A mais recente alta dos preços do petróleo deve ampliar a pressão do mercado por um novo reajuste de preços dos combustíveis pela Petrobras no mercado brasileiro.
No início da tarde desta segunda-feira, 27 de setembro, o preço do contrato futuro do petróleo tipo Brent era negociado com alta de 2%, a US$ 78,79 o barril, se aproximando do patamar de US$ 80.
De acordo com Louise Dickson, analista sênior do mercado de petróleo da consultoria Rystad Energy, a elevação dos preços da commodity é um reflexo do estreitamento entre oferta e demanda. Para a consultoria, as restrições de oferta nos Estados Unidos, devido aos efeitos do furacão Ida, continuarão a provocar alta nos preços do petróleo.
No último Panorama Mensal do Petróleo, a MegaWhat Consultoria indicou que a alta recente do preço do petróleo é impulsionada pelo avanço da vacinação, a reabertura gradual das economias mundiais e os impactos de tempestades climáticas na produção de óleo no Golfo do México.
No Brasil, a alta do preço do petróleo e de combustíveis no mercado internacional ampliou a defasagem em relação aos preços domésticos. De acordo com cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a partir do preços da última sexta-feira, 25 de setembro, o preço médio do óleo diesel comercializado pela Petrobras está 14% mais baixo em relação ao preço de paridade de importação. Na mesma comparação, o preço da gasolina está 10% defasado.