O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que os próximos dois leilões de energia elétrica, previstos para outubro e dezembro, serão fundamentais para evitar novas situações de crise energética como a atual.
Em outubro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai realizar um leilão para contratação simplificada de térmicas, com o objetivo é conceder contratos de cinco anos às termelétricas para auxiliar na recuperação dos reservatórios das hidrelétricas. Além disso, em dezembro, a Aneel fará o primeiro leilão do país no modelo de capacidade, que prevê a contratação da potência das usinas separada da geração, ou seja, vai ser voltada para empreendimentos que podem ser despachados a qualquer momento.
“Esses leilões serão fundamentais para que daqui a quatro, seis anos, não tenhamos mais situações como essa que estamos vivemos na crise hidroenergetica”, disse hoje (30/09) o ministro no início das operações da primeira usina térmica do Porto do Açu, no norte fluminense. (Valor Econômico)
Itaú aposta em fundo de hidrogênio
Em meio à crise hídrica, outras fontes de energia começam a ganhar mais espaço na mesa das soluções e também nas Bolsas. O hidrogênio é uma delas, ressalta reportagem do portal UOL. As melhores expectativas apontam para um crescimento de 700% no uso de fontes energéticas de hidrogênio nos próximos 30 anos, segundo estudo do Hydrogen Council – iniciativa focada neste mercado e liderada por dirigentes de empresas líderes em energia, transporte, indústria e investimentos.
Ainda de acordo com a reportagem, as opções para investir em energia atrelada ao hidrogênio estão quase todas fora do Brasil, mas grandes gestoras começam a diversificar o portfólio de olho na busca crescente por alternativas limpas de energia. Neste mês, o Itaú lançou o YDRO11, fundo que vai acompanhar a rentabilidade de um índice de hidrogênio que se valorizou 228% nos últimos quatro anos.
TNE vai revisar projetos da interligação de RR
Com a emissão da licença de instalação da linha de transmissão Manaus-Boa Vista, a concessionária Transnorte Energia (TNE) passa a revisar os projetos da interligação de Roraima que foram feitos em 2011 e 2012, para poder atualizar o material, informa o Canal Energia. A empresa tem trabalhado na identificação de agentes financiadores e modelos de financiamento do projeto, assim como na revisão dos custos da obra, estimados em R$ 2,6 bilhões.
O trabalho de reavaliação do vários tipos de projeto pode levar de dois a até quatro meses, o que empurra um pouco mais para a frente a mobilização dos canteiros de obra. A instalação das frentes de trabalho não acontece de uma vez, porque se trata de uma linha com 720 km de extensão, conforme explica o diretor técnico da TNE, Raul Ferreira. A empresa tem 14 canteiros em fase de pré-licenciamento e deve começar com seis para, aos poucos, ampliar essas frentes.
A TNE é uma sociedade de propósito específico (SPE), formada para disputar o leilão do empreendimento que conectará o último estado do país ainda fora do Sistema Interligado Nacional. A organização é formada pela Alupar, com 51% do capital, e a Eletronorte com os demais 49% da sociedade.
Apagões preocupam chineses e ameaçam a segunda maior economia do mundo
O portal CNN Brasil traz uma reportagem sobre a crise energética na China, que fala sobre a onda de apagões e racionamentos de energia que começaram a se tornar rapidamente comuns no último mês no país, obrigando fábricas a reduzirem a produção, deixando casas temporariamente sem luz e acendendo um grande alerta entre economistas e especialistas do mundo inteiro.
Para muitos, a crise energética que se desenha na China é grande o suficiente para deixar o crescimento de sua economia menor neste ano – o que, em se tratando de um país do tamanho da China, tem consequências para o mundo inteiro. As interrupções no fornecimento de eletricidade local e a energia ficando mais cara também estão gerando o receio de inflação, tanto dentro quanto fora do país, uma das maiores exportadoras do mundo.
PANORAMA DA MÍDIA
O Banco Central (BC) calcula que não há qualquer chance de o índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA) neste ano furar o piso da meta de inflação (2,25%) e que há 100% de chance de estourar o teto da meta (5,25%) neste ano. A visão é de um cenário mais equilibrado para 2022, com 11% de chance de furar o piso da meta (2%) e 17% de estourar o teto (5%). (Valor Econômico)