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Entenda o fracasso da 17ª Rodada da ANP para exploração de óleo e gás – Edição da Tarde

O Valor Econômico analisa o resultado da 17ª Rodada de blocos exploratórios da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizada na manhã desta quinta-feira (07/10), em que somente 5% dos 92 blocos oferecidos foram de fato negociados.

De acordo com a análise do Valor, o fracasso da rodada de hoje pode ser explicado por diferentes fatores, como o foco das grandes petroleiras globais na transição energética; a sensibilidade ambiental e os maiores riscos exploratórios envolvidos nos blocos ofertados; e a grande quantidade de ativos em carteira por parte das petroleiras, como fruto dos grandes leilões dos últimos anos.

Ainda de acordo com o Valor, a 17ª Rodada marcou um novo ciclo na indústria brasileira de óleo e gás. As áreas mais cobiçadas, com potencial para o pré-sal, já foram praticamente todas licitadas ao longo dos últimos anos. Desde 2017, houve um calendário intenso de leilões. A rodada desta quinta, portanto, concentrou-se em ofertar áreas de novas fronteiras, com maior risco exploratório envolvido, principalmente nas bacias de Pelotas e Potiguar – ambas no centro de campanhas de ambientalistas contrários à exploração das áreas.

Mesmo nas bacias de Campos e Santos, preferidas das petroleiras nas licitações recentes e que são mais conhecidas geologicamente, a ANP licitou ativos mais distantes da costa e com riscos exploratórios cada vez mais altos – incluindo, pela primeira vez, blocos além das 200 milhas náuticas, na extensão da plataforma continental brasileira, que, por fim, não despertaram interesse.

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Ao não decidir sobre risco ambiental, Nunes Marques validou leilão da ANP

Entre as diversas reportagens e análises que o Valor Econômico traz hoje (07/10), em seu portal de notícias, sobre a 17ª Rodada de blocos exploratórios da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), esta, especialmente, foca questões ambientais.

De acordo com a análise do jornal, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques ignorou o pedido do partido Rede Sustentabilidade para suspender a oferta de blocos de petróleo em áreas próximas a Fernando de Noronha e Atol das Rocas, consideradas patrimônios mundiais da biodiversidade.

Na prática, ao não decidir, ele permitiu que o leilão da ANP para a exploração e a produção de petróleo e gás natural nessas regiões fosse realizado normalmente nesta quinta-feira. A petição emergencial anexada ontem pelo governo de Pernambuco também não foi apreciada, e a resposta que trouxe alívio ao estado e às entidades voltadas à preservação do meio ambiente, como o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), não veio do Supremo, mas do desenrolar do próprio leilão: não houve ofertas das petroleiras para esses blocos.

Ainda assim, como esses blocos em tese ainda podem ser incluídos em uma próxima rodada, seguirá a dúvida sobre qual seria um possível desfecho para a questão no Judiciário.

Decisão sobre MP 1055 fica para a semana que vem

Ainda sem acordo para votar, o relatório do deputado Adolfo Viana (PSDB-BA) sobre a Medida Provisória 1055 não entrou na pauta da reunião deliberativa da Câmara dos Deputados desta quinta feira (07/10). O Canal Energia informa que a expectativa é de que a matéria possa ser pautada na próxima semana, e já se considera a possibilidade de haver deliberação na quarta-feira (13/10), depois do feriado de Nossa Senhora Aparecida. A convocação da sessão de plenário está nas mãos do presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL).

O parecer preliminar do relator tem sido criticado por incluir emendas polêmicas que criam custo adicional de R$ 46 bilhões, segundo cálculo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres. Uma delas é a que transfere para as tarifas de transmissão de energia elétrica paga pelo consumidor o custo de implantação de gasodutos vinculados à contratação de termelétricas incluídas na Lei 14.182, resultante da MP da Eletrobras.

Raízen faz acordo de R$ 318 milhões com Gera e avança em geração distribuída de energia

A Raízen anunciou hoje (07/10) a aquisição de ativos de geração de energia do Grupo Gera, que atua com projetos de geração distribuída (GD) no Brasil. O movimento irá ampliar o portfólio em renováveis da companhia.

O acordo, que foi fechado por cerca de R$ 318 milhões, também inclui a criação de joint venture da Raízen com o Gera na área de desenvolvimento de novos ativos de energia e também em soluções e inovações. Com a aquisição, a gigante do setor de açúcar e etanol incorpora 350 MW de GD à sua capacidade de 1,3 GW, que hoje é predominantemente a partir de cogeração de energia de biomassa de cana-de-açúcar.

“Esse é um caminho de crescimento, esse é um mercado que a gente acredita que vai crescer, pode-se esperar mais M&As (fusões e aquisições), pode-se esperar mais aportes “, disse o presidente-executivo da Raízen, Ricardo Mussa, em entrevista à Reuters. As informações foram publicadas pelo portal da Forbes.

Plataforma BBCE disponibiliza curva de preços futuros de energia

A BBCE, plataforma de negociação eletrônica de contratos de energia, passou a disponibilizar abertamente sua curva de preços “forward”, informa o Valor Econômico. Referência para o mercado livre de energia, a curva apresenta, todos os dias, os preços futuros do dia seguinte até os próximos três anos.

Conforme explica a reportagem, a metodologia de cálculo da curva forward da BBCE prioriza os negócios fechados em tela, que geram informação em tempo real. Por dia, passam pelos sistemas da plataforma cerca de mil ofertas e cerca de 1 mil GWh.

PANORAMA DA MÍDIA

Viajantes totalmente vacinados saindo do Brasil serão autorizados a entrar no Reino Unido sem a necessidade de realizar quarentena no desembarque, confirmou hoje (07/10) o governo britânico. A mudança começará a valer na próxima segunda-feira. O Brasil faz parte de uma lista com 47 países, entre eles a África do Sul e o México, que foram retirados da “lista vermelha” de Londres.

O governo britânico também incluiu o Brasil em uma lista de 37 países e territórios, anunciou o secretário de Transportes, Grant Shapps, cujas vacinas serão reconhecidas pelo Reino Unido. Londres, contudo, apenas reconhece as vacinas aprovadas no país, na Europa ou nos EUA. Isso limita as vacinas aceitas àquelas produzidas por Pfizer, AstraZeneca, Moderna e Janssen (dose única). (O Globo)

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