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Maior demanda por petróleo e gás puxa preços e gera temor de crise – Edição da Manhã

Reportagem publicada na edição desta quarta-feira (29/09) do Valor Econômico indica que o temor de que a crescente demanda por gás e petróleo no mundo provoque uma crise energética global ganhou força ontem diante da disparada dos preços das commodities para níveis não vistos há mais de três anos.

Com o avanço da vacinação contra a covid-19, houve um aumento acima do esperado no consumo não só de gás, mas também de petróleo e derivados na Europa, Estados Unidos e China, o que puxou para cima os preços das commodities e levanta o receio de que surjam gargalos que comprometam a capacidade de produção das grandes economias e, como consequência, gerem inflação e inibam o crescimento global.

Ontem, os preços dos contratos futuros de gás natural fecharam a US$ 5,841 por milhão de unidades térmicas (BTU), alta de 2,4% e maior nível desde fevereiro de 2014. O barril de petróleo tipo Brent, referência global, ultrapassou a marca de US$ 80 ao longo do dia, maior nível em três anos, e fechou pregão cotado a US$ 79,09, queda de 0,55%.

Especialistas dizem que a pressão sobre os preços do petróleo e do gás natural tem razões econômicas, geopolíticas e ambientais. O cenário afeta o Brasil e levou a Petrobras a aumentar ontem os preços de venda do diesel aos distribuidores em 8,9%.

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Linhão de Tucuruí, que corta reserva indígena na Amazônia, tem sinal verde do Ibama

O jornal O Estado de S. Paulo informa que dez anos depois de ter sido leiloado pelo governo federal, o linhão de transmissão de energia previsto para ligar Manaus (AM) a Boa Vista (RR) obteve autorização para ter suas obras iniciadas. A reportagem apurou que a licença de instalação do projeto, documento que autoriza o início efetivo da construção, foi liberada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), após o órgão ambiental receber sinal verde da Fundação Nacional do Índio (Funais) sobre os impactos indígenas do empreendimento.

Com a decisão, a concessionária Transnorte Energia, formada pela estatal Eletronorte e a empresa Alupar, poderá dar início imediato à construção, que tem prazo total de 36 meses para ser concluída e início de operação no primeiro semestre de 2024.

Volume útil de Furnas é o mais baixo para setembro desde o apagão de 2001

A represa da hidrelétrica de Furnas, que abrange 34 municípios de Minas Gerais, atingiu o menor volume do ano e o pior índice para setembro desde 2001, ano em que o país sofreu racionamento de energia elétrica, informa a Folha de S. Paulo.

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), o volume útil do reservatório alcançou 14,27% na segunda-feira (27/09), num cenário de redução gradual registrado no decorrer deste ano e que tem prejudicado cerca de 50 atividades econômicas desenvolvidas nas cidades mineiras banhadas por Furnas, de acordo com a Associação dos Municípios do Lago de Furnas e o comitê da bacia hidrográfica.

Segundo a reportagem, quando o Brasil vivia o racionamento energético de 2001, o nível do lago chegou a 12,78% em setembro daquele ano, cenário que pode se repetir se o reservatório seguir a tendência de baixa que tem registrada. Há um ano o volume útil estava em 39,67%.

Eletrobras receberá R$ 2,67 bilhões após deliberações da Aneel sobre CCC

A Eletrobras informou ontem ((28/09) que foi aprovado o montante total de crédito que a companhia irá receber da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) no valor de 2,67 bilhões de reais, após deliberações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

As deliberações são decorrentes do final de oito processos de fiscalização (1º e 2º período) referentes à Amazonas Energia, Ceron, Eletroacre e Boa Vista Energia, abrangendo o período de julho de 2009 a abril de 2017, de acordo com comunicado da empresa. Em comunicado à parte, a Eletrobras disse que foi aprovado pela Aneel um reembolso da ordem de 116,27 milhões de reais à sua controlada Eletronorte, também após fiscalização da CCC. (Reuters)

Pequim e Xangai terão apagões programados em meio à crise energética na China

O Valor Econômico informa que A China começou a realizar apagões programados em Pequim e Xangai, metrópoles que juntas têm 48 milhões de habitantes, enquanto o país luta contra uma crise energética que já afeta importantes empresas e representa uma nova ameaça para a economia global.

