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Petrobras alega risco de 'falha catastrófica' e ignora pressão do ONS para manter usina de Três Lagoas ligada – Edição da Manhã

Reportagem publicada ontem (25/09) pelo jornal O Estado de S. Paulo revela que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) pressionou a Petrobras a manter ligada uma termelétrica que precisava de manutenção. Alegando risco de “falha catastrófica” na estrutura da unidade, porém, a Petrobras desligou a usina, conforme mostram comunicados que foram trocados entre a estatal, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o ONS obtidos pelo Estadão.

De acordo com a reportagem, no primeiro fim de semana de setembro, entre os dias 3 e 5, a Petrobras havia comunicado ao Operador que precisaria paralisar as operações de sua usina térmica de Três Lagoas, uma planta de 386 megawatts de potência instalada em Mato Grosso do Sul, porque tinha de fazer uma manutenção importante na estrutura. Como é praxe no setor, se tratava de uma parada programada, ou seja, uma operação de rotina. O ONS rejeitou o pedido.

A Petrobras ignorou a orientação. “Diante das recomendações do fabricante (dos equipamentos da usina) e da equipe de engenharia e, ainda, frente ao risco de falha catastrófica desta turbina, a Petrobras necessitou prosseguir com a parada emergencial”, informou a Petrobras, em comunicado ao qual a reportagem teve acesso. A parada ocorreu e a empresa fez a manutenção.

O Estadão informa que a Aneel questionou oficialmente a petroleira sobre as causas de ter ignorado a decisão do órgão responsável por gerenciar diariamente o abastecimento do país. Em resposta encaminhada no dia 10 de setembro, a companhia respondeu à agência que, “mais do que seguir as regras e os procedimentos do Operador”, sempre se posiciona de forma proativa e em parceria com as equipes do órgão, “em postura colaborativa e transparente para evitar desalinhamentos” com o Operador. “Infelizmente, na presente situação, houve necessidade técnica e urgente de parar a unidade”, afirmou a Petrobras. Procurada pela reportagem, a Petrobras afirmou que “solicitações de adiamento, postergação ou aprovação de paradas fazem parte da rotina operacional de relacionamento com o Operador Nacional do Sistema Elétrico”.

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O ONS informou, por meio de nota publicada em seu site, que, “como uma das ações para o enfrentamento da escassez hídrica solicitou, em julho deste ano, a todas as usinas geradoras que adiassem suas manutenções a fim de aumentar a disponibilidade de geração”. Segundo o órgão, “cabe ao agente avaliar a viabilidade técnica e operacional de acatar a solicitação ou não”. O ONS, porém, não comentou o fato de ter rejeitado o pleito feito pela Petrobras, mesmo após a empresa ter argumentado sobre os riscos do adiamento.

Chuvas melhoram reservatórios do Sul, mas Centro-Oeste ainda verá seca em outubro

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou na sexta-feira (24/09) que outubro deve trazer um bom nível de chuvas para a região Sul, ajudando a recuperar os reservatórios castigados pela seca nos últimos meses. A Folha de S. Paulo traz reportagem a respeito, na edição deste domingo (26/09)

Segundo o operador, porém, a previsão para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, consideradas a caixa d’água do setor elétrico brasileiro, ainda é de chuvas abaixo da média. Nessa área, a expectativa é que os reservatórios cheguem ao fim do próximo mês, com 12,6% de sua capacidade de armazenar energia. Os meses de outubro e novembro são cruciais para a travessia da crise energética. A partir daí, espera-se que as chuvas de verão reduzam a pressão sobre as hidrelétricas e ajudem a recompor os reservatórios.

Baixa renda continuará pagando taxa extra de R$ 9,49 na conta de luz de outubro

Os consumidores beneficiados pela tarifa social de energia elétrica continuarão pagando em outubro da bandeira vermelha nível 2, que acrescenta à conta de luz R$ 9,49 por cada 100 kWh consumidos.

O valor foi mantido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) diante cenário ainda crítico no setor elétrico brasileiro. Esses consumidores não foram afetados pela criação da bandeira de escassez hídrica, que elevou temporariamente a taxa extra para R$ 14,20 por 100 kWh.

Nem todos os consumidores da tarifa social, porém, pagarão os R$ 9,49, já que o programa prevê descontos de acordo com a faixa de consumo, que pode ir de 10% a 65% do valor da conta de luz. Apenas aqueles com consumo superior a 221 kWh por mês pagam a tarifa cheia. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.

Copel vai manter atual política de dividendos, mesmo com tributação de rendimentos

Mesmo com uma possível aprovação da reforma tributária que prevê a tributação de dividendos, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) vai manter sua atual política de pagamento de dividendos, informa o Canal Energia. A proposta avança no congresso nacional e muitas empresas antecipam pagamentos e estudam alterações, como a bonificação de ações, entretanto o pagamento de recursos deve se basear somente nos resultados.

