vimos nesses seis primeiros meses do ano é que, apesar da leva queda, o setor se manteve estável, seguindo o fluxo de recuperação. O destaque ficou novamente para as operações domésticas, o que indica o mercado interno aquecido”, analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.
Dados gerais das fusões e aquisições de empresas brasileiras, resultam em 804 operações no primeiro semestre deste ano, um aumento de mais de 55% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram fechados 514 negócios.
Segundo a consultoria, os dados de operações indicam o melhor semestre dos últimos dez anos. “Os números mostraram que o mercado doméstico continuou aquecido, mesmo no período de pandemia. Com a retomada gradativa da economia observada no primeiro semestre deste ano, as empresas têm buscado opções aqui no Brasil para poder crescer. O primeiro semestre teve o melhor resultado da década”, analisa o sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, Luís Motta.