A Petrobras lançou nesta segunda-feira, 4 de outubro, o processo de venda de sua participação de 20% na MP Gulf of Mexico (MPGoM), joint venture com a Murphy Exploration & Production (80%) que reúne todos os ativos de petróleo e gás das duas companhias no Golfo do México.
De acordo com a estatal, a MPGoM possui participação em 14 campos de petróleo e gás no Golfo do México. A parcela da Petrobras na produção dessas áreas no primeiro semestre deste ano foi de 11,3 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia.
Manati
A Petrobras também retomou ontem a produção no campo de gás de Manati, localizado na Bacia de Camamu, na Bahia. A operação na área havia sido interrompida na última semana, devido à ocorrência de um vazamento na porção terrestre de seu gasoduto de exportação.
A estatal é a operadora do campo, com 35% de participação, em parceria com a Enauta (45%), GeoPark (10%) e PetroRio (10%). A média de produção do campo em setembro deste ano estava em 3,1 milhões de m³/dia de gás natural, sendo 1,1 milhão de m³/dia referentes à parcela da Petrobras.
Acordo
A petroleira também informou hoje ter concluído as obrigações previstas em acordo assinado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ). O acordo era relacionado aos controles internos, registros contábeis e demonstrações financeiras da companhia entre 2003 e 2012 e previa obrigações a serem cumpridas pela empresa.
“A Petrobras cumpriu essas obrigações, incluindo a evolução do seu programa de integridade e o envio de informações ao DoJ durante os três anos de acordo, que foi atendido integralmente e, portanto, agora está encerrado” informou a Petrobras, em comunicado ao mercado.
Segundo a estatal, devido aos acordos coordenados entre DoJ e a U.S. Securities and Exchange Comission (SEC), a Petrobras pagou US$ 853,2 milhões (10% como multa criminal para o DOJ, 10% como multa civil para a SEC e 80% para pagamentos às autoridades brasileiras), além de se comprometer com o aprimoramento de seus controles internos por meio de um sistema de conformidade e de concordar em cooperar com as agências americanas, incluindo a prestação de informações em relatórios anuais ao DoJ.
Búzios
A Petrobras também informou que a chinesa CNODC não manifestou interesse no exercício da opção de compra de parcela adicional, de 5%, no contrato de partilha de produção do excedente da cessão onerosa do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.
Assim, após a conclusão da operação de compra de parcela adicional de 5% pela outra sócia no contrato, a também chinesa CNOOC, a Petrobras passará a deter 85% dos direitos de exploração e produção do volume excedente da cessão onerosa do campo de Búzios, enquanto CNOOC terá 10% e CNODC, 5%.
Com isso, as participações na jazida compartilhada de Búzios, incluindo as parcelas do contrato da cessão onerosa e do contrato de concessão do BS-500, serão de 88,99% da Petrobras, 7,34% da CNOOC e 3,67% da CNODC.
(Atualizado às 11h34)
(foto: Agência Petrobras)