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Shell Energy vai investir R$ 3 bi em projetos integrados de energia no Brasil até 2025

Shell Energy vai investir R$ 3 bi em projetos integrados de energia no Brasil até 2025

Com um plano de investir R$ 3 bilhões no negócio de energia até 2025, a Shell Energy busca crescer com foco em solar fotovoltaica desenvolvidos “in house”, principalmente na região Sudeste, assim como termelétricas a gás natural, mas não descarta adquirir projetos de geração eólica no mercado secundário enquanto espera as discussões de um marco legal para a eólica offshore no país.

A gigante anglo-holandesa lançou hoje, 21 de setembro, a marca Shell Energy, segmento criado para concentrar as atividades de geração e comercialização de energia elétrica e gás natural. 

“O Brasil é prioridade para o grupo pela crescente demanda de energia elétrica”, explicou Guilherme Perdigão, diretor de geração de energia na Shell no Brasil, durante evento de lançamento da marca para jornalistas. “Nessa janela até 2025, grande parte do investimento vai para solar, porque é nosso portfólio mais avançado”, explicou.

Segundo Perdigão, a perspectiva de abertura do mercado de energia, combinada com a nova lei do gás e a expansão também deste mercado, reforçam a atratividade do país para a companhia. Outro foco está no desenvolvimento do mercado de gás natural doméstico, por meio de investimentos no gás extraído do pré-sal, importação de GNL e geração termelétrica a gas natural.

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Os investimentos também serão voltados para a expansão da capilaridade comercial da Shell Energy, já que a empresa também busca se firmar como comercializadora de energia elétrica e gás natural no país. 

Atualmente, a Shell tem na sua carteira a termelétrica Marlim Azul, joint-venture com o Pátria Investimentos e a Mitsubishi, que terá 565,5 MW e usará o gás do pré-sal, e quase 3 GW em projetos de geração solar fotovoltaica desenvolvidos dentro de casa. O primeiro projeto do tipo a sair do papel deve ser o parque Aquari, uma autoprodução com a Gerdau, de 190 MW

“Temos quase 2,7 GW em projetos de geração fotovoltaica em desenvolvimento ativo, e até o final do ano a perspectiva é que o portfólio aumente em 35%. Passaremos a ter quase 4 GW”, disse Gabriela Oliveira, gerente de desenvolvimento de projetos renovável da Shell no Brasil.

A ideia é montar um portfólio para comercializar essa energia no mercado livre, mas a Shell também vai buscar monetizar ativos de terceiros no mercado livre. “A ideia é que o trading deve gerar valor adicional para nosso investimento. Isso é válido para energia elétrica e gás”, disse Carolina Bunting, gerente de originação de gás e energia no Brasil.

“Estamos trabalhando acumulando o portfólio de projetos e a velocidade de implementação vai depender muito de podermos cumprir os ritos, termos acesso às linhas de transmissão e termos os contratos comerciais”, explicou Perdigão. Segundo ele, pelo porte da companhia, há projetos que poderão ser executados sem financiamento, e assim a empresa poderá oferecer as soluções adequadas mesmo para clientes que não busquem contratos de longo prazo, como foi o caso da Gerdau.

Em geração solar fotovoltaica, o maior gargalo que a Shell encontra hoje é o de transmissão, principalmente no Norte de Minas Gerais. O plano da companhia é, com o desenvolvimento de seu portfólio, diversificar e buscar localizações onde será possível escoar a energia dos projetos.

O foco está na viabilização dessa carteira de solar já desenvolvida, mas nada impede que a Shell busque projetos de eólica onshore no mercado. “Podemos eventualmente entrar em eólica onshore pela aquisição de projetos já em algum estágio de desenvolvimento”, disse Oliveira. Em eólica offshore, por sua vez, a Shell está trazendo sua experiência no exterior para ajudar nas discussões de um marco regulatório com o governo. 

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