O Brasil pode ser um dos grandes beneficiários do mercado de créditos de carbono, alcançando 18% do mercado que deve movimentar US$ 40 bilhões ao ano até 2050. Os dados constam em relatório setorial do Bank of America, que indica que o país possui uma matriz energética altamente renovável, além de suas características naturais.
A análise da potencial posição brasileira neste mercado parte de quatro frentes: emissões, missões, permissões e comissões. Sobre a primeira, o estudo afirma que o Brasil possui uma pegada de carbono que representa cerca de 3% das emissões globais, que são de 51,1 giga toneladas de CO2 equivalente ao ano. Esse número é relativamente baixo se comparado aos 24% de participação da China e 12% dos Estados Unidos.
Os compromissos do país com relação aos grandes acordos e pactos globais de clima e sustentabilidade, como o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris, também são relevantes para o papel que o Brasil pode vir a desempenhar no mercado de captura de carbono, uma vez que reduções nas emissões são programadas e esperadas.
Segundo o relatório, as permissões também são uma questão importante a se considerar, visto que as taxas e permissões de carbono em mercados regulados somam cerca de US$ 275 bilhões ao ano. Isso, entretanto, sobre apenas 22% do total de emissões de gases de efeito estufa, deixando espaço potencial ao mercado voluntário e às comissões.