O escritório de Pequim da Companhia Nacional da Rede Elétrica da China (SGCC, na sigla em inglês) disse que realizará interrupções agendadas no fornecimento de energia em algumas áreas selecionadas até domingo. Um procedimento similar será adotado na cidade de Xangai. Autoridades chinesas não divulgaram o número exato de empresas e residências que serão afetadas. Alguns veículos da imprensa local afirmaram que cerca de 10 mil pessoas ficariam sem energia em Pequim, que tem uma população de 22 milhões de pessoas.

Lira critica alta de preços da Petrobras e diz que Câmara estuda alternativas

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a atacar o aumento de preços da Petrobras. Ele afirmou que um diretor da estatal era “bem pago” para buscar outras soluções além dos reajustes e disse que a Câmara vai discutir alternativas nesta quarta-feira (29/09). “Amanhã (quarta), vamos colocar alternativas em discussão no Colégio de Líderes. O fato é que o Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7 e o gás a R$ 120”, concluiu. (Folha de S. Paulo)

Lira defende ICMS fixo para combustíveis, em ato com Bolsonaro

Em um ato com o presidente Jair Bolsonaro em Alagoas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), defendeu ontem (28/09) mudanças na legislação tributária para adotar um Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) fixo para os combustíveis.

A ideia é que o tributo, uma das principais fontes de arrecadação de estados e municípios, tenha um valor fixo e não uma alíquota que varia de acordo com o preço do produto nas bombas de combustíveis. A proposta de Lira endossa o discurso do presidente Jair Bolsonaro, que tem relacionado a alta no preço dos combustíveis à arrecadação dos impostos estaduais. Em discurso, Lira defendeu que os governadores “deem a sua cota de sacrifício” para reduzir os preços ao consumidor final. (Folha de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

O risco de uma crise global de energia entrou ontem de vez no radar dos investidores, ampliando as preocupações com a redução dos estímulos monetários nos EUA. A combinação derrubou as bolsas – o índice Nasdaq recuou 2,83% e o Dow Jones, 1,63%. Por aqui, o Ibovespa fechou em baixa de 3,05%, enquanto o dólar subiu 0,88%, para R$ 5,4254. Esse é o principal destaque da edição de hoje (29/09) do Valor Econômico (resumo da notícia na abertura deste boletim MegaExpresso).

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O depoimento da advogada Bruna Morato, ontem (28/09), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, é o principal destaque da edição desta quarta-feira dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

A advogada afirmou que o governo federal tinha um “pacto” com a Prevent Senior para validar o tratamento com o chamado “kit covid”, de medicamentos sem comprovação científica contra a doença, como a cloroquina. Morato representa os médicos que trabalharam e denunciaram a operadora de saúde e afirma que existia uma estratégia para que a Prevent ajudasse a equipe que assessorava o governo, conhecida como “gabinete paralelo”, a validar o chamado tratamento precoce. (O Globo)

Senadores da CPI da Covid apontaram que o depoimento da advogada Bruna Morato, deixou clara a ligação da operadora com os Conselhos Federal e Regional de Medicina e com o gabinete paralelo na adoção do “kit Covid”, medicamentos sem eficácia contra a doença. (Folha de S. Paulo)

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que prazo de vacinas e testes vence e prejuízo chega a R$ 80 milhões. A reportagem relata que milhares de kits de materiais como vacinas, soros, diluentes e testes para diversas doenças estocados pela Secretaria de Vigilância de Saúde, ligada ao Ministério da Saúde, estão com prazo de validade vencido e terão que ser inutilizados. O valor gastos pelo governo com esses insumos é de R$ 80,4 milhões.

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