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Mais de 1,7 GW entram em operação em setembro; montante teve impulso da UTE GNA I

UTE GNA I
UTE GNA I | Divulgação

(Com Jade Stoppa Pires)

O Sistema Interligado Nacional (SIN) ganhou 1.736 MW de capacidade instalada no mês de setembro. Grande parte desse montante, veio do início da operação comercial da termelétrica GNA I, com quase 1.340 MW. Dos cerca de 400 MW restantes, cerca de 70% vieram de usinas eólicas, somando 276,4 MW.

O valor consta no levantamento mensal da MegaWhat com base nos dados publicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), e do Ministério de Minas e Energia (MME).

Esse é o maior montante a entrar em operação em um único mês, desde 2019, dado o início da geração da segunda maior termelétrica do país. Tirando a GNA I da equação, o total é inferior ao liberado no mês anterior, que superou a casa dos 800 MW.

Em setembro, mais uma usina do Complexo Sol do Sertão, na Bahia, iniciou operação comercial por tempo determinado, até 31 de outubro, adicionando 95,2 MW da fonte solar fotovoltaica ao SIN. Em agosto, outras usinas do complexo foram liberadas até a mesma data, num total de 190,47 MW.

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Com a usina Sol do Sertão, a fonte solar fotovoltaica somou 32 unidades geradoras e 104,98 MW. Também foram liberadas usinas a biomassa, num total de 10,05 MW, a combustíveis fósseis, 2,81 MW, e uma central geradora hidrelétrica (CGH), com 1,75 MW.

Por estado, o Rio de Janeiro teve a maior nova potência instalada no mês, pela termelétrica GNA I. Na sequência, aparecem os estados do Nordeste, Bahia, com 174,2 MW, e Rio Grande do Norte, com 114,25 MW.

PIE

As autorizações para produção independente de energia elétrica apresentaram um menor montante em setembro, na comparação com o mês anterior. Foram autorizadas 123 usinas sob o regime, somando pouco mais de 4 GW de capacidade instalada, enquanto em agosto, foram aprovadas 244 usinas e quase 10 GW.

A fonte solar fotovoltaica apresentou o maior montante, com 97 usinas e 2,88 GW de potência, enquanto termelétricas representaram quatro usinas, num total de 640 MW, e outras 17 eólicas, somando 492 MW. Também houve autorização para cinco usinas a biomassa, com 7,7 MW.

Por estados, o destaque continua sendo a Bahia, com mais de 1 GW de potência, seguindo pelo Ceará, com cerca de 544 MW, do Piauí, com 474 MW, e Paraíba, com quase 455 MW.

Incentivos fiscais 

Mais projetos receberam incentivos fiscais para sua construção no Brasil. Foram 43 projetos de geração, somando mais de 2.494 MW de capacidade, além de 13 de transmissão, enquadrados no Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi).

A fonte solar foi destaque novamente, com 1,58 GW de capacidade instalada em 27 usinas. Completam as autorizações do mês outras 14 usinas eólicas, somando 528 MW, e duas térmicas a biomassa, num total de 386,9 MW.

Os estados do Centro-Oeste tiveram o maior montante dessa nova capacidade, sendo 1.184 MW em Mato Grosso do Sul e 350 MW em Goiás.

No regime prioritário de incentivos, foram autorizados 38 projetos de geração, somando 1.572,2 MW em 38 usinas, além de três projetos de distribuição e um de transmissão. A potência instalada se divide entre as fontes solar fotovoltaica e eólica, respectivamente, em 1.416,5 MW e 155,7 MW.

A maior parte dos projetos de geração está na Bahia, com 784,4 MW de capacidade instalada, seguido de Minas Gerais, com 500 MW.

DRO

Já os pedidos de requerimento de outorga (DRO), somaram 12.869,58 MW em setembro por meio de 282 usinas. Os registros estão em linha ao montante apurado em agosto, e ao pedido da diretoria da Aneel para que os empreendedores tivessem maior comprometimento com as solicitações.

Do montante registrado, a fonte solar responde por quase 10,4 GW dos pedidos de outorga em 229 usinas. Com uma potência inferior, mas em segundo lugar, a energia eólica totalizou 1,8 GW dos pedidos de outorga no mês. Também houve pedidos para térmicas a gás natural, somando 640 MW, e a biomassa, com 40 MW.

No ranking por estados, Goiás ocupa a primeira posição, com pouco mais de 3,27 GW. Na sequência, o Rio Grande do Norte aparece com quase 2,7 GW e a Bahia com mais de 1,6 GW de capacidade instalada.

Empresas

No total, 11 empresas foram autorizadas no segmento de comercialização, sendo quatro de energia elétrica – GV Energia Comercializadora, Cemig, Gleizer dos Santos e GAP Energia – e sete de gás natural – Aruanã Energia, Petrogral Brasil, Nova Transportadora do Sudeste, Diferencial Comercializadora de Energia, PetroReconcavo e Logás.

Assim como nos últimos meses, não houve autorizações para novas distribuidoras de gás natural, enquanto para carregamento de gás, a autorização foi para a Petrogal Brasil.

Por fim, houve uma autorização para importação de gás natural em setembro, para a Companhia Brasileira de Estireno. No segmento de energia elétrica, a Zest Energia poderá importar e exportar, e a Energética Comercializadora, poderá realizar a importação.

 

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