Óleo e Gás

Vacinação, reabertura de economias e furacão Ida impulsionam alta da cotação do petróleo

Vacinação, reabertura de economias e furacão Ida impulsionam alta da cotação do petróleo

A alta recente do preço do petróleo é impulsionada pelo avanço da vacinação e a reabertura gradual das economias mundiais aliados aos impactos de tempestades climáticas na produção de óleo no Golfo do México. A constatação faz parte da nova versão do Panorama Mensal do Petróleo, lançada esta semana.

“A vacinação e gradual reabertura das economias estão puxando o consumo de combustíveis em uma velocidade mais rápida do que a oferta mundial. Com isso, o preço da gasolina está aumentando ao redor do mundo enquanto as refinarias tentam acelerar o processamento de petróleo”, destaca o documento.

O panorama indica ainda que o fim do verão no Hemisfério Norte e da “driving season” nos Estados Unidos pode gerar uma diminuição na demanda de gasolina no território norte-americano. Esse efeito, porém, pode ser compensado pelo aumento da demanda por óleos destilados para aquecimento de geradores elétricos naquele país.

Estimativas da consultoria Rystad Energy também indicam que o furacão Ida cortou em 790 mil barris diários a oferta de petróleo no Golfo do México em setembro, em relação aos níveis observados antes da ocorrência das tempestades. Isso porque muitas plataformas ainda não reiniciaram a produção.

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Na manhã desta quarta-feira, 22 de setembro, o contrato futuro do petróleo tipo Brent era negociado com alta de 1,65%, a US$ 75,59 o barril.

Preços de combustíveis

Tudo indica que a elevação do preço do petróleo deve aumentar a pressão sobre os preços dos combustíveis no Brasil.

De acordo com cálculos feitos pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, com base no dia de ontem, o preço médio do óleo diesel fornecido pela Petrobras está com defasagem de 9% em relação à paridade de preço de importação. Nessa mesma comparação, o preço médio da gasolina vendida pela Petrobras para as distribuidoras está com defasagem de 6%.

“Os reajustes [de preços dos combustíveis] são necessários”, disse o presidente da Abicom, Sergio Araujo, à MegaWhat.