Na visão do presidente da Copel, Adriano Rudek de Moura, a aprovação dessa reforma é pouco provável que aconteça em 2021, mesmo assim a intenção da empresa é manter a atual política de remuneração dos investidores. “Os pagamentos de dividendos serão definidos em função dos parâmetros financeiros do momento de corte dos resultados (…) independente se essa reforma for aprovada ou não”, afirmou.

Bairros de Salvador sofrem apagão após desligamento de subestação da Chesf

Bairros de Salvador ficaram sem luz na noite de ontem (25/09). De acordo com a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), o motivo do apagão foi o desligamento de uma subestação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que interrompeu o fornecimento de energia para a empresa. Em nota, a Chesf afirmou que o desligamento ocorreu às 22h18 do sábado, na subestação Matatu, em Salvador e disse estar apurando as causas do desligamento. A situação foi totalmente regularizada às 22h58. (O Estado de S. Paulo)

Enel X e Bradesco firmam acordo para construção de 9 usinas fotovoltaicas

A Enel X Brasil, braço de inovações da distribuidora de energia, firmou um contrato com o Bradesco para a construção de nove usinas solares de geração distribuída no Rio de Janeiro, Ceará e Goiás. As plantas terão capacidade instalada de 11MWpm, suficiente para abastecer mais de 300 agências do banco por um prazo de 10 anos. (blog Capital – O Glono)

Em um mês, nível da Cantareira baixa 6,2 pontos percentuais

O portal de notícias UOL informa que o nível do sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 8,8 milhões de moradores da Grande São Paulo, baixou 1,6 ponto percentual desde a semana passada. Na sexta-feira (24/09), o sistema operava com 31,9% de sua capacidade.

Na sexta-feira anterior (17/09), o índice era de 33,5%. As informações são da Sabesp, a companhia de saneamento básico do estado. O sistema Cantareira opera em alerta desde 6 de setembro —quando chegou a menos de 35% de sua capacidade. Se for considerado o período de um mês, a queda no nível de água foi de 6,2 pontos percentuais – em 24 de agosto, o índice era de 38,1%.

Empresas correm para criar metas de sustentabilidade e atrair atenção do investidor

Pelo menos metade das até 13 emissões de títulos de dívida (bonds) que empresas brasileiras estudam levar ao mercado externo até novembro carrega compromissos relacionados à sustentabilidade, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, o número não é maior porque as demais ainda não estão prontas para entregar metas ambientais ou sociais, que envolvem muitas conversas dentro das companhias para além da área financeira, como de sustentabilidade, operacional, marketing e conselhos. Mas estão se preparando.

Das 38 emissões de bonds brasileiros feitas no exterior este ano, 42%, ou 16, foram ESG, com metas focadas nas boas práticas ambientais, sociais e de governança. Já é mais do que o dobro das sete de 2020 e corresponderam a 22% do total de captações realizadas no mercado de dívida por emissores brasileiros.

A reportagem explica que a vantagem de uma emissão atrelada a metas ESG começa no custo, mas já está evidente também na demanda. Os fundos não especializados no tema têm dado preferência para as empresas atentas à necessidade de reduzir o impacto de sua produção no meio ambiente ou de aumentar a diversidade de suas lideranças. 

PANORAMA DA MÍDIA

O presidente Jair Bolsonaro completa hoje (26/09) mil dias de governo. Esse é o tema de reportagem do jornal O Globo, que enumera uma série de crises políticas vividas pelo Executivo nesse período. A reportagem analisa, também, a situação econômica do país: se nos dois primeiros anos (de governo) o Brasil conseguiu manter a inflação dentro das faixas da meta do Banco Central, em 2021 ela será mais que o dobro.

O IPCA-15 já passa de 10% em 12 meses, e a previsão é que feche o ano em 8,35%, quando o centro da meta é de 3,75%, com tolerância até 5,25%. O preço médio do litro da gasolina registrou alta de 40,3% desde o início do governo, passando de R$ 4,33 para R$ 6,08. Considerado um dos “desafios urgentes” do país no programa de governo do então candidato Bolsonaro (2018), a fila de desemprego passou de 13 milhões de pessoas para as atuais 14,4 milhões.

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Mortes em decorrência das chamadas causas mal definidas cresceram 30% no Brasil no primeiro ano da pandemia, informa a Folha de S. Paulo. Para especialistas ouvidos pela reportagem, esses dados indicam uma subnotificação de óbitos da covid-19.

Estão entre os casos mal definidos, por exemplo, aqueles registrados em casa ou em hospital, sem assistência ou com causa desconhecida. No total, foram 97.436 óbitos desse tipo no país em 2020, contra 74.972 em 2019 – um aumento, portanto, de 22.464 casos em um ano. Isso representaria 11,5% dos 194.976 mortos brasileiros por covid no ano passado, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa.

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Na mira de inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aliados radicais do presidente Jair Bolsonaro driblam decisões judiciais para manter influência na internet, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Integrantes do chamado gabinete do ódio, grupo que atua no Palácio do Planalto, parlamentares bolsonaristas e assessores do governo abriram contas no Tik Tok, aplicativo que atrai os jovens, e incentivam a migração para o Telegram, rede de mensagens instantâneas.

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