A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizam amanhã, às 10 horas, o primeiro leilão de energia nova A-5 de 2021. O certame prevê a negociação de produtos provenientes de novos empreendimentos de geração hídrica, eólica, solar e térmicas que utilizam como combustíveis resíduos sólidos, carvão mineral ou gás natural.
Serão oferecidos contratos com início de suprimento a partir de janeiro de 2026 e duração de até 25 anos, a depender do tipo de fonte. Estão cadastrados 1.694 projetos, totalizando mais de 93,9 GW de capacidade. Todas as etapas do leilão serão realizadas virtualmente. O público poderá acompanhar a situação dos lotes pelo site da CCEE. (CCEE)
Reservatórios do Centro-Oeste e Sudeste contam com 17% do armazenamento
Os reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste apresentaram um recuo de 0,1 ponto percentual, ontem (28/09), se comparado ao dia anterior. Segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), eles estão operando com 17% de sua capacidade. A energia armazenada está em 34.552 MW mês e ENA é de 10.467 MW med, equivalente a 55% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. (Canal Energia)
Ofertas da indústria aceita no programa RVD chegam a R$ 2 mil o MWh
Empresas do setor elétrico apontam que os aceites do programa de redução voluntária de demanda (RVD) têm variado de R$ 1,3 mil/MWh até R$ 2 mil/MWh. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) fechou o mês de setembro com 442 MW aceitos, mas os valores que serão pagos por esta redução não foram divulgados.
Uma das empresas atendidas pela Ecom Energia para participação do programa teve aceites de R$ 1,3 mil/MWh até R$ 1,7 mil/MWh. Já a Esfera Energia destaca dois aceites com preços em torno de R$ 1,6 mil/MWh. A Comerc Energia avalia que ofertas em torno de R$ 1,5 milMWh é o valor médio que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deve aceitar.
A Agência iNFRA apurou ainda que houve quem conseguisse aceite de R$ 2 mil para um autoprodutor. Teve comercializadora que fez ofertas para clientes no mesmo valor, no entanto, que não foram aceitas pelo operador. A proposta de redução voluntária é uma das apostas do governo para lidar com os efeitos da crise hídrica sobre o setor elétrico.
Cade aprova aquisição da CEEE-T pela CPFL Energia
A CPFL Energia informou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição do controle acionário da Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T) pela subsidiária CPFL Comercialização Cone Sul. A CPFL Energia adquiriu o braço de transmissão da estatal gaúcha em meados de julho, por R$ 2,67 bilhões, em leilão realizado pela B3, a Bolsa de Valores brasileira, o que representa um ágio de 57,13% em relação ao preço de referência determinado no edital de privatização.
O portal Energia Hoje explica que a privatização da CEEE-T faz parte de uma reestruturação patrimonial empreendida pelo governador Eduardo Leite para resolver problemas financeiros do Rio Grande do Sul, e consta de acordo firmado com o governo federal em 2017 para renegociar uma dívida de mais 60 bilhões. Com uma rede básica de 6 mil km, 69 subestações e uma rede que atende a todos os 11 milhões de habitantes do estado, a CEEE-T está entre as 10 maiores em termos de receita anual permitida (RAP).
Petrobras: opção de compra da CNOOC em Búzios é positiva, dizem Credit e Goldman
O exercício de opção de compra que a chinesa CNOOC exerceu no contrato do excedente de cessão onerosa no Campo de Búzios é positivo no curto prazo para a Petrobras, diz o Credit Suisse, destacando que a empresa vai receber US$ 2,08 bilhões pela venda, que representa 3,7% da produção total do câmbio.
Já o Goldman Sachs aponta que companhia pode reduzir sua dívida bruta, atualmente em cerca de US$ 64 bilhões. Os analistas, porém, dizem que o impacto da operação na produção ainda é incerto. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico informa que o Brasil registrou a criação de mais de 150 mil lojas online entre abril e setembro de 2020, em plena pandemia de covid-19, e a expectativa é de que essa cifra continue crescendo. O dado foi apresentado nesta quarta-feira (29/09) no Fórum Público da Organização Mundial do Comércio (OMC) por Leandro Barcelos, coordenador de comércio internacional da BMJ Consultores Associados, em debate no qual foi moderador.
O fórum reúne ONGs, academia, representantes de governos e neste ano ocorre de forma híbrida (virtual e presencial). Conforme Leandro Barcelos, a pandemia contribuiu para impulsionar as vendas de comércio digital também no Brasil, servindo como alternativa durante o período de isolamento social. Ele mencionou dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM), entre abril e setembro de 2020, segundo os quais mais de 11,5 milhões de pessoas fizeram uma compra online pela primeira vez no